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Estamos a comunicar?

de Helena Gallis

em 24 Jan 2011

   Enquanto deveres e direitos forem entendidos baseados em percepções opostas e não se reconciliarem num todo inseparável, qualquer comunicação será tão inoportuna, quanto inútil, porque será sempre parcial e incompleta. Trabalhar contrariado ou/ e mal pago, contratar força de trabalho sem crédito nela, ou visualizando-a como mais um gasto económico, será sempre uma balança desequilibrada na comunicação interlaboral.

Nem todos estão no mesmo plano de desenvolvimento, por isso mesmo há que não só ter paciência, como há que se pensar seriamente em reunir grupos diferentes de aprendizagem e de trabalho, com tempos de progressão diferentes, onde a única coisa a ter em conta, comum a todos, é a meta final: a expansão da consciência.

A Psicologia tradicional, a nível terapêutico, pretende dar mais sentido à individualidade de cada um; propõe-se a libertar tensões, fracassos, restrições, frustrações, impostas pelo próprio ou pelos outros, numa estratégia da empatia, por meio da análise dos raciocínios, das emoções, particularmente centradas no passado (o que é contado, já foi vivido). Contudo, a fórmula de ajuda é sempre um reflexo subjectivo da percepção que o terapeuta tem do relato do cliente, o que, em si, se desvia da percepção real que cada um tem, do mundo que cria à sua volta e dentro de si. A abertura a propostas de mudança de atitudes e algum do seu real efeito no caminho do sucesso, só funciona quando o próprio vê utilidade pessoal, vê ganhos que justifiquem o esforço proposto na alteração dos seus hábitos de pensar e sentir – o que, se diga, em boa verdade, reduz seriamente o universo dos verdadeiros resultados benéficos na população em acompanhamento. Mudar para melhor, nestes casos, reflectiria, mais auto-estima, perdão de si próprio e dos outros, e reforço das energias psíquicas face aos embates propostos pela vida. Como se justifica, então, o aumento notório de patologias do foro psicológico e psiquiátrico, com um domínio evidente das depressões reincidentes, mesmo após tratamentos psíquicos e psiquiátricos? Onde a cura para estas maleitas da personalidade, após séries de sessões terapêuticas, ou, receitas contínuas de medicação?

A vida não para de nos surpreender com confrontos, vulgarmente entendidos, como obstáculos. Um atleta olímpico não se fixa na dificuldade da primeira trave, ou salto, ou peso a levantar. Escuta o treinador que lhe exige progressivamente mais, maior sofrimento, maior treino e disciplina. E, se, na mira dos objectivos de chegar mais longe, escuta a sua voz pessoal, vai acreditar que o incitamento do técnico que o apoia, tem o mesmo sentido de verdade para ambos. O mesmo para o músico, o bailarino, o artista visual, o investigador… Enfim, só para quem se quer libertar da mediocridade é que entende a dificuldade, como seu amigo e conselheiro exigente, a qual lhe proporá contrariar rotinas e auto complacências, para se tornar único, porque sempre melhor.

Actualmente, assistimos ao enfraquecimento da vontade, ao embotamento da lucidez pela massificação de ideias preferencialmente filiadas nos meios de comunicação social - processo de estupidificação rápida e indolor, pela confortável comunicação unilateral com que o espectador é premiado, e pelas escolhas de material visual e auditivo pouco exigente e circense. Entre o empolamento alarmista das informações e as distracções oferecidas, nada se passa na mente do receptor que o acrescente – de preferência, o diminuirá, limitando-o a um sono letárgico, projectando-se no seu quotidiano em forma de diálogo repetitivo dos ensinamentos recebidos, priorizando essas comunicações em muitas das escolhas vitais, em nada favorecedores do tal processo da felicidade prometido.
   (... continua)  
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