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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

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Um não iniciado informado sobre tais experiências, desconhecendo o que se passa na alma do iniciado considera-o como fisicamente morto, sepultado e ressuscitado.
No âmbito da realidade sensorial, o facto que possui realidade espiritual num nível mais elevado parece violar as leis da natureza e constitui um “milagre” – a iniciação era pois um milagre. Quem quisesse entendê-la tinha de desenvolver em si as forças que lhe permitissem chegar a graus superiores da existência.

2.2.7 - Jesus de Nazaré dos 12 aos 30 anos

Vamos considerar este relato a partir do ano em que o Jesus natânico recebeu o eu de Zaratustra.
Nos anos que se seguiram ele foi crescendo de maneira muito especial. Os que viviam perto do jovem Jesus tinham uma opinião magnífica e grandiosa a seu respeito em decorrência daquelas respostas impressionantes dadas no Templo.
Viam nele um futuro escriba, que alcançaria um nível de erudição todo especial, elevadíssimo.
Depositavam nele grandes esperanças. Prestavam atenção a cada palavra.

Ele no entanto foi ficando cada vez mais calado, de forma a se tornar muitas vezes profundamente antipático com os seus amigos.
Contudo no seu íntimo passava por uma enorme luta, uma luta íntima que ocorreu aproximadamente entre os seus 12 e 18 anos de idade.
Na sua alma era como se desabrochassem tesouros de sabedoria guardados no seu interior, como se o Sol da antiga sabedoria de Zaratustra estivesse reluzindo com a forma da erudição judaica.
Parecia ao jovem que primeiramente ele tinha de assimilar da forma mais subtil e com maior atenção, tudo o que diziam os numerosos escribas que frequentavam a casa e dar respostas especiais para tudo. No começo, ainda na casa da Nazaré, ele surpreendia os escribas que lá iam e que o admiravam como uma criança-prodígio.
Mas depois foi se tornando cada vez mais calado, só escutando em silêncio o que os outros diziam. E ao fazê-lo, nasciam na sua própria alma ideias e impulsos morais muito elevados.
Ficava impressionado com o que escutava dos doutores da lei, porém isso causava-lhe alguma amargura pois parecia-lhe que o que os outros escribas relatavam das antigas tradições continham muitas informações inseguras e facilmente tendentes ao equívoco. Sentia-se sempre oprimido ao ouvir que nos tempos antigos, o espírito havia inspirado os profetas, que o próprio Deus havia falado inspirando os antigos profetas, e que agora essa inspiração se retirara das gerações seguintes.
Ele pressentia o que um dia aconteceria com ele próprio.

Os escribas diziam que o espírito que inspirava Elias não falava mais – mas alguns escribas acreditavam ouvir uma voz muito fraca. Essa voz estranha e inspiradora era denominada de Bath-Kol (filha da voz).
À medida que Jesus ouvia e sentia tudo isto, recebia ele próprio a inspiração por intermédio do Bath-.Kol.
Por meio da fecundação da sua alma com o eu de Zaratustra, Jesus de Nazaré tornou-se capaz de assimilar rapidamente todos os conhecimentos dos outros ao seu redor.
Aos 12 anos ele não só pôde dar aos escribas as respostas de poderoso significado, mas também ouvir o Bath-Kol no seu próprio peito. No entanto essa inspiração por intermédio do Bath-Kol agiu sobre Jesus aos 16 ou 17 anos de idade, de forma a fazê-lo passar por amargas e duras lutas internas.

Um certo dia numa vivência terrível para a sua alma, Jesus acreditou que o Bath-Kol lhe tivesse revelado: “eu não atinjo mais as alturas em que o Espírito realmente me pode revelar a verdade sobre o futuro do povo judaico.” Esse foi um momento terrível, um impulso terrível, quando o próprio Bath-Kol pareceu revelar-lhe que não poderia ser o continuador da antiga corrente de revelação.
Coloquemo-nos por um momento no espírito, na alma do jovem Jesus de Nazaré que passou por essas vivências anímicas.
Nesta época (pelos 16, 17, 18 anos, e até mais tarde) Jesus fazia viagens motivado pelo seu trabalho, ou por outras razões. Nessas viagens ficou conhecendo diversas regiões da Palestina e também algumas fora dela.
  (... continua) 


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