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Mosteiro Budista
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O Budha tornou mais bela a Religião Eterna

de Swāmi Sandarshanānanda

em 08 Mar 2015

  (...anterior) A sua felicidade advinha de ter desvendado o mistério da vida e da morte, e descobrir o caminho da cessação total da infelicidade.

Era, então, Budha, o salvador. Chamou pessoas de todos os sítios, tal como os compassivos Ṛṣis dos Upaniṣadas, para partilhar o seu conhecimento da Verdade que tinha realizado. Ele acreditava que Buddhatva era um estado que qualquer um podia atingir, se escolhesse o caminho certo a que chamava o madhya panthā, ou Caminho do Meio. Ensinou aos seguidores que evitassem os dois extremos – o da sensualidade e o da mortificação. Disse ele que o caminho no meio dos dois era o caminho da rectidão, consistindo em oito disciplinas, a citar: visão correcta, aspiração correcta, discurso correcto, conduta correcta, vivência correcta, esforço correcto, atenção correcta, e contemplação correcta. Seguindo este caminho, atingir-se-ia o Nibbana (Nirvāna), a paz absoluta, assegurou ele.

Sermões

Budha começou a pregar a sua religião sad-dharma (Verdade do Lótus) a partir de Vāranāsi. Chamava-lhe o Caminho da Paz. Quem primeiro a recebeu foram uns cinco śramānas que conheceu no princípio de sua vida como mendicante. A seguir veio um jovem chamado Yash com mais 54 companheiros e pediram que lhes desse os preceitos. Budha deu resposta às suas preces e pediu a estes 60 seguidores que espalhassem o sad-dharma para longe, para o bem de muitos, para a felicidade de todos. Ele próprio pôs-se a caminho de Gāyā com essa finalidade. Espalhou a sua mensagem insistentemente por mais de quarenta anos, movendo-se de um lugar para o outro a pé, de Pataliputra, no sudeste, até Sravasthī no noroeste da Índia. Incontáveis foram as pessoas que tomaram refúgio nele e em seus ensinamentos. Homens e mulheres vulgares tornaram-se extraordinários, pecadores em santos, e governantes cruéis transformaram-se em benfeitores benignos, como resultado disto. Contudo, o seu contacto com as pessoas nem sempre era agradável. Por vezes era mesmo desagradável. Mas ele conseguia vencer sempre as críticas postas, com a sua sabedoria e personalidade sem rival. Esmolando, foi repreendido uma vez por um agricultor rico, que se ofendeu ao pensar que Budha era um vagabundo. Mas Budha retrucou metaforicamente: “ A fé é a minha semente, a penitência é a chuva, a compreensão é o arado e a canga, a modéstia o cabo do arado, a mente o laço, o pensamento o incentivo e acção no arado, e o esforço a besta de carga. Também sou um agricultor e cultivo śraddhā nos corações deles, o que os conduzirá de forma segura às regiões isentas de infelicidade.”

Majjhimanikāya, uma escritura budista diz: “ O Tathāgata não tem teorias”. O que significa que o Budha não confundiu outros com desnecessárias discussões metafísicas, era pragmático, porque pensava que era uma tolice passar o tempo em conversas vãs. A prática da conduta correcta e da contemplação é crucial. A primeira tarefa é viver a Verdade. Quando se alcança a liberdade pelo verdadeiro conhecimento, desperta-se e o pensamento aquieta-se.

Não ateu

A carga antiga dirigida contra o Budha, de que ele era um ateu, não é correcta. Se o fosse, o seu ensinamento do Nirvāna teria caído por terra. Ele declarou: “ Existe um não-nascido, um não-originado, um não-feito, um não-composto; se assim não fosse, ó mendicantes, não haveria como escapar do mundo dos nascidos, originados, feitos, e os compostos”. Mas, com firmeza recusava-se a descrever esta realidade imutável não-composta, proclamando que existia para lá das experiências sensoriais e mentais. Isto está em perfeita sintonia com as ideias vedânticas dos Upanishadas, que defendiam que Brahman é Ātman – está “além da palavra, e a mente fica desconcertada, incapaz de alcançar tal”.

Recentemente Sri Ramakrishna também disse de forma semelhante a partir da sua experiência não-dualista:’ O que Brahman é, ninguém o consegue definir por palavras.
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