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Mosteiro Budista
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Vesak

de Bhikkhu Dhammiko

em 08 Abr 2023

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No entanto, é difícil, hoje, asseverar-se com certeza, qual foi a data e Estação precisa em que na realidade Siddhārtha Gautama nasceu, estando no entanto convencionado quase em todas as tradições budistas, seja por tradição ou por carácter mais esotérico, que esse evento ocorreu na Lua Cheia de Touro. De qualquer forma as certezas são maiores no que respeita à relação Lua Cheia-Abóbada Celeste (Vaiśākha) no momento do nascimento, do que da relação Lua Cheia-Estação do Ano (Equinócio Vernal). Este ano ocorre a 20 de Maio às 2h12 (a data escolhida este ano pela convenção budista é a 18 de Maio).

Passando agora para a Simbologia mais profunda deste evento, Vaiśākha é a única Mansão/Signo das 27 com duas Divindades Regentes, Indra, o Deus da Transformação; e Agni, o Deus do Fogo. Combinados, Eles reflectem a energia, a força e o potencial poderoso da Transmutação Alquímica e Espiritual. Júpiter é o seu Planeta regente, o qual inspira Entusiasmo, Fé, Optimismo e Esperança. A Lua Cheia nesta Mansão é assim um poderoso momento que conforme a energia envolvida neste aspecto Lua-Sol, em interacção com a zona celeste de Vaiśākha (Al-Genubi ou Alpha Libra), invoca a Solene descida e inspiração das Energias mais elevadas e sagradas na dimensão superior da nossa vida, em que um maior recolhimento na profundidade do nosso ser interior, se predispõem ao convite da meditação contemplativa e ao silêncio, em honra aos nobres ideais, abrindo-nos assim aos príncipios do ensinamento que não só o Buddha (§), mas também o Cristo, manifestaram e trouxeram ao plano da nossa existência.

Esta data inspira e invoca assim o regresso e o renovamento da energia Budhi Crística em mais um ano das nossas vidas, simbolizando esta data auspiciosa não só o regresso do Buddha à Terra, nossa Mãe (§) Sagrada, mas também o despertar do potencial búdico no interior dos nossos Corações, Iluminação esta que Siddhārtha Gautama realizou aos 35 anos de idade e que por sua vez podemos corresponder simbolicamente com a Ressurreição Crística da Páscoa Cristã. Deveremos assim prestar mais atenção não à morte em si, mas ao regresso à Vida, como um acordar e despertar do Espírito na carne e não da carne por si só. Eis a verdadeira Ressureição que tanto se identifica com a Iluminação Divina do Buddha, consumada ainda no corpo antes da morte física. Tal como Luang Por Chah disse «...”morre antes de morreres”…, para que quando o corpo morrer, já tenhas então passado para o reino imortal da Verdadeira Vida».

Este é sem dúvida um momento propício à invocação da fraternidade e união dos nossos Corações num ideal comum para além de Raças ou Religiões, em que os princípios que o Buddha cultivou como exemplo e ensinamento, se unem ao exemplo e ensinamento do Seu Irmão, o Mestre Jesus Cristo. Amor, Compaixão, Gentileza e Paz são a essência da ética do verdadeiro caminho. O objectivo da Divina Realização para lá do Nirvāna (Paranirvāna), é a mais alta meta a almejar neste mundo de matéria, a qual sem a base primária da prática da meditação e do ensinamento (Dhamma), se torna uma utopia.

O Buddha encorajou com o seu exemplo e ensinamento, que o homem buscasse e investigasse em si próprio, diligentemente, as causas do sofrimento no mundo do apego e do desejo, abrindo caminho à solução pelo cultivo e adopção de uma vida mais pura, virtuosa, permeada de perfeição em direcção à Libertação final. O caminho da pureza interior conduz à Saúde, traz Alegria e Paz.
Alice A. Bailey (§), na sua “Autobiografia incompleta”, relata-nos de uma forma bela e explícita, o significado deste momento tão importante:
«Por duas vezes (enquanto vivia e trabalhava na Grã-Bretanha) tomei parte numa extraordinária Cerimónia e foi sensivelmente duas décadas depois da minha participação, que descobri na realidade do que se tratava. A Cerimónia da qual fiz parte, eventualmente descobri, que na realidade ocorre todos os anos na altura da “Lua Cheia de Maio.
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