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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 4ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 16 Mai 2011

  (...anterior) Ao fazermos isso, ocorre nada menos que a preparação do nosso corpo físico para receber pouco a pouco o fantoma que emana da sepultura do Gólgota.

21 - O cristianismo como facto místico
“Vivenciando em si Cristo, o homem vivencia o meio pelo qual crescem a sua coragem e a sua força de acção, o meio pelo qual cresce a consciência da sua dignidade humana, pois vem a saber que deve situar-se correctamente na humanidade. E ao mesmo tempo vivencia o que os adeptos dos mistérios gregos podiam vivenciar: o Amor Universal; pois o que vive no cristianismo vive como amor universal, abrangendo todas as entidades exteriores. E ele ainda vivencia simultaneamente o destemor, pelo facto de nunca precisar ter medo, de não precisar desesperar-se frente ao mundo, descobrindo – em plena liberdade e ao mesmo tempo com humildade – a devoção pelos segredos do universo.”

Eis o que o homem pode conhecer ao se impregnar com o que entrou no lugar dos antigos mistérios: o cristianismo como facto místico
Na filosofia ocidental foi dito o seguinte: o homem nunca poderia ver cores se não tivesse olhos, não poderia ouvir sons se não tivesse ouvidos; escuro e mudo seria então o mundo para ele. Mas assim como é verdade que sem olhos não se percebem cores e sem ouvidos não se ouvem sons, também é verdade outra sentença: sem luz não teria surgido olho algum. (…) “O olho é uma criação da luz”-disse Goethe. Assim o Cristo místico – o Cristo de que fala o clarividente, conforme o viu Paulo, por força da clarividência – não esteve sempre no homem.
Na época pré-cristã, ele não era alcançável, por qualquer desenvolvimento nos mistérios, do modo como é possível após o Mistério do Gólgota.

Para que possa existir o Cristo “interior”, para que o homem superior possa nascer, é necessário um Cristo “histórico”, a incorporação de Cristo em Jesus. E se documento nenhum afiançava, de alguma maneira, uma biografia de Jesus de Nazaré, devia-se dizer: assim como um olho só pode surgir pelo efeito da luz, para um Cristo místico é necessário ter existido o Cristo histórico.
Não é por documentos externos que se conhece a figura de Jesus. Durante longo tempo se soube disso no desenvolvimento ocidental – e será novamente sabido.
A Ciência Espiritual modelará o que resultar dos seus círculos de maneira que isso possa conduzir a um verdadeiro conhecimento de Cristo – e com isso também a Jesus. O facto de Jesus ter sido alheado do mundo, tendo-se dissolvido os métodos para a pesquisa a seu respeito, o aprofundamento na essência de Cristo levará a conhecer novamente a grandeza de Jesus de Nazaré.

O caminho que leva a reconhecer Cristo por meio de vivências internas da alma conduz, através dos processos desenrolados na alma humana, a realmente compreender o “facto místico” do cristianismo e captar a evolução da humanidade de modo tal que o evento crístico incida como o mais significativo acontecimento da evolução humana.
É assim que o caminho nos leva a Jesus por intermédio de Cristo. Cristo trará em si germes frutíferos para conduzir a humanidade não só a uma concepção genérica, panteísta do Espírito Universal, mas a que o homem compreenda a sua própria história da seguinte maneira: do mesmo modo como ele sente a Terra ligada a toda a existência cósmica, assim também sentirá a sua história unida a um acontecimento supersensível, super-histórico. E esse acontecimento é o facto de o ser crístico estar no centro da evolução humana como um evento supersensível, místico, e de que será reconhecido pela humanidade do futuro, independentemente de qualquer pesquisa histórica e de quaisquer documentos.
Cristo continuará a ser a forte pedra angular do desenvolvimento humano, mesmo ao se reconhecer que todos os documentos, para uma biografia de Jesus falham. O homem buscará em si próprio as forças para fazer nascer a sua história de maneira nova – e com isso, também a história da evolução universal.
  (... continua) 


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