O propósito define o Homem. Guia e favorece a multidão com esperança, fé e alento, para o futuro. Quem não tem propósito (costuma-se dizer) é desalentado, pois este afigura-se como a base do mundo. A intensidade com que o desejamos ou sentimos (esse futuro próximo ou imaginado) define por regra o grau de bem-estar ou sentido de vida. Como tal, não o ter implica uma quebra de ritmo ou padrão. Este é o paradigma da Humanidade; viver para um futuro melhor. Assim, calculando os custos que teria essa perda, afigura-se inimaginável uma sociedade sem este indicativo. O sonho, o motivo, o propósito, todos fazem parte da ação do Homem como um todo. «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce», já escrevia Fernando Pessoa.
A irradiação magnética interna humana faz-se sentir poderosamente quando já é atraída pela essência de vida superior (planos espirituais ou fonte imanente) que gradualmente se integra noutra vibração, sendo deste modo que aumenta a sua própria irradiação. Portanto, há sempre para o ser humano uma “órbita” superior ou ascendente que exerce atracção, permitindo desta forma penetrar cada vez mais na Unidade. Isto constitui a evolução do inferior ao superior, levando naturalmente o inferior a ser “puxado” por uma atracção magnética que eleva. Isto é uma lei básica da Natureza que se inicia no Cosmos, até à ínfima criatura, passando de permeio pelo ser humano.
Ainda se agridem os homens.
A ambição desmedida leva alguém neste planeta, no século 21, a cobiçar o alheio, não reconhecendo o direito dos outros, numa guerra de extrema violência, como assistimos de momento à invasão da Ucrânia pela Rússia. A maldade quando ainda mora dentro do ser humano, pode transformar-se em demência quando os mecanismos mentais desordenados em conjunto com a sede de poder ou do querer pessoal domina a consciência pela violência, não olhando a meios para os fins.
Durante a atenção de qualquer forma mental, se for bem direcionada fortalece um vínculo magnético que persiste em servir o seu propósito, e assim criar algo consistente com o pensamento em ideias claras e objectivas, que vitalizem a sua própria energia mental. Quanto mais se concentra através do domínio mental mais poderosa será a sua energia. A maior parte das pessoas não tem grande proveito desse valor ou mesmo eficiência nas ideias, porque os seus interesses não são concentrados nem claros, e nada prende a sua atenção. A energia é dissipada, quando se procura satisfazer qualquer desejo superficial desviando a atenção, sem conseguir obter verdadeira coerência nas ideias, desperdiçando, assim energias mentais.
Será o futuro diferente do passado? Será a memória independente do vir-a-ser? Experiências acumuladas, sentimentos vividos, serão eles realmente diferentes daquela ‘projeção de expectativas’, a que chamamos futuro? Ou não corresponderão antes à ideia que temos dele? Nesse sentido, o futuro é o passado. Consequentemente, resta-nos aferir o facto de que essa percepção acontece sempre no presente. Logo, concluímos: Passado, Presente e Futuro, todos coincidem num só ponto: o intemporal momento presente.