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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 3ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 31 Mar 2011

  (...anterior) Esse acontecimento foi algo peculiar, e todos os homens sofriam as suas consequências ao encarnarem. Se ele não tivesse ocorrido, toda a evolução na Terra teria sido diferente, pois os homens teriam passado de uma encarnação à seguinte num estado de muito maior perfeição.

Aquilo que normalmente é conhecido como o “Pecado Original” despertou o homem para a sua actual individualidade. O ser humano não é responsável pelo pecado original. O pecado original é o envolvimento muito profundo do homem com a matéria e é da responsabilidade dos espíritos luciféricos.
Com este facto o homem pode chegar à força do amor e à liberdade, mas isto foi-lhe imposto.
Este envolvimento com a matéria não foi um feito humano porque ocorreu antes que os homens fossem capazes de tomar parte activa no seu destino. Foi algo que as potências superiores, dirigentes da evolução contínua, combinaram com os seres luciféricos.

O que então ocorreu necessitava de uma compensação. O pecado original, a Queda, ocorrera ao homem em estado pré-humano, exigia uma compensação, algo que tampouco fosse assunto humano, mas um assunto dos deuses entre si.
Esse assunto teve de se concretizar tão profundamente abaixo da matéria quanto se desenrolou acima da matéria o outro acontecimento, ocorrido antes que o homem fosse vinculado à matéria.
Deus teve de imergir na matéria tão profundamente quanto havia levado o homem a fazer.
Entreguemo-nos a toda a gravidade desse facto, e compreenderemos que essa encarnação de Cristo em Jesus era um assunto do próprio Cristo, dos deuses.
Qual foi então o chamamento dirigido ao homem? Em primeiro lugar ele devia ver como Deus compensa o feito do “pecado original”.
Isso não teria sido possível dentro da personalidade de um adepto; pois tal personalidade teria conseguido redimir-se pelas suas próprias forças da queda na matéria. Isso só era possível numa personalidade que não se destacasse dos outros homens.
Jesus só se destacou dos outros homens até aos 30 anos, altura em que Zaratustra abandona o seu corpo físico, etérico e astral, deixando a possibilidade de Cristo o ocupar.
E os homens participaram de um acontecimento que se desenrolou entre deuses, podendo vê-lo porque os deuses precisaram recorrer ao plano físico, a fim de possibilitar a realização desse assunto.
Por isso é melhor dizer que Cristo ofereceu um sacrifício num corpo físico em lugar de qualquer outra fórmula. E para o homem tratou-se de assistir a um problema entre deuses.

9 - A Ressurreição
A compreensão do problema da ressurreição é essencial para entender o cristianismo?

9.1 – O ponto de vista de Paulo
A importância deste problema para Paulo ressalta da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios (cap. 15, 14-20):

“Mas se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa prédica, vazia também é a nossa fé. Mas então seríamos também descobertos como falsas testemunhas de Deus, porque testemunhamos contra Deus que ele teria ressuscitado Cristo, enquanto de facto não ressuscitou, se realmente os mortos não ressuscitam. Pois se os mortos não ressuscitam, tampouco Cristo ressuscitou. Mas se Cristo não ressuscitou, vossa fé é ilusória, e assim ainda estais em vossos pecados; então também estão perdidos aqueles que adormeceram em Cristo. Se somos apenas aqueles que nesta vida nada possuem além da sua esperança em Cristo, somos os mais dignos de compaixão de todos os homens. No entanto, Cristo ressuscitou dos mortos como as primícias dos adormecidos.”

Convém frisar que o cristianismo, tal como se espalhou pelo mundo partiu de Paulo. E se aprendermos a levar a sério as palavras, não devemos passar por cima das declarações mais importantes de Paulo, dizendo simplesmente que deixamos sem explicação todo o mistério da ressurreição.
O que disse Paulo? – Se a ressurreição não foi um facto real, todo o cristianismo carecia de base, e acreditar no Cristo não faria sentido. Foi isto o que disse Paulo de quem emana o cristianismo, como facto histórico.
  (... continua) 


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