Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sistemas Religiosos e Filosóficos
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 2 de 6
Misticismo

de Annie Besant

em 19 Out 2013

  (...anterior) O primeiro deles é a infância do ego, que Patañjali compara a uma borboleta, voando de flor em flor, buscando o mel em toda a parte, atraída pela beleza da floração, sem nada de estável, de sólido, ou concentrado nisso. Essa pessoa não está preparada para o Yoga (§). O estágio da borboleta é um estágio natural. Não há mal nele, não há erro nele, nada existe de que alguém se possa envergonhar. Não censuramos uma criança porque gosta de brincar, porque corre atrás de um brinquedo brilhante, porque não desenvolveu firmeza de vontade, nem pensamento enérgico. Mas a criança não está preparada para o Yoga. No estágio seguinte, que Patañjali chama de o estágio da juventude, existe confusão, o ser é levado por grandes ímpetos de sentimentos, é levado por entusiasmos, por um ideal hoje, por outro amanhã. As emoções enevoam as faculdades pensantes, porque dão cor à mente, porque dão lugar a preconceitos, a prevenções, de forma que o julgamento não é claro nem imparcial. Essa juventude, diz Patañjali, não está preparada para o Yoga.

O estágio a seguir é aquele no qual o indivíduo está amadurecido, e é possuído por uma ideia dominante, uma ideia que se apoderou dele, que o impele, que o controla, e que não permite que nada mais, por assim dizer, possa penetrá-lo. Ele não debaterá, não fará raciocínios, não considerará o que chamamos de os prós e os contras do assunto. Está preso nas garras de uma ideia. Há dois grupos de pessoas que são presas assim, e o valor de cada grupo depende da verdade ou falsidade da ideia que os domina. O maníaco é cativo de uma ideia dominante, que é falsa. Não é possível persuadi-lo a abandoná-la, pois ele está sob uma pressão da qual não se pode livrar, já que é baseada num pensamento falso. Há a outra ideia fixa, que faz o herói ou o mártir. Não é possível raciocinar com eles, não é possível argumentar com eles. Empurram tudo para um lado. Podemos lembrar-lhes a opinião pública, as responsabilidades de família, o amor dos pais. Eles nada ouvem. Há apenas uma coisa diante deles, a eles a seguem apesar de todos os perigos e mesmo com a certeza da destruição. Quando a ideia dominante é verdadeira, então, diz Patañjali, o homem está aproximando-se do Yoga. Encontram-se neles qualidades que imediatamente podemos qualificar como as necessárias para grandes realizações: acima de tudo, a força de vontade, qualidade predominantemente exigida para a Senda mística.

Então vem o quarto estágio, em que o homem fica separado de suas ideias, e escolhe entre elas a que deseja seguir. Nos primeiros três estágios temos o homem vivendo nos três planos de vida – o físico, o astral e o mental inferior. Agora, ele passa para plano mais alto, o plano do próprio ego. Sabe que ele não é os seus pensamentos, sabe que ele não é as suas emoções, sabe que ele não é o seu corpo, e conserva-se – diz-se isso, às vezes – como um espectador e, dos muitos ramais do caminho que estão diante dele, escolhe o que lhe parece certo, o mais alto. Agora, possui a ideia, não é mais possuído por ela. Ele a escolhe; ele não o aprisiona. Esse homem, diz Patañjali, está preparado para o Yoga. No quinto estágio ele começa a praticar Yoga, consciente de que está preparado, por aquilo que fez da sua própria natureza durante esses estágios preliminares.

Conquanto Patañjali tenha classificado os estágios de desenvolvimento dessa maneira, que é muito fácil de recordar e muito significativa, os Upanishads colocam a mesma coisa de outras formas. Não daquela maneira precisa, que podemos chamar de a verdadeira Ciência do Yoga, mas antes, por alusões e sugestões difundidas, que serão gradualmente assimiladas por aqueles que estiverem preparados para isso. Observando-as, encontramos algumas coisas que impedirão um homem de partilhar a Senda Mística. Porque está escrito que não é estudando, nem compreendendo, nem por qualquer ciência de muitas ramificações, que um homem pode alcançar o Supremo, ou encontrar o Ātman dentro de si.
  (... continua) 
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®