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O Festival Esotérico da Páscoa

de Lubélia Travassos

em 17 Mar 2008

  

Ora, após recebermos as bênçãos espirituais anteriores temos de as pôr em acção nesta época da Páscoa, imitando a terra, e dando ao mundo físico da actividade os frutos do espírito semeados nas nossas almas durante a passada estação invernal, para assim recebermos bênçãos ainda mais abundantes em cada ano que passa. Estamos de novo na Páscoa, transpostos que foram os dias de Inverno monótonos e sombrios, quando a mãe natureza remove o manto frio de gelo que cobre a terra, permitindo aos muitos milhões de sementes voltarem a romper a sua crosta e inundarem o solo com cores alegres e deslumbrantes. Ainda que o ano tenha sido de guerra e de lágrimas, não impede que ressoe bem alto o canto da vida que ultrapassa o canto fúnebre da morte. Surgem, então, os primeiros frutos! Cristo ressuscitou, Ele é a Ressurreição e a Vida! Quem acredita nele não morrerá, mas terá a vida eterna!

É nesta estação que a mente do nosso mundo civilizado celebra a festividade que nós chamamos Páscoa, em que se comemora a morte e ressurreição do nobre Ser que nós conhecemos por Jesus e cuja história da Sua Vida se encontra escrita nos Evangelhos. No entanto, todo o cristão místico se digna a ter uma visão muito mais profunda e ampla sobre esse acontecimento cósmico, que se repete todos os anos, com a impregnação da Terra na vida do Cristo Cósmico. Portanto, verificamos uma inalação que se dá durante os meses de Outono que culmina no solstício do Inverno, quando se celebra o Natal, e uma exalação que chega ao seu término na época da Páscoa. Na verdade, a impregnação manifesta-se pela aparente inactividade do Inverno, enquanto que a expiração da vida de Cristo manifesta-se como a força da Ressurreição, dando uma nova vida abundante a tudo o que se movimenta e vive sobre a terra, não só para a manter, mas também para se propagar e perpetuar.

Desta forma, é representado anualmente o drama cósmico da vida e da morte, por todos os seres e criaturas que estão a evoluir, sem quaisquer discriminações, visto o sublime Cristo Cósmico, na Sua Compaixão se ter sujeitado à morte ao ter entrado nas condições de clausura da terra num determinado período do ano. O que aconteceu a Cristo no mundo irá acontecer também na vida de todos os que pretendem se tornar iguais a Cristo. Teremos de admitir que a morte é uma necessidade cósmica nas circunstâncias actuais. Mau seria se ficássemos aprisionados perpetuamente no corpo que agora usamos, e fossemos colocados num ambiente tal como o que hoje nos encontramos e vivemos. Ter de passar continuamente não só pelas enfermidades do corpo, como também por todas as condições insatisfatórias do ambiente que nos rodeia, far-nos-ia ficar logo cansados da vida e é certo que acabaríamos por implorar pela nossa libertação. Se tal prisão acontecesse seria, além disso, um impedimento ao nosso progresso e tornar-nos-ia impossível evoluirmos para níveis mais elevados. A evolução só poderá ser alcançada através dos diversos renascimentos dos nossos veículos, noutros ambientes e circunstâncias, que nos proporcionem novas possibilidades de desenvolvimento espiritual.

Será conveniente recordarmos alguns pontos relacionados com a morte e renascimento que naturalmente esquecemos. Dos símbolos cósmicos preservados desde a antiguidade não existe nenhum que tenha um carácter mais representativo do que o símbolo do Ovo. De facto encontramo-lo em todas as religiões e civilizações. O ovo está presente no Antigo Eddas da civilização Escandinava, venerável pela idade, que fala do ovo mundano esfriado pelo sopro gelado no Niebelheim, mas depois aquecido pelo hálito quente do Muspelheim, antes que os vários mundos e até o próprio homem viessem a existir. Nos Vedas da Índia podemos encontrar a mesma história no mito Kalahgansa, o Cisne do tempo e do espaço, que pôs o ovo que veio a ser finalmente o mundo. Também entre os Egípcios encontramos o globo alado e as serpentes ovíparas, que simbolizavam a sabedoria manifestada no nosso mundo. Os Gregos usaram este simbolismo e o reverenciaram nos seus Mistérios. O mesmo foi preservado pelos Druidas.
   (... continua)  
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