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Do Trânsito das Religiões à Religião Planetária

de Pedro Teixeira da Mota

em 22 Abr 2009

   » É o trabalho das novas gerações, sem guerra santa senão aquela contra os nossos defeitos ou vícios…
Aliás, para para clarificarmos a ideia de “Fiel do Amor” e infiel, lembremo-nos do que disse em 1-7-87: «os infiéis que hoje importam são os que, pelas restrições económicas, educacionais ou políticas ou filosóficas, são condenados por toda a vida à infidelidade à sua própria vocação, àquilo de único a que vieram ao mundo, e afinal morrem sem ter vivido. Culpados somos todos se nos entretivermos com festas de pretérito: antecipemos as do futuro, que mais para isso somos portugueses e todos os que herdarem ou herdaram».
Talvez que sob a sua orientação, nos seus últimos anos de vida, se pudessem ter feito alguns encontros ecuménicos ou festas do futuro, mas por diversas razões tal não aconteceu com a dimensão necessária, ainda que ocorressem conferências ou encontros bem luminosos.

Ora, já em 1964-65, num artigo da revista Espiral, ele estava consciente de que «de qualquer modo, pouco se fez quanto a teologia do Espírito Santo, em si própria, e nas ligações que parecem existir com atitudes como as do Tao ou as do Zen; talvez neste ponto o estudo teológico levasse a entender melhor a facilidade e a fecundidade das ligações dos portugueses dos Descobrimentos com as civilizações do Oriente e dessa base de partida para que realmente se unissem as duas formas de comportamento no mundo.
Por outro lado, se afastariam muitas das incompreensões de [o Concílio de] Trento, muitos dos irmãos separados se poderiam reunir, muita hostil catequese se poderia pôr de parte». A actualidade destes escritos de Agostinho é tão evidente que custa vermos ora tanta festividade do Espírito Santo demasiado marcada pelo álcool ou a comesaina desregrada, ou apenas pelas exteriorizações cerimoniais e sentimentais, ou ainda tanta ausência dos tais estudos teológicos e dos encontros de aprofundamento espiritual que ele sonhava (e para o que escreveu tantas cartinhas aos amigos), dinamizados por «uma só ordem de todas as religiões, uma ordem fundada nas três liberdades tradicionais e essenciais de não possuir coisas, de não possuir pessoas e de não possuir a si próprio. Os três votos como diríamos. Esta Ordem nova para o mundo terá que tomar a si os três grandes jogos do universo: 1º criar beleza. 2º servir. 3º rezar, o que significa que todo o melhor do pensamento se concentrará na meditação do Espírito e na instauração do seu Reino (...) Nenhum instrumento de Quinto Império o dará sem oração. Só por ela virá esse império estendido a todas as nações do mundo, a todas elas revelando o espírito».

Anotemos a actualidade do desprendimento, do desapego e da simplicidade face à crise de reorientação económica e monetária em que a humanidade entrou. E quanto à oração, mais particularmente, a recente tradução do latim, contextualizada e comentada, que fiz com Álvaro Pereira Mendes, do Modo de Orar a Deus, de Erasmo, publicada nas portuenses Publicações Maitreya.
Apontados assim alguns dos materiais de construção (para que não seja só de sonho e letras…) da ponte que muitos desejam ou anseiam ver brevemente construída, e logo cruzada alegremente não só por ousados peregrinos ou heterodoxos místicos, ou religiosos já universalistas mas também famílias alegres e despreocupadas ou curiosos mas respeitadores turistas, resta-nos relançar o apelo a que cada vez mais se compreenda, estude e aprofunde a comparatividade de religiões e das práticas espirituais, quem sabe nascendo deste canto lusitano (ou de onde estiver a alma leitora…) um primeiro livro adoptado nas escolas e, talvez um dia, mundialmente no ensino cívico e religioso, sob a égide da Unesco e das Nações Unidas, cujo título poderia ser Manual da Unidade das Religiões, Manual da Religião (ou religiosidade) Planetária, Manuel da Educação Religiosa, Manual da religiosidade da Terra, ou o que vier a ser...
21- Eis, pois, oxalá, um convite interior aos mais conscientes da unidade do Espírito e com asas ou penas (e corações…), mais flamejantes...

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