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A Marcha dos Tempos

de Arthur Shaker

em 25 Dez 2012

  (...anterior) “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus, 24, 12-13).

(9) A escolha pela vida reclusa marca uma espécie de “ponto de regeneração”, cujo arquétipo é o da Ariya Sangha, a Comunidade dos bhikkhus, e mais enfaticamente, os monges de vida e prática nas florestas. Mas, mesmo neste âmbito, o enfraquecimento e perda tende a ocorrer. Assim, quando Kassapa pergunta ao Buddha (§) por qual razão antes havia poucas regras, mas muitos monges estabelecidos no conhecimento do arahato, enquanto agora havia mais regras, mas poucos monges estabelecidos no conhecimento do arahato, o Buddha explica:

“Assim acontece, Kassapa, quando os seres degradam e o verdadeiro Dhamma desaparece: então há mais regras e poucos arahants. Mas não haverá o desaparecimento do verdadeiro Dhamma até que o falso Dhamma surja no mundo. Mas quando o falso Dhamma surge no mundo, então o verdadeiro Dhamma desaparece.
Mas, Kassapa, não é o colapso dos quatro elementos – terra, água, fogo e ar - que faz o verdadeiro Dhamma desaparecer. Nem é a razão do desaparecimento similar à sobrecarga que faz o navio afundar. É a presença de atitudes daninhas que causa o obscurecimento e o desaparecimento do verdadeiro Dhamma.
São estas as cinco atitudes: a falta de respeito e consideração para com o Buddha, o Dhamma e a Sangha, para com treinamento e a concentração meditativa, pela parte dos monges e monjas, e dos devotos leigos homens e mulheres. Mas, enquanto houver respeito e consideração para com essas cinco coisas, o verdadeiro Dhamma permanecerá livre de obscurecimento e não desaparecerá” (SN 16:13).

Buddha também se refere, no Samyutta Nikay, ao processo que leva ao desaparecimento dos seus ensinamentos:
“Outrora, ó monges, os Dasaraharas possuíam um tambor chamado o Convocador. Como começava a rachar, os Dasaraharas nele cravavam sempre novas cavilhas: chegou o momento em que o tambor original do Convocador tinha desaparecido: só restava uma armadura de cavilhas. É assim, ó monges, que sucederá aos monges no futuro. Estes discursos pronunciados pelo Descobridor da Verdade, profundos, profundos de significação, falando de um outro mundo, tratando do vácuo: eles não escutarão mais tais como são pronunciados, não prestarão atenção, não voltarão seus pensamentos para o profundo sar, e não sustentarão que esses são ensinamentos dignos de ser estudados e possuídos.

Mas os discursos, ó monges, que são feitos pelos poetas, que pertencem à poesia, que são uma pluralidade de palavras de expressões, que são estranhos (isto é, exteriores ao ensinamento do Buda), que são as palavras de discípulos: eis o que eles ouvirão tais como são pronunciados e sustentarão que esses são ensinamentos dignos de ser estudados e possuídos. É por esta razão que os discursos pronunciados pelo Descobridor da Verdade, profundos, de significação, falando de um outro mundo, tratando da vacuidade, acabarão por desaparecer”.
(SN II, 266-67, trad. Ananda K. Coomaraswamy, p.65. O Pensamento Vivo de Buda. SP: Martins, 1967)
   


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