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O Budha tornou mais bela a Religião Eterna

de Swāmi Sandarshanānanda

em 08 Mar 2015

  (...anterior) Tudo se decompõe, tal como os restos de comida… Mas há uma verdade, uma substância que nunca se alterou, e essa é Brahman. Ninguém alguma vez conseguiu descrever Brahman por palavras.’ Daqui poder-se-á supor, sem equívocos, que o Nirvāna de Budha, o Nirvikalpa Samādhi de Ramakrishna, e Asamprajñāta Samādhi do Yoga (§) de Patañjali, são na sua essência idênticos.

Budha nasceu hindu e morreu hindu. Os hindus, por essa razão, adoravam-no como Deus. Ele veio, não para destruir, mas para valorizar. Ele foi ‘a realização, a conclusão lógica, o desenvolvimento lógico da religião dos hindus,’ disse Swāmi Vivekānanda (§). O seu advento ocorreu numa conjuntura crítica da história do Hinduísmo – era um momento em que era necessário purificar as impurezas acumuladas durante séculos. A sociedade estava enferrujada pela coerção, sob o pretexto da actividade religiosa. Ele organizou uma cruzada silenciosa contra isto. Exigiu a parte do conhecimento e negou a parte do ritual dos Vedas. Revoltou-se contra as preconceituosas distinções de castas (§) e géneros. Lutando contra todas estas adversidades, restaurou a democracia e a igualdade no domínio da religião. Os seus seguidores mais tardios, contudo, não compreenderam isto e viram Budha sob uma luz diferente. Apresentaram a sua mensagem de forma a manterem uma identidade separada do Hinduísmo. Foi uma violação aberta da crença comum e do sentimento das pessoas. Consequentemente, o Budismo tardio não foi aceite pelas massas da Índia. Incluíram Budha no panteão das encarnações de Vishnu e repudiaram-no para sempre. E isso, obviamente, fez com que Budha desaparecesse do solo onde nasceu.

Os últimos dias

Um Budha octogenário estava cansado de trabalho excessivo. O espírito era jovem, mas o corpo idoso não lhe acompanhava o passo. Uns poucos dias antes do fim, aceitou a hospitalidade de Ambapāli – o rico cortesão que se tornou seu discípulo e que levou uma vida piedosa – em Vaisali, pela última vez. Chegou a uma aldeia próxima chamada Veluva e aí passou os quatro meses da sua última monção. A seguir foi para Kushinagar. Ao parar na vila Pava, que ficava a caminho, foi convidado a hospedar-se na casa de um ourives. Comeu o que o seu hospedeiro respeitosamente lhe ofereceu. Logo a seguir a deixar a casa, sentiu-se muito doente. Budha foi seriamente atingido por disenteria, o que o deixou completamente exausto. Pensou que o ourives podia sentir-se profundamente arrependido, se soubesse que a causa do seu sofrimento era a comida. Por isso enviou prontamente alguém para lhe dizer que ele alcançaria seguramente a Paz, devido à comida que o ourives tinha oferecido a Tathāgata, antes de se libertar do seu invólucro mortal.

Budha via que o seu último momento estava a aproximar-se rapidamente. Parou na floresta Sal, dos Mallas, uma tribo local. A sua cama foi feita entre duas árvores Sal. Pediu aos discípulos que passassem a mensagem de sua chegada aos Mallas, para que não perdessem o seu sermão, enquanto ainda estava perto deles, antes de seu Māhaparinirvāna. Budha morreu ao serviço, dando ali o seu último sermão. Disse aos seus seguidores mais íntimos: ‘ A separação dos seres amados e a desintegração de todos os objectos compostos, tal como os nossos corpos, é inevitável – chorá-los é injustificado. Durante muito tempo todos vós me haveis demonstrado amor e afecto – não derrameis lágrimas. Também vós alcançareis o Nirvāna, após a aniquilação de vossa ignorância.’ Ao saber do momento final de Budha, um śramāna chamado Subhadra, seu último discípulo, acorreu para esclarecer algumas dúvidas. Perguntou se havia mais alguma personalidade espiritual (além de Budha) que pudesse ensinar a religião da realização, e Budha respondeu que a religião que não tivesse o óctuplo caminho não poderia oferecer a salvação a ninguém.
  (... continua) 
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