O trabalho do Templário de hoje consiste essencialmente na protecção do Templo Interno ancorado no coração de cada um de nós, o Templo Crístico, vigiando permanentemente pensamentos, palavras e atitudes. Este é o verdadeiro «orai e vigiai», tão actual como há 2000 anos.
Aninhámo-nos, portugueses e ingleses, na Serra da Arrábida, como para um reencontro intemporal. Cinco dias destinados a viver com três monges do Sangha de Amaravati, sob a égide do mosteiro simples e majestoso da outrora comunidade franciscana – duas expressões de vida religiosa unidas na pobreza e simplicidade, na paz e silêncio.
Na já longa história da Humanidade tem-se acentuado nestes últimos tempos a crescente necessidade da passagem do exclusivismo e dogmatismo religioso, com todas as consequências separatistas, dualistas e violentas, para uma coexistência mais dialogante e harmoniosa entre os vários credos e culturas e para o reconhecimento dos princípios, seres e energias, quer individuais quer universais, que estão por detrás das diferentes crenças, dogmas, práticas e realizações dos diversos povos e grupos.
A energia psíquica no ser humano depende da força espiritual que se acumula pela Consciência de si, pela devoção ou pelo altruísmo. Em todos os casos ela está sempre presente como força anímica natural, sendo a força motriz da energia de vida que é usada na sobrevivência de cada um, no seu dia-a-dia. Assim, a energia espiritual acumula-se gradualmente, mas pode-se criar mais energia pela vontade consciente no melhoramento do carácter, que o mesmo é dizer pelo aperfeiçoamento e realização humana.