Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sagrados
Sugestões de Leitura
Especiais
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 4 de 4
Graal

de Pedro Teixeira da Mota

em 20 Jul 2014

  (...anterior) José Vaz, recentemente canonizado, ou os professores de sânscrito e de civilização indiana já no nosso século XX, Sebastião Dalgado e Mariano Saldanha e que foram dos principais construtores de algumas pontes para que a cultura indiana entrasse um pouco em Portugal.
Míngua esta de receptividade nossa que talvez seja o segundo factor a seguir à violência religiosa e militar, para que continuem ainda assim frustrantes as relações entre as almas dos dois países, com todas as publicações, visitas oficiais e comemorações dos Descobrimentos sempre limitadas nas mentalidades e nos interesses das que as promovem, impossibilitando-se assim o encontro e diálogo na base dum reconhecimento dos valores recíprocos em vez dos habituais pontos de vista chauvinistas, superficiais ou conservadoramente materialistas ou religiosos. É só a imigração crescente de Orientais para Portugal que já no século XXI permitirá mais contactos, embora aprofundantes diálogos inter-civilizacionais sejam limitados a pontuais actividades de fundações e grupos.

Do passado mas fermentante ficou a polémica no seio da Igreja Católica dos ritos indianos e chineses, causada pelas iniciativas de valorização das tradições culturais, religiosas e espirituais orientais por jesuítas mais sábios como o P. Nobili (§) e P. Ricci (§), e por fenómenos de aculturação (tais os de Baltazar da Costa, S. João de Brito e outros), que foram então perseguidos e reduzidos, e tal continua hoje actual e vivo, e como um paradigma não só do confronto dialogante entre o Oriente e o Ocidente como o do conhecimento convivial e da civilização do próximo milénio.
E os Portugueses, à cabeça de tantos Europeus que os seguiram, foram lídimos pioneiros pelo que, apesar de todas as imposições violentas e fanáticas, das globalizações totalitárias, dum materialismo tecnocrático amoral ou de uma crise de dinheiros provocado por uma má classe política, não devem deixar de reconhecer-se e estimular-se a agir como continuadores da tradição e do projecto justo de amor e sabedoria do santo Graal (§) ou da taça do mundo (o Jam-e-Jam, dos persas) que as grandes almas de todas as religiões, tradições e povos têm transmitido, vivido e impulsionado rumo a uma nova Era que permita já não só os desejos democráticos de consumismo, ou os mais platónicos idealismos, mas a sobrevivência digna e harmoniosa da Humanidade e o desenvolvimento vida espiritual numa vida convivial, justa, sã e iluminada.

Comemorar o Graal da Índia, Pérsia e Portugal será então, mais do que relembrar o sangue derramado sob os feitos heróicos ou as campas sobre as quais caminhamos em Goa, sobretudo aprendermos os caminhos para uma harmonia mais profunda e reintegradora do Oriente e o Ocidente, das várias religiões, da acção e da contemplação, do materialismo e do espiritualismo, da ausência e da presença, da distracção e da plena atenção, do exclusivismo e do universalismo e que por tantos excelentes modos têm sido indicados e trilhados por alguns...
Missão mais do que nunca necessária nestes tempos de guerras e terrorismos, de imperialismos e manipulações e em que Portugueses luminosos deviam ter mais voz, em vez dos incultos e pouco espirituais políticos e comentadores que quase só desorientam as almas e a sociedade...
   
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®