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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte
de Zelinda Mendonça
em 05 Mar 2011
(...anterior) Se ele não tivesse ocorrido, toda a evolução na Terra teria sido diferente, pois os homens teriam passado de uma encarnação à seguinte num estado de muito maior perfeição.
Aquilo que normalmente é conhecido como o “Pecado Original” despertou o homem para a sua actual individualidade. O ser humano não é responsável pelo pecado original. O pecado original é o envolvimento muito profundo do homem com a matéria e é da responsabilidade dos espíritos luciféricos.
Com este facto o homem pode chegar à força do amor e à liberdade, mas isto foi-lhe imposto.
Este envolvimento com a matéria não foi um feito humano porque ocorreu antes que os homens fossem capazes de tomar parte activa no seu destino. Foi algo que as potências superiores, dirigentes da evolução contínua, combinaram com os seres luciféricos.
O que então ocorreu necessitava de uma compensação. O pecado original, a Queda, ocorrera ao homem em estado pré-humano, exigia uma compensação, algo que tampouco fosse assunto humano, mas um assunto dos deuses entre si.
Esse assunto teve de se concretizar tão profundamente abaixo da matéria quanto se desenrolou acima da matéria o outro acontecimento, ocorrido antes que o homem fosse vinculado à matéria.
Deus teve de imergir na matéria tão profundamente quanto havia levado o homem a fazer.
Entreguemo-nos a toda a gravidade desse facto, e compreenderemos que essa encarnação de Cristo em Jesus era um assunto do próprio Cristo, dos deuses.
Qual foi então o chamamento dirigido ao homem? Em primeiro lugar ele devia ver como Deus compensa o feito do “pecado original”.
Isso não teria sido possível dentro da personalidade de um adepto; pois tal personalidade teria conseguido redimir-se pelas suas próprias forças da queda na matéria. Isso só era possível numa personalidade que não se destacasse dos outros homens.
Jesus só se destacou dos outros homens até aos 30 anos, altura em que Zaratustra abandona o seu corpo físico, etérico e astral, deixando a possibilidade de Cristo o ocupar.
E os homens participaram de um acontecimento que se desenrolou entre deuses, podendo vê-lo porque os deuses precisaram recorrer ao plano físico, a fim de possibilitar a realização desse assunto.
Por isso é melhor dizer que Cristo ofereceu um sacrifício num corpo físico em lugar de qualquer outra fórmula. E para o homem tratou-se de assistir a um problema entre deuses.
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