Seres

Nobili - Roberto da Nobili, fidalgo italiano, depois de ter entrado na Companhia de Jesus, partira para Goa em 1605. Os jesuítas apercebendo-se que se queriam dominar a filosofia e a religião brahmânica era necessário estudar o sânscrito, língua na qual os textos sagrados védicos estão escritos e na qual todo o cerimonial ortodoxo se realizava, enviaram um dos seus membros mais aptos e dispostos a fazê-lo, para Madurá, no Sul da Índia.
O Padre Roberto da Nobili, italiano, morre em 1656, com 80 anos de idade e 50 da Índia. Estudou a religião indiana, aprendeu o sânscrito (proibido de ensinar a quem não fosse brâhmane) com os sacerdotes e mestres indianos, viveu como um renunciante oriental e, sendo reconhecido como mestre sábio e nobre (ele próprio se dizia brâhmane de Roma e possuidor do "Veda" perdido), conseguiu pela primeira vez um número grande de conversões na casta superior dos brâhmanes. A sua adopção dos ritos indianos iniciou sendas pioneiras mas suscitou celeuma. Escreveu algumas obras, tal o “Diálogo sobre a Transmigração das Almas”, que o P. Baltazar da Costa, o mestre de S. João de Brito, traduziu com o sugestivo título “Antídoto contra o mortal veneno da Transmigração das Almas”, e que diz ter encontrado na «barbaria língua badaga» e a transladou para o português, a fim de estar sempre à mão dos missionários constantemente confrontados com esta explicação das justiças e injustiças do mundo.
"Descobrimentos do Ocidente e do Oriente"
Pedro Teixeira da Mota


Marco Histórico §