A Vida sempre se renova, sempre encontra meios para atualizar o obsoleto, reviver o novo, encontrar o inédito. A Vida nunca se esgota ou estagna no que veio antes, no anterior, no passado. Esta é a definição de eterno movimento – a renovação. Do mesmo modo, a consciência do indivíduo requer uma atualização e renovação constantes, de acordo com os Ensinamentos mais propícios e adequados para a atual Época Planetária. Este período da Humanidade indica uma necessidade cada vez maior de nos libertarmos das amarras do ‘eu’, dos seus parâmetros limitados e de uma consequente coligação a uma consciência mais vasta, planetária, ou, nas palavras de Alice Bailey, Consciência Grupal.
A ética é subjectiva, subliminar. A ética não anula valores de independência ou liberdade quando aplicada como norma ou abrangendo leis; ela depende para além disto, da conduta de valores que cada um possa usar fruto de realização humana e espiritual. Se não houvesse leis, tudo seria permitido, mas o dever de uma linha recta ou correcta arrasta consigo a ética. A ética é a gnose interna no ser humano e nunca será destruída pelo caos externo.
O que são os sentidos? São o meio pelo qual o ser humano se apercebe do que o rodeia pondo-se em contacto com o seu ambiente. Como são meios para adquirir experiência, descobre o que necessita de saber e percebe a sua expansão de consciência ao identificar o que aprendeu. Os sentidos fazem parte do seu acervo individual a saber:
A coragem é a marca do Herói. Onde quer que haja intrepidez, auto-abnegação, disciplina, encontra-se em movimento o nascimento da sua história. Ele existe dentro de cada um de nós, cabendo-nos apenas encontrá-lo, através de um propósito que o desperte e capacite a se desenvolver plenamente em nós. A vida passa-se em obediência. É preciso repensar o conceito desta realidade, porque ela está sempre presente. Obedecemos sempre a algo, quer sejam meros prazeres ou altos ideais. Todo o ser vivo obedece a impulsos de determinada realidade. Neste sentido, a questão de obedecer ou não obedecer é uma falsa questão. A verdadeira pergunta é a ‘quem’ obedecer, que caminho, no fundo, servir.
Todos temos direito a um lugar, quanto mais não seja ao espaço que o nosso corpo ocupa onde quer que estejamos. É dado por natureza, seja qual for o país onde se nasce; é pessoal, individual e sagrado. Podemos fazer a analogia com um rei que para o ser, precisa de um território; sem terra não será rei de coisa nenhuma. Isto a propósito da luta milenária pela posse de Israel. Uma das ocupações mais devastadoras foi a dos romanos há mais de dois mil anos, pelo controlo desta terra dos hebreus ou judeus. Povo sacrificado, resiliente, trabalhador e sobretudo defensor do seu território. Devido a diásporas houve a dispersão de muitos judeus para países vizinhos, estando a última ligada aos romanos, contudo nem todos saíram; muitos ficaram em Israel, e assim continuou a servir de berço aos hebreus.