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As personagens mais marcantes da história da humanidade reconhecem-se, pela sua criatividade interior, que impressiona e serve como farol aos que neles encontram o ideal espiritual.

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Grande Alma

de Damodar K. Mavalankar

em 08 Jul 2012

  O ponto essencial da Teosofia é a existência da Fraternidade dos Adeptos ou Mestres da Sabedoria (i.e. Mahātmas: literalmente, Grandes Almas). Este fato sagrado dá especial significado às subtilezas da Cosmogênese e às complexidades da Antropogênese. Ele configura todos os esforços da prática teosófica. Os Grandes Adeptos estão sempre prontos a ajudar e elevar espiritualmente todos que buscam os cumes da sabedoria. A Teosofia mostra o caminho da perfeição, pelo qual um ser humano pode passar para além do sentido de alienação da maioria dos seus contemporâneos e imergir no insondável centro divino da unidade consciente de toda a vida. Quem percorre gradualmente este caminho, aprende a assumir a plena responsabilidade da sua natureza e da sua existência e agir em conformidade com todas as implicações a que esse conhecimento conduz. Quando ele obtém a lucidez da autoconsciência universal e perde toda a separatividade do interesse próprio, torna-se um Adepto, Mahātma, uma Grande Alma. Damodar K. Mavalankar foi um homem que percorreu este caminho até o horizonte que a observações humana pode alcançar.

Damodar nasceu em Ahmedabad, em Gujarat, em Setembro de 1857. Como todos os que nasceram na casta dos brâmanes Karhada Maharashtra, recebeu uma excelente formação tradicional Hindu. Tendo vivido numa família abastada, também lhe foi proporcionado uma primorosa educação inglesa. Quando muito novo, ficou gravemente doente e à beira da morte.

Durante o pior momento deste período, teve uma visão na qual um ser resplandecente o amparou e rapidamente o recuperou. Ele teve, posteriormente, em duas outras oportunidades visões deste ser: uma vez quando esteve, de novo, seriamente doente e outra vez em uma profunda meditação.
Entre as idades de dez e catorze anos, Damodar estudou devotadamente Dharma[1] Hindu, cultivando todas as apropriadas práticas deste estágio. Tendo começado os seus estudos académicos, o ritual deu lugar às lições escolares, embora as ideias básicas e aspirações permanecessem as mesmas. De acordo com o seu próprio testemunho, não encontrou uma verdadeira paz de espírito, e viveu para a rotina diária, posição social e gratificação pessoal. Mas, em 1879 – ano em que H. P. Blavatsky e H. S. Olcott chegaram em Bombaim para estabelecer um centro para a Sociedade Teosófica (§) – Damodar leu Isis sem Véu. Ele imediatamente correu para Bombaim para saudar a notável autora que demonstrou tanta sabedoria, audácia e devoção. Não se importando com a opinião do mundo, ela demonstrou a segurança de quem conhecia a existência dos Mestres e de que estavam activos no seio da humanidade.

Quando Damodar entrou na sede da Sociedade Teosófica em Bombaim, surpreendeu-se ao ver o retrato do homem que aparecera três vezes nas suas visões e por saber que este Mestre era um dos que apoiavam H. P. Blavatsky e o Movimento Teosófico. Convencido que tinha encontrado o portal que conduz ao Caminho da Verdade, Damodar tornou-se membro da Sociedade Teosófica em 13 de Julho de 1879. Em 3 de Agosto foi iniciado na Sociedade. Pouco depois ele escreveu:
“Não é exagerado dizer que somente estes poucos meses eu tenho sido um homem realmente vivo; pois entre a vida como ela me aparece agora e a vida como eu a compreendia antes, existe um abismo insondável. Eu sinto agora que pela primeira vez tenho uma percepção clara do que são o homem e a vida – a natureza e poderes do primeiro, e as possibilidades, deveres e alegrias da última.”

Damodar solicitou a seu pai licença para viver na sede da S. T., que lhe foi concedida, e sedo assumiu as responsabilidades de Secretário responsável pelo recebimento das taxas.
Damodar solicitou também as bênções de seu pai para a sua resolução de viver a vida de um sannyāsin[2]. Ele tinha ficado noivo em Laxmibai quando ainda criança e esperava-se que se casasse e se tornasse um chefe de família. Quando ficou claro que o seu desejo de ser um chela[3] dos Mestres era profundo e irreversível, foi lhe permitido ceder a sua grande parte da herança ancestral do seu pai sob a condição que a jovem fosse cuidada na casa da família pelo resto da vida. Apesar de ter ficado com o coração despedaçado, ela concordou com a decisão de Damodar e viveu a vida de uma saubhagyavati – uma mulher sozinha cujo marido está vivo – isto por um longo tempo, mesmo após o desaparecimento de Damodar no Tibet e até à sua própria morte, aproximadamente aos 60 anos.

O pai, o tio e o irmão mais velho de Damodar aderiram à Sociedade Teosófica, mas todos resignaram quando ele renunciou à sua casta. H. P. Blavatsky e Coronel Olcott aconselharam Damodar a reflectir cuidadosamente sobre a sua corajosa e grave decisão. Assim tendo feito, ele declarou que todos os interesses mundanos “... são apenas os vapores dum sonho e que somente é digno de ser chamado homem, quem fez do capricho seu escravo e da perfeição de seu Ser espiritual o grande objectivo de seus esforços. Como não seria possível usufruir destas convicções e a minha liberdade de acção dentro de minha casta, estou me retirando da mesma...
  (... continua) 
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