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A Babilónia

de Maria

em 31 Out 2008

  
Esta classe assume frequentemente o dever de julgar tudo e todos, a partir dos pontos de vista pessoais, interpretando situações do pior ângulo, como de uma inquisição se tratasse, apontando defeitos a torto e a direito e, pior, deturpando as palavras dos entrevistados, contribuindo para derrube de governos como por exemplo o português de 2005, e para destruir personalidades com as quais não simpatizam, ridicularizando-as, quaisquer que sejam essas figuras públicas. Se há grande ignorância no mundo, este meio, assumiu-a completamente.

E claro, falta a banca, o poder do dinheiro – mas esse é um poder universal que rege todos os outros, motor e seu aliado, causador desta Babilónia onde nos encontramos. Sim, o poder financeiro, actualmente numa aparente banca rota, onde em Portugal por conveniência do governo e, sobretudo, pelas eleições que se aproximam está tudo indo sobre “rodas bem oleadas”. A crise mundial não vai entrar neste paraíso ensolarado, já que merecemos ficar numa redoma de cristal, absolutamente isolados e protegidos (por bênção miraculosa…) dos desaires dos gananciosos do resto do mundo…
A quem se deve tal milagre? Será à Nossa Senhora de Fátima? Ou aos nossos abençoados governantes?

Não tenham dúvidas, portugueses, estamos tão mal quanto os restantes e se já durante este ano de 2008 a crise entrou pela vossa bolsa, esperem o resultado desta crise financeira mundial a entrar-vos porta adentro no próximo ano de forma incontrolável. E, perante a pobreza, os outros poderes assumirão maior controlo sobre todos, já que o desânimo vai instalar-se ainda mais, e mais doenças virão, mais desemprego, mais depressão, mais álcool, e no fundo menos cabeças lúcidas para decidir as suas próprias vidas, pelo que baterão muitos no fundo…
Não se estranhe que esteja a falar de coisas tão materiais ou comezinhas, de facto, não é meu hábito, mas apesar de encarar a vida de forma bastante positiva, não deixo de me confrontar, como qualquer outro, com a realidade na qual tenho de viver e de a ver sem ilusões, descoberta na sua frieza. Infelizmente vivemos num planeta ainda criança, numa aprendizagem com os valores superiores sobrepostos pelos inferiores. Contudo, os superiores existem mas estão abafados pelo egocentrismo, pela ambição, pelo desejo de prazer e de poder.

Dar soluções espirituais para a crise é o mesmo que deitar “pérolas ao charco”- quem as ouvirá? É pura perda de tempo! E se alguém pensa que haverá, agora, um Salvador para esta escalada destruidora, engana-se, pois esse papel terá de ser desempenhado por todos nós, individualmente, buscando o seu salvador interno para conseguir sobreviver a esta Babilónia, pelos seus próprios pés e meios. Aí, sim, talvez venham a encontrar a ferramenta adequada para “malhar” a pedra da sua própria sobrevivência, onde só pela força interior e buscando o que de melhor tem em si, conseguirá emergir desta grande derrocada ou transformação, que afinal faz parte da sempre impermanente manifestação da vida. Seja por negligência da humanidade, seja pela necessidade evolutiva do planeta, estamos sempre em convulsão, pelo que, de facto, a única e mais segura solução é ter a mente bem desperta e um interior confiante em si mesmo, para fazer face a esse embate.

Contudo, resta sempre a esperança num mundo melhor, ou mesmo pensar que o mal não nos vai acontecer a nós. Sim, felizmente, nada ao nível da matéria tem duração eterna, e embora possam os problemas deixar marcas contundentes ao nível físico e psíquico eles terão naturalmente o seu fim. Tanto a felicidade como o sofrimento não são permanentes, oscilam num vai e vem de prioridades momentâneas. Aproveitemos as fases consideradas más e encaremo-las como desafios para reflexões saudáveis e luminosas, para as podermos melhorar, e as boas para consolidarmos conscientemente a nossa estrutura interna, assimilada nas realizações benéficas, para, no agora e futuramente, enfrentar os novos desafios cada vez mais bem preparados com coragem, vontade e sabedoria.
     
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