Fundação Maitreya
 
Arcanjo Solar

de Manuel Cavaco Nunes

em 21 Out 2021

  Eles são Seres espirituais que foram destinados a passar pela experiência da matéria, tornando-se mortais, materiais, o que deu origem à lenda Cristã dos Anjos Rebeldes ou Caídos. Contudo, o seu líder, Sanaka, é o protótipo de São Miguel e dos demais Arcanjos, e as interpretações esotéricas da lenda dizem que a sua "revolta" constitui-se na simples recusa de procriar, como ascetas virgens que eram, escolhendo favorecer a humanidade a partir dos planos invisíveis, e deixando a geração das formas materiais para entidades menos evoluídas. Eles são uma classe de arupa ou Pitris solares.


O ARCANJO SOLAR E KABALÍSTICO MIGUEL


1. INTRODUÇÃO

Os Kumaras (em sânscrito: ku, com dificuldade; mara, mortal) são, segundo a Teosofia, os Seres que deram ao Homem a sua Alma Imortal, a consciência divina. A palavra significa literalmente "menino ou adolescente que não passou dos quinze anos", e, em sentido figurado, quer dizer puro ou inocente.

Eles são Seres espirituais que foram destinados a passar pela experiência da matéria, tornando-se mortais, materiais, o que deu origem à lenda Cristã dos Anjos Rebeldes ou Caídos. Contudo, o seu líder, Sanaka, é o protótipo de São Miguel e dos demais Arcanjos, e as interpretações esotéricas da lenda dizem que a sua "revolta" constitui-se na simples recusa de procriar, como ascetas virgens que eram, escolhendo favorecer a humanidade a partir dos planos invisíveis, e deixando a geração das formas materiais para entidades menos evoluídas. Eles são uma classe de arupa ou Pitris solares.
[Wikipédia - Blavatsky, Helena. Glossário Teosófico, Editora Ground.]

Os Arcanjos dos quatro Elementos são: Uriel - Terra, Gabriel - Água, Rafael - Ar e Miguel – Fogo. O Fogo é o mais evoluído dos quatro Elementos:

FOGO: Corresponde à vontade, às mudanças, às transformações, para criar, imaginar e idealizar, e aos elementais Salamandras. O fogo representa a energia vital, universal, relacionada com a vida irradiante, que dá vontade de viver, e transmite calor e luz. O Fogo está associado ao Espírito Puro. O Logos Solar, o Fogo Cósmico, o Fogo Solar, a Chama Sagrada ou Trina. Relacionado com o Fogo está o Arcanjo MIGUEL - O Perfeito de Deus.

Os cinco elementos da natureza correspondem, respetivamente, aos cinco sentidos, ou seja, o Éter (quinto elemento) ao ouvido, ao Ar, o tacto, ao Fogo e à visão, a Água ao paladar e a Terra ao olfato.

E que são responsáveis, perante o Logos Planetário, pela correcta manipulação daquelas forças e agentes construtores que introduzem os Egos certos dos diferentes raios, nos tempos e estações corretas. (Iniciação Humana e Solar – AB. D.K.)

Os Quatro Marajás conectados com o Carma, da Humanidade, do Kosmos e do ser humano são: o Sol (ou o seu substituto Miguel), a Lua (ou seu substituto Gabriel), Mercúrio (ou o seu substituto Rafael) e Vénus (ou o seu substituto Uriel). (Astrologia Esotérica)

São Miguel aparece nas Sagradas Escrituras, em particular no Livro de Daniel, na Carta do Apóstolo São Judas Tadeu e no Apocalipse.

O seu nome deriva do hebraico Mi-ka-El, que significa “que é como Deus?”

A iconografia popular representa-o como um guerreiro de armadura, empunhando uma espada ou disposto a trespassar um dragão, com uma lança, que simboliza o Diabo.

2. SÃO MIGUEL ARCANJO

SÃO MIGUEL Arcanjo, tem um importante destaque entre os Arcanjos de Deus. Ele é conhecido como Príncipe dos Arcanjos, além de ser assim considerado nas tradições do cristianismo, do judaísmo e do islamismo.
A sua representação faz-se, normalmente, na forma de um guerreiro, com armadura, espada, envolvido na chama azul protetora e uma balança na mão, representando a justiça, ou com vestes vermelhas, e asas brancas exuberantes.
Em hebraico, o seu nome significa aquele “Que é como Deus” ou “Semelhante a Deus”, mostrando a sua importância. Ele é o chefe das Milícias Celestiais.
O seu Ponto Cardeal é ao Sul e o seu elemento o Fogo. Do nome Sagrado de Deus, a sua letra é YOD.
Miguel Arcanjo é um Guerreiro da Luz, responsável por enfrentar e expulsar o anjo rebelde dos céus.
Ele é o Guardião protetor dos homens e responsável por receber as almas dos homens no Céu.
Entre as suas missões está a de proteger e combater o mal, de purificar os lugares e as pessoas, além da principal, que é transmitir aos homens mensagens de paz, amor e beleza.
O Arcanjo Miguel tem a sua regência no Elemento Fogo, representa o Ponto Cardeal Leste e simboliza a coragem, a força, a proteção e a verdade.
Quando sentirmos necessidade, podemos invocá-lo, para que Ele auxilie, para abrir os caminhos da vida.
A energia deste Arcanjo, tão poderoso, é indicada para limpezas e purificações da Alma, do Corpo, do Espírito e dos locais.

3. ARCANJOS DAS QUATRO DIREÇÕES

Deus designou quatro dos seus Arcanjos, para serem responsáveis pelos quatro pontos cardeais na Terra direcionando a sua energia para ajudar os seres humanos a equilibrar, harmoniosamente, as diferentes partes das suas vidas. Esses Anjos são conhecidos como “Arcanjos das Quatro Direções” ou “Quatro Cantos” ou “Quatro Ventos”. Eles são Uriel (Oeste), Michael (Leste), Raphael (Sul) e Gabriel (Norte).

Os diferentes aspectos da vida passaram a ser tradicionalmente associados às quatro direções no nosso planeta – norte, sul, leste e oeste – e aos diferentes tipos de energia que os Arcanjos enviam aos humanos do Céu à Terra por meio de Raios de Luz.

Acredita-se que os quatro Arcanjos, tradicionalmente associados às quatro direcções, estejam, também, a trabalhar com os anjos querubins no céu, como guardas de segurança em torno dos quatro cantos metafísicos do trono de Deus.

4. ARCANJO MIGUEL REGE O PRIMEIRO RAIO

Como sabemos, a Vida é septenária no seu todo e nos seus diferentes ângulos, com os mais variados significados místicos e ocultos do número Sete. As Leis, que, se baseiam nos Sete Princípios Herméticos, enunciados por Hermes Trismegisto, pelas quais se rege todo o Universo, o Sistema Solar, as Hierarquias Solar e Planetária, os diversos Reinos da Natureza e todas as formas ínfimas de vida. Toda a manifestação é de natureza séptupla e a Luz Central, a qual chamamos de Divindade, o Raio único do Logos, manifesta-se, primeiramente, como Trindade e depois como um Septenário.

Neste contexto, o Arcanjo Miguel, o Perfeito de Deus, defensor da Fé, rege o 1º Raio. O Chohan Mestre Morya, planeta Sol, dia da semana Domingo. 1ª Lei do Holismo. A Chama Azul. O 1º Raio, Vontade, (Pai) trabalha com a política mundial. O centro da cabeça Shamballa - 1° Raio da Vontade, princípio Átmico, chakra Coroa, glândula Pineal. 7º Reino Solar (Arcangélico) - Vontade Espiritual. Mente Universal. (OS SETE RAIOS DO SISTEMA SOLAR E O PLANETA TERRA – MCN)

5. O EQUINÓCIO DE OUTONO
A 21 de Setembro começa o equinócio do Outono (no hemisfério Norte), que preside o Arcanjo Michael. O sol entra no signo de Libra, iniciando, assim, um novo ciclo. Os frutos que caem das árvores, enquanto as sementes são seleccionadas para serem comidas ou conservadas; mais tarde elas serão plantadas no chão para que o ciclo se reinicie. Como o fruto é separado da árvore e a semente da fruta, a alma separa-se do corpo.

E, o Outono é o período em que essa separação deve ser verificada. Hermes Trismegisto diz: “vós tereis de separar o subtil do denso, com grande habilidade". Separar a alma do corpo, porque a alma deve viajar, visitar outros mundos do espaço e não ficar eternamente na Terra.

A separação é uma lei da vida. Então, aqui está o que temos que aprender com o Arcanjo Michael: a selecção (síntese), o discernimento, para aprender a separar o puro do impuro, o útil do inútil. E a causa da desgraça de todos é a falta da capacidade de discernimento.

6. INTRODUÇÃO À ÁRVORE DA VIDA DA CABALA

A Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez frutos. Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo ser interpretados, tanto como estado do todo, do universo, como podem ser lidos como estados de consciência. Ou seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja, do ponto de vista do universo, em geral. Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para cima.

Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether, que é a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas, e desce na árvore, tornando-se cada vez mais densa. Esse é o método cabalista de explicar a criação do mundo, e contrasta com o método científico do mesmo. A última sephirah é Malkuth, a matéria densa, correspondente ao último estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima o seu estado de consciência, elevando-se cada vez mais próximo de Kether. Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem. Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para classificar os seus graus. (Wikipédia)

7. CARACTERÍSTICAS DA ÁRVORE DA VIDA

A Árvore Sefirótica não é uma descrição científica do nosso Universo, mas sim um sistema de explicação do mundo que é de natureza mística. Pela meditação e pela contemplação, os espíritos excepcionais, que o conceberam, conseguiram apreender uma realidade cósmica, que traduziram com a ajuda de imagens, de símbolos. Esta Árvore Sefirótica diz-nos como a Vida divina circula no Universo, desde Aïn Soph Aur, Luz sem fim, até Malkhuth, a Terra. Procurai alimentar-vos todos os dias com os seus frutos. Talvez nunca ireis compreender, perfeitamente, esta figura e ser-vos-á ainda mais difícil realizar as virtudes e os poderes, que ela representa, mas será para vós a imagem de um mundo ideal, que vos puxará sempre para o Alto. (Omraam Mikhaël Aïvanhov)

1 — Kether, a Coroa, a Luz Divina.
2 — Chokmah, Sabedoria.
3 — Binah, Compreensão, Mãe do Mundo, Sophia, Elhoim.
4 — Chesed, Misericórdia, a Bondade Infinita.
5 — Geburah, Severidade, Justiça, o Rigor.
6 — Tiphereth, Beleza Universal, Harmonia do Mundo. Equilíbrio.
7 — Netzach, a Vitória, a Eternidade.
8 — Hod, Esplendor, Glória e Paz, Verberação.
9 — Yesod, Base, Forma, Fundamento.
10 — Malkuth, Reino, o Mundo Materializado, o Concreto.
DAAT é uma sephira "invisível" que significa o conhecimento, Gnosis, coloca-se entre KETHER e TIPHERETH, na coluna central.
A Árvore da Vida pretende simbolizar todo o Universo, uma proposição de implicações tão vastas que muitos poderão duvidar da possibilidade de existir um símbolo assim. Trata-se de um diagrama ilusoriamente simples, constituído por dez esferas chamadas Sephiroth e por 22 linhas de ligação chamadas Caminhos. As Sephiroth e os Caminhos são chamados, coletivamente, de Trinta e Dois Caminhos de Sabedoria

Correspondência dos veículos do homem com as sephiras e as Leis
1 -Kether: o Pai. 1º Logos.
2 - Chokmah: o Filho. 2º Logos.
3 - Binah: o Espírito Santo. 3º Logos
Daath: 1ª Lei: Holismo; Átmico.
4 - Chesed: Búdico, 2ª Lei: Analogias;
5 - Geburah: Corpo Causal, 3ª Lei: Ordenação;
6 - Tiphereth: Antakarana; 4ª Lei da Harmonia;
7 - Netzach: Corpo Astral, 6ª Lei Karma-Némesis;
8 - Hod: Corpo Mental Concreto, 5ª Lei dos Ciclos ou Ritmos;
9 - Yesod: Corpo Etérico, 7ª Lei da Transformação-Evolução;
10 Malkuth: Corpo Físico Denso


Sendo as sephiroth do pilar da severidade muito femininas, e as sephiroth do pilar da misericórdia muito masculinas, não existiria estabilidade no universo sem o pilar central, que age como o mediador entre eles. Dessa forma, a junção entre Geburah e Chesed gerou Tiphereth. E a junção entre Hod e Netzach gerou Yesod. Logo, Binah é o oposto de Chokmah, assim como Geburah é o oposto de Chesed, e Hod, o oposto de Netzach. Em verdade, cada linha horizontal da Árvore é emanada pela linha horizontal que lhe é superior, e emana a linha horizontal que lhe é inferior.

Logo, Kether emana tudo, mas também recebeu emanação de Aïn Soph Aur, Luz sem fim, (Na Cabala existe uma Trindade de Logos não Manifestados), e Malkuth não emana nada, mas recebeu emanação de tudo, sendo essas emanações sempre de cima para baixo. Cada sephirah tem as suas correspondências astrológicas, com Arcanjos, com planetas, Leis, Raios, chakras, planos e veículos do homem etc. Por exemplo, Geburah é a sephirah da severidade, da justiça, logo, tem correspondência com Marte, planeta relacionado pela astrologia com a guerra. Já Netzach é da esfera de Vénus, pela sua natureza emocional.

8- 6ª SEPHIRA THIFERETH DA ÁRVORE DA VIDA (JUDAICA)

Kether situa-se na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência divina, atemporal e livre. É a génese de todas as emanações canalizadas pelas outras Sephiroth.

Daath – Gnosis – Conhecimento. Daath, situa-se abaixo e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tiphereth. É o abismo, o caos aleatório do pensamento.

Kether-Pai; Chokmah-Filho e Binah-Espírito Santo, Sophia, a Mãe do Mundo, Leis, Ciência, que compõem a coroa Sephirótica. O Homem Espiritual tem o corpo (Malkuth), a alma (Tiphereth) e o Espírito (Kether), que formam uma unidade.

Tiphereth completa o Triângulo Ético na Árvore da Vida, é o equilíbrio, e o equilíbrio está entre Chesed e Geburah. Localizada no meio da Árvore da Vida, no Pilar da Suavidade que também é o Pilar da Consciência, Tiphereth representa a Harmonia, a Beleza de si mesma, a Consciência reflectindo sobre si mesma, tendo experimentado alturas positivas e negativas, e saiu disso amadurecida e sábia. É o centro do Microprosopus. Tiphereth é Kether num arco inferior e Yesod num nível superior. Observada dos planos superiores da Árvore, está a criança emanando das esferas superiores, observada dos planos inferiores está o Rei mais próximo dos céus. Tiphereth também fornece um equilíbrio entre Netzach e Hod (ver figura em cima). A sephira Tiphereth significa Devoção - devoção a um propósito espiritual superior ou devoção.

Tiphereth, Harmonia, Beleza, Consciência (Equilíbrio)

Bem no Centro da Árvore da Vida encontra-se a séfira de Tiphereth. É ela a mais importante de todas as séfiras, uma vez que a sua colocação se acha na posição de equilíbrio de todo o esquema da Árvore. Do ponto de vista das religiões, a séfira de Tiphereth é considerada como o Centro Crístico. É aí que as religiões cristãs se apoiam e também todas aquelas que têm como símbolo maior, os deuses sacrificados.

Tiphereth é a sexta sephira da Árvore Cabalística, é a segunda Sephirah da coluna Central, a do Equilíbrio, vem depois de Kether. E é o terceiro centro do Mundo de Criações (Briah). Tiphereth é o rosto visível de Kether, a sua manifestação material, representada no universo pelo Sol. Trata-se de um centro de harmonia, já que todos os caminhos levam a ele, e dele saem sendeiros a todos os centros de vida. É nesta estância solar que se estabelece a consciência do homem, já que centraliza todas as experiências provenientes da coluna do Rigor (esquerda) e da coluna da Graça (direita), infundindo em nós a ideia de um equilíbrio entre a necessidade como Lei e a Graça Divina.

O planeta associado a esta sephira é o Sol em toda a sua beleza e glória. O Coração da Árvore da Vida é regido pelo Arcanjo: Mikhael.

9. TRINDADE DIVINA

Da Coroa (1. Kether, topo do pilar central do Equilíbrio) nasce a Trindade Divina, composta do princípio activo da Sabedoria (2. Chokmah, o Filho, topo do pilar direito da Força) e do seu complemento passivo, a Compreensão (3. Binah, a Mãe, topo do pilar esquerdo da Forma).

Do um dá sempre origem ao dois, ou seja, do Pai (Osíris) que está em segredo sai a sua esposa a Divina Mãe Kundalini (Ísis) e da perfeita união entre ambos, Osíris-Ísis, nasce o menino Hórus, (Aurus). Então Ela concebe, por obra e graça do Espírito Santo, o Terceiro Logos, o Cristo (Segundo Logos) em seu ventre virginal e imaculado. Este mistério resolve-se levando-se em conta que ainda que Ela seja a esposa do Terceiro Logos, dentro do Terceiro Logos está o Segundo Logos e com o Primeiro Logos perfazem uma Trindade, porque no fim de tudo, o Logos é Triuno, indivisível formando a Trindade Divina: Osíris, Hórus e Ísis, Pai, Filho e Espírito Santo.

Da união santa e divina, Ísis concebe (Divina Mãe Kundalini), que é Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, pela Sagrada Concepção. Então advém Hórus (Jesus-Jeshua, o Cristo) que descende do Segundo Logos, e agora humanizado, com o título de Filho do Homem (homem e mulher divinos).

Acerca do Cristo Íntimo e Universal o V.M. S.A.W. dá-nos a seguinte explicação:

O Cristo Cósmico ou Cristo Íntimo Universal (Chokhmah) é impessoal, universal e está para além da individualidade, da personalidade e do Eu; é uma força cósmica que se expressa através de qualquer homem que esteja devidamente preparado, como o fez por meio de Jesus, Hórus, Hermes Trismegisto, Buda Gautama Shakyamuni, Quetzalcoatl, Krishna, etc, descende das esferas superiores, da Coroa Sephirótica, pelas vias do ventre de uma virgem conhecida como Ísis, Maria, Tonantzín, Insoberta, Maia, Cibeles, etc.

A adorável Mãe Kundalini é o fogo abrasador do Espírito Santo. Ela tem milhares de nomes adoráveis. Ela é Amor. Devemos buscar a Mãe Divina no Templo-Coração. Quando a mente está quieta e em silêncio, então a Divina Mãe se alegra em nós. Essa é a bem-aventurança. A paz só se consegue com o controle da mente, no silêncio da Alma e ouvindo o som insonoro.

10 - A TRIMURTI

Na Trimurti hindu, Brahman, o Absoluto emana: Brahmâ, o Pai, o Criador, Vishnu, o Cristo Cósmico e Shiva, o Espírito Santo. Kether – o Pai. Chokmah – o Filho. Binah – o Espírito Santo.

A Trimurti ‘Atman-Budhi-Manas’ no homem relaciona-se com o triângulo invertido da Árvore da Vida ‘Chesed-Geburah-Tiphereth’ respectivamente, ou seja, o Cristo Interno com as suas duas almas: a Alma Espiritual (feminina) com a Alma Humana (masculina). Buddhi (Chesed) e Manas (Geburah) são as Almas Gémeas dentro de nós próprios (ainda que não se as tenha encarnado), são as duas adoradas filhas de Atman (Daath).

A 6ª sephira Tifereth funciona como o Antahkarana, ligando as sephiroth superiores com as inferiores. Corresponde ao 4º Raio também relacionado com a Beleza da Arte e este Raio também tem como função ligar os Raios menores do Atributo com os Raios maiores do Aspecto (Torna-se muito interessante poder fazer estas analogias).
Além da Tríada Teosófica (Atman, Budhi, Manas) há um Raio que nos une com o ABSOLUTO. Esse Raio, dentro de cada homem é o resplandecente DRAGÃO DA SABEDORIA, O CRISTO INTERNO, A COROA SEPHIRÓTICA, A KABALA assim o define:
KETHER: Ancião dos Dias. CHOCMAH: O Filho, o Cristo. BINAH: O Espírito Santo. O ser humano vulgar da Terra não possui todos os princípios Sefiróticos activados.
ATAMAN se desdobra na ALMA ESPIRITUAL, e esta desdobra-se na ALMA HUMANA ou MANAS SUPERIOR. A ALMA HUMANA desdobra-se, se encarna com os seus quatro corpos, veste-se com eles, ficando presa no EGO.
11. A ACTUAÇÃO CONJUNTA DOS QUATRO ARCANJOS - Rudolf Steiner

“ (…) Passando agora para o Outono, temos o semblante de Michael; eu não diria um semblante ordenador, mas sim um semblante orientador. Observando esse semblante de Michael, corretamente, poderemos reconhecer aí algo, como um dedo apontado.
Sugerindo, como que um olhar que não se ocupa consigo próprio, mas sim com o mundo, para fora. O olhar de Michael é positivo e activo. E a sua espada forjada de ferro cósmico é empunhada de tal forma que a mão indica, em simultâneo, o caminho para os seres humanos. Essa é a imagem nas alturas.

Mas mesmo assim, isso é recebido com pouca compreensão. É assim que na primeira parte do “Fausto” de Goethe surge de maneira maravilhosa um texto que só muito raramente é compreendido, mesmo que seja frequentemente citado. Trata-se da passagem em que a personalidade Fausto, após abrir o livro de Nostradamus, encontra o signo do macrocosmos:

Ó, como tudo se entrelaça para formar o todo,
Cada um actuando e vivendo nos demais!
Ó, como as forças celestiais ascendem e descendem,
Oferecendo entre si os seus cântaros dourados,
Com asas de bênçãos perfumadas,
Vindas do céu e trespassando a terra,
Ressoando com harmonia por todo o cosmos!

Em baixo, de maneira especialmente visível, e aproximando-se do ser humano, temos Michael com o seu olhar positivo. Um olhar que se volta para o mundo e que gostaria de dirigir o olhar da humanidade igualmente para o mundo, conforme Michael se encontra ao lado do homem na Primavera, complementando Rafael.

Temos assim as imagens:

Inverno – Gabriel nas alturas, Uriel em baixo
Primavera – Rafael nas alturas, Michael em baixo
Verão – Uriel nas alturas, Gabriel em baixo, com o ser humano
Outono – Michael nas alturas, Rafael em baixo, com o ser humano

Voltemos agora às palavras que sobreviveram através dos tempos como uma antiga sabedoria mágica, e que foram usadas novamente por Goethe no seu "Fausto":

Ó, como tudo se entrelaça para formar o todo,
Cada um atuando e vivendo nos demais!

Realmente, Uriel, Gabriel, Rafael e Michael trabalham juntos, actuantes e viventes entre si. E quando o ser humano, como um ser físico-anímico-espiritual, é colocado no universo, essas forças atuam magicamente dentro dele. Que extraordinária profundidade e exatidão estão contidas nestas palavras! Pensem no seu significado:

Ó, como tudo se entrelaça para formar o todo,
Cada um actuando e vivendo nos demais!
Ó, como as forças celestiais ascendem e descendem,
(Notem bem o detalhe: "ascendem e descendem") e depois a continuação:

Oferecendo entre si os seus cântaros dourados,
Com asas de bênçãos perfumadas,
Vindas do céu e trespassando a terra,
Ressoando com harmonia por todo o cosmos!

Conforme estão lembrados, na conferência de ontem eu falei de tudo o que deveria passar de uma forma escultural para uma forma musical, ressoando harmoniosamente por todo o cosmos.

É difícil expressar-vos o que senti ao reler estas palavras de Goethe apresentadas à minha alma: "Vindas do céu e trespassando a terra!
(…) Estas palavras correspondem a um facto cósmico. É realmente comovente ler estas palavras, no contexto da obra "Fausto", e reconhecer a verdade aí contida”. (Alguns extractos de “A ACTUAÇÃO CONJUNTA DOS QUATRO ARCANJOS” - Rudolf Steiner)
12. SÃO MIGUEL ARCANJO, CUSTÓDIO DE PORTUGAL
S. Miguel Arcanjo, padroeiro de Portugal, “Sabe-se que os Christãos dos primeiros tempos olhavam aquelle santo como um dos génios tutelares da medicina, e é, pois, natural que a designação de S. Miguel succedesse à de Endovellico.”
José Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia Vol. II. Arcanjo S. Miguel, escultura portuguesa, oriunda de uma oficina coimbrã do séc. XV. Reza a lenda que D. Afonso Henriques, antes de defrontar os infiéis em terras escalabitanas, durante o ano de 1147, terá… (Pinterest)
S. Miguel Arcanjo, padroeiro de Portugal
«Sabe-se que os Christãos dos primeiros tempos olhavam aquelle santo como um dos génios tutelares da medicina, e é, pois, natural que a designação de S. Miguel succedesse à de Endovellico.»
José Leite de Vasconcelos em Religiões da Lusitânia Vol. II.
Reza a lenda que D. Afonso Henriques, antes de defrontar os infiéis em terras escalabitanas, durante o ano de 1147, terá invocado a divina protecção e auxílio de S. Miguel Arcanjo que, respondendo às preces do monarca português, fez descer dos céus o seu punho alado, derrotando as forças sarracenas. Segundo a tradição, D. Afonso Henriques, como forma de agradecimento pela intercessão divina do Celestial Condestável, consagrou-lhe o seu jovem reino, confiando-lhe a sua protecção.
A devoção do primeiro rei de Portugal pelo Arcanjo S. Miguel ser-lhe-ia tal, que o teria levado à criação da lendária Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala, também conhecida por Ordem de São Miguel, da Ala, Real Ordem de São Miguel da Ala, ou Ordem da Ala, mais tarde reactivada ou recriada pelos partidários do rei D. Miguel. Polémicas à parte, é hoje tomado como certo que o Arcanjo S. Miguel terá sido o primeiro padroeiro de Portugal, até que durante o reinado de D. João I, por influência do seu casamento com D. Filipa de Lencastre, se adoptou S. Jorge como orago nacional. Só após a Restauração de 1640, a Dinastia de Bragança decidiu coroar a Nossa Senhora da Conceição como rainha e patrona de Portugal, afastando-se desta forma a hipótese de regressarmos ao patronato do nosso primordial protector.
Celebrado liturgicamente a 29 de Setembro, S. Miguel Arcanjo é venerado pelas três religiões do livro, judaísmo, cristianismo e islamismo, estando o seu culto largamente disseminado na Europa, onde encontramos o seu caminho geográfico-esotérico que liga em linha recta o santuário do Mont Saint-Michel (Norte de França), à Sacra di San Michele (Norte de Itália) e às grutas de S. Michele de Gargano (Sul de Itália). Contudo, é em Portugal que o culto a S. Miguel Arcanjo nos surge aparentemente mais enraizado, fruto de uma ligação ancestral de origem pré-cristã.
Ora, conforme é sobejamente sabido e discutido, Portugal é um dos locais na Europa onde a religiosidade é transcendentalmente vivida de uma forma bastante heterodoxa e espiritual, encerrando em si os mistérios esquecidos de um imaginário divino, albergado num inconsciente colectivo herdado numa época ou tempo histórico pré-fundação. Assim, é com alguma naturalidade que assistimos a uma harmónica simbiose entre o paganismo e o cristianismo, que aqui soube adaptar-se aos cultos ancestrais das nossas gentes. Esta é no fundo a perspectiva defendida nos estudos seminais de José Leite de Vasconcelos em obras como Religiões da Lusitânia, onde o autor avançava com a possibilidade de Endovélico, principal divindade do panteão lusitano, ter adoptado a forma de S. Miguel, face à impossibilidade deste poder ser reconvertido no Deus cristão.
Baseado nesta interpretação, poderemos encontrar um estreito diálogo político-cultural de carácter trans-religioso entre o pré-Portugal e Portugal, permitindo-nos conhecer um pouco melhor as nossas raízes e matrizes filosófico-culturais e histórico-espirituais. É por isso importante sabermos distinguir, interpretar e preservar os símbolos da nossa cultura, pois estes formam, no seu conjunto, a linguagem das nossas verdades superiores.
Publicado por Nova Casa Portuguesa a 29.9.11
Etiquetas: Cultura Portuguesa, Espiritualidade Pátria, História de Portugal, José Leite de Vasconcelos, Religião, Religiões da Lusitânia, S. Miguel Arcanjo, Tradição.

13. HISTÓRIA DE PORTUGAL: Lenda da Batalha de Ourique onde D. Afonso Henriques teria sido aclamado Rei de Portugal
A Batalha de Ourique é um episódio simbólico para a História de Portugal, pois conta-se que foi nela que D. Afonso Henriques foi pela primeira vez aclamado rei de Portugal, a 25 de Julho de 1139 depois de levar de vencida os exércitos dos cinco reis mouros
Foi no campo de Ourique que se defrontaram o exército cristão e os cinco reis mouros de Sevilha, Badajoz, Elvas, Évora e Beja e os seus guerreiros, que ocupavam o sul da península. A lenda conta que um pouco antes da batalha, D. Afonso Henriques foi visitado por um velho homem, que o rei já tinha visto em sonhos e, que lhe fez uma revelação profética de vitória. Contou-lhe ainda que “sem dúvida Ele pôs sobre vós e sobre a vossa geração os olhos da Sua Misericórdia, até à décima sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão. Mas nela, assim diminuída, Ele tornará a pôr os olhos e verá.” O rei deveria ainda, na noite seguinte, sair do acampamento sozinho logo que ouvisse a sineta da ermida onde o velho vivia, o que aconteceu. O rei foi surpreendido por um raio de luz que progressivamente iluminou tudo em seu redor, deixando-o distinguir aos poucos o Sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado.
O Rei emocionado ajoelhou-se e ouviu a voz do Senhor que lhe prometeu a vitória naquela e em outras batalhas: por intermédio do Rei e dos seus descendentes, Deus fundaria o Seu império através do qual o Seu Nome seria levado às nações mais estranhas e que teria para o povo português grandes desígnios e tarefas. D. Afonso Henriques voltou confiante para o acampamento e, no dia seguinte, perante a coragem dos portugueses os mouros fugiram, sendo perseguidos e completamente dizimados. Conforme reza a lenda, D. Afonso Henriques decidiu que a bandeira portuguesa passaria a ter cinco escudos ou quinas em cruz, representando os cinco reis vencidos e as cinco chagas de Cristo, carregadas com os trinta dinheiros de Judas.
14. DIA DE SÃO MIGUEL ARCANJO
Neste dia 29 de Setembro de 2021, Dia de São Miguel Arcanjo saudamos o Grupo de Estudos Arcanjo Miguel, em São Miguel, Açores, na pessoa da nossa Estimada Amiga Lubélia de Fátima Travassos, assim como todos os membros e simpatizantes deste auspicioso Grupo de Estudos, a quem desejamos muitas felicidades, progressos espirituais e as maiores bênçãos.
Contacto: Lubélia Travassos
lubtravassos@gmail.com

MCN
(cavaconunes@gmai.com)
29-09-2021, Dia de São Miguel Arcanjo, padroeiro de Portugal. Votos para que as bênçãos e a iluminação espiritual de Miguel, Arcanjo do Sol desçam sobre os seus habitantes, quais filigranas de ouro etérico luminoso e dourado, condensando bênçãos espirituais sobre toda a Humanidade.
Lamentamos que este singelo artigo não tenha sido enviado no próprio dia 29, mas quando soubemos desta celebração, já a tarde do dia 29 ia bastante avançada e neste sentido não tínhamos nada preparado.
Páginas da Internet consultadas:
http://novacasaportuguesa.blogspot.com/2011/09/s-miguel-arcanjo-padroeiro-de-portugal.html
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/18499/1/tese%20Tiago%20Silva.pdf
https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/17396.pdf
https://www.sociedadeteosoficadeportugal.pt/ge-arcanjo-miguel-sao-miguel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kumaras
https://www.pinterest.pt/pin/544583779934259686/
https://www.segredosdaaura.com/product/figura-os-4-arcanjos
https://www.a-ama.com.pt/ama/txt/5conf.arcanjos.pdf
https://inaciovacchiano.com/a-cabala-de-hakash-ba-hakash/a-cabala-de-hakash-ba-hakash-filosofia-metafisica-quantica-cabalistica-tomo-i/6-tiphereth/
https://gnosisbrasil.com/artigos/mitologia/devi-kundalini/
https://trilhas.diogenesjunior.com.br/a-%C3%A1rvore-da-vida-d29bc5557d08
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=574817382583966&id=497582176974154
https://santoanjodaguarda.com/arcanjos-das-quatro-direcoes/

ANEXOS: Na dificuldade de escolher uma imagem iconográfica do Arcanjo Miguel, pois todas são tão belas e simbólicas, dependendo da intuição e da inspiração do artista que na tela as plasmou.
Seguem vários ícones, que tenho vindo a encontrar ao longo dos anos e que permaneciam em arquivo. Sintam-se à vontade para escolher uma consoante a vossa sensibilidade e gosto, mas também poderão escolher várias e se sentirem apaixonados por elas. Não ficarão admirados se vos disser que assumo uma posição de iconoclastia, embora com muita moderação, compreensão e tolerância. Contudo sou um estudioso de símbolos constantes em imagens sagradas.
No entanto, considero que se uma imagem religiosa for sujeita a muita veneração por um crente e / ou um conjunto de almas, aquela imagem pode ficar imantada pelos sentimentos profundos de adoração, contemplação e de fé fervorosa por parte dos crentes e pode vir a constituir-se como um talismã. Esta imagem pode irradiar fluidos benéficos para essas pessoas, se o poder dos pensamentos e das emoções for muito forte, e forem puros e livres de egoísmo. Pode irradiar boa energia, mas não mais do que isso, e incapaz de fazer milagres. Isto não é superstição, mas é sim explicado pela psicometria.

   


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Impresso em 19/4/2024 às 13:10

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