Ensinar o Cristianismo da vida perfeita

Assim que entrámos no III Milénio, o do Esclarecimento, começamos a observar muitos acontecimentos, sem igual, em todo o mundo, e muito ainda está por vir. O mundo tem estado a viver num enorme caos, com todas as espécies de perturbações, entre cataclismos, inundações, violência, pandemias, crimes, guerras, etc., devido à loucura e ignorância dos homens, que são os maiores causadores de tudo isso, pelo seu egoísmo, materialismo, falta de Amor e Compaixão por todos os seres. Este Milénio impele a grandes mudanças, tanto na vida da humanidade, como de todo o planeta. Tudo, o que foi ocultado, durante muitos séculos, começa a ser desvendado, e a Verdade surge à Luz, de modo a que haja uma grande limpeza de tudo o que não serve mais à humanidade, que está na hora de despertar para a evolução espiritual, e para a Sabedoria Eterna. Em suma, tudo o que temos seguido até agora, que é velho e obsoleto, tem de dar lugar às coisas novas, que afinal são antigas, pois, já existiam, mas nos foram ocultadas, e passam então a ser novas, não têm idade, e que poderão dar lugar a uma grande transformação e evolução do Homem. Não há dúvida, que há pouco mais de dois mil anos, apareceu no mundo um grande Instrutor da Humanidade, que foi um exemplo supremo para a perfeição humana, tanto mental, como espiritual. Este Instrutor foi Jesus Cristo, e nunca houve nenhum Revolucionário mais Corajoso Social e Humanitário, que tenha vindo a este mundo para ajudar os homens a redimi-los do sofrimento Humano e Animal, como Ele foi capaz de o fazer.

Os verdadeiros ensinamentos de Jesus, que dizem respeito ao Amor e Compaixão por todos os seres, são declarados no autêntico Evangelho Humanista de Jesus, proveniente do Evangelho dos Doze Consagrados, de inspiração Cristã, que é, na verdade, um dos fragmentos mais antigos e mais completos dos primeiros Cristãos, considerado o original do verdadeiro Novo Testamento, como a verdadeira história da Vida Perfeita. Estes ensinamentos foram-nos ocultados, por quase 20 séculos, nos textos aceites que conhecemos do actual Novo Testamento, dos Quatro Evangelistas. Jesus declarava que a Verdade Divina só pode ser revelada no nosso interior, onde reside a verdadeira luz, e que nunca deveria ser encontrada no exterior, onde reside o encantamento e a escuridão. Todo o conhecimento provém do interior.

Este Evangelho faz uma menção muito interessante, numa das suas passagens, referente à Juventude e educação de Jesus, que nós desconhecemos e que vale a pena referir: «Menciona que Jesus depois de ter acabado os seus estudos da Lei, em Jerusalém, voltou ao Egipto onde deveria aprender a sabedoria dos Egípcios, tal como fizera Moisés. Ele foi para o deserto, onde meditou, jejuou e orou, até obter os poderes do Santo Nome de Deus, por meio dos quais fez muitos milagres. Lá, falou com Deus face a face, durante sete anos, e aprendeu a linguagem das aves e dos animais, os poderes curadores das árvores, plantas e flores, e os segredos ocultos das pedras preciosas, assim como foi instruído sobre os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas e outras coisas. Depois voltou a Nazaré, para visitar os pais e ensinou lá e, também, em Jerusalém, como um Rabino aceite, e fê-lo no Templo, onde ninguém o contestou. Passado algum tempo, Ele foi à Assíria, Índia, Pérsia e à terra dos Caldeus. Visitou os seus Templos e conversou com os sacerdotes e homens sábios durante muitos anos, e aí realizou coisas maravilhosas, curando pessoas nos países que atravessava. As feras, nos diversos locais, por onde passava respeitavam-no, e os pássaros rodeavam-no, pois não tinham medo dele. Ele proporcionou uma tal atmosfera, que fez com que não tivessem medo dele, e até os animais selvagens do deserto perceberam o poder de Deus que residia nele.»

A Teologia é uma “religião científica”, e as verdades ocultas foram ensinadas pelos fundadores das grandes religiões. A ‘Vida Perfeita’ demonstra que o Cristianismo é ‘uma síntese simbólica das verdades fundamentais contidas em todas as religiões’. As grandes religiões do mundo são como línguas de Deus, que falam todas a mesma linguagem. Foi isso que aconteceu no dia de Pentecostes, quando a ‘Lei de Cristo’ foi pregada para a multidão, em que ‘cada homem ouviu a palavra na sua própria língua, onde quer que tivesse nascido’. No Evangelho dos Doze Consagrados ou Santos, como sendo a base verdadeira para o ensinamento da ‘Vida Perfeita’, o original do verdadeiro Novo Testamento, da autoria dos Essénios, os filhos da Luz, os apóstolos mais queridos e amados de Jesus, pode-se ler: “Deus, que é o Espírito puro e que impregna tudo, não olha a formas nem rituais, mas aos corações que os oferecem”. “Sob todas as religiões externas e rituais, não há senão uma religião subjacente a todas, ou seja, a religião do Espírito da Verdade”. “Deus invocou testemunhas para a Verdade, em todas as nações e em todas as Eras, de que todos deviam saber o desejo do Eterno, e cumpri-lo, e depois disso, entrar no Reino, para serem os soberanos e os trabalhadores com o Eterno”.

Segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, a Religião tinha origem na misericórdia de Deus. Era esse desígnio misericordioso que promoveria a Paz para todas as Criaturas na Terra, e poderia criar um Espírito de Benevolência universal ou Vontade de Deus no Homem, E, agradava a Deus revelar as riquezas da Sua própria Bondade e Compaixão para connosco. O Revelador da Sua abençoada Vontade, o autor e o aperfeiçoador da nossa fé, tem-nos ordenado para sermos Compassivos, tal como o nosso Pai é também Compassivo, porque era obrigação dos Cristãos se tornarem mais fortes espiritualmente, pois, são os nossos deveres limitados, de uma maneira especial, e acima de todas as outras pessoas que poderão estender o preceito de Misericórdia para o seu objectivo. Sendo que, na verdade, um Cristão cruel é um monstro de ingratidão, um escândalo para as suas afirmações, de carregar o nome de Cristo em vão.

Por exemplo, houve uma grande adulteração na Lei de Deus, aquela que nos está intrinsecamente ligada, que diz respeito ao Sexto Mandamento: “Não devereis provocar a morte a nenhuma criatura”, que no capítulo 19 de Mateus, verso 18, é transmitido “Não matarás (assassinar). Nalguns capítulos anteriores, Mateus 5:21, Jesus Cristo, no Seu Sermão da Montanha, cita este mandamento, assim: “Não devereis matar”, e todo o conteúdo do Seu Sermão tenciona enfatizar e fortalecer a Lei. Esta foi, na verdade, uma das mais sérias alterações ao Mandamento de Deus, sendo um terrível disfarce da Verdade, e conduz as pessoas, que de modo nenhum seriam capazes de quebrar os Mandamentos de Deus, a pensar que podem “Matar”, e comer os pobres animais com impunidade – uma vez que lhes fora apenas ordenado para não “Matar” uns aos outros, isto é tirar ‘vidas humanas’. No entanto, o verdadeiro Sexto Mandamento ordena, especialmente, aos Cristãos: “Não devereis matar”, isto é, não deveis tirar a vida a nenhuma criatura, quer seja humana ou animal, porque se julgais que os animais estão excluídos deste Mandamento, de ‘não deveis matar’, no fundo sois assassinos. Não deveis matar ninguém, nem nenhuma criatura, senão, uma coisa é certa, “ireis matar as vossas próprias qualidades de Amor e Compaixão”.

Jesus ensinou a reforma da Saúde Natural, e as Curas Naturais da Natureza. No seu percurso, com muitos dos seus discípulos pelas várias regiões de Israel, reuniu muitos crentes da Lei Sagrada, onde muitos que o escutaram ficaram surpreendidos e acreditaram, do fundo dos seus corações, que ele era o Filho de Deus, o prometido Salvador da raça humana escravizada na Terra… Jesus curou todas as dores e doenças, até mesmo quando ensinava as pessoas a arte da verdadeira reforma da Saúde, de acordo com as leis naturais da Natureza. Além disso, ensinou às pessoas as propriedades de cura pelas Plantas, não só de qualquer Erva medicinal, como também da própria relva do campo, assim como sobre o poder oculto nas pedras, e o milagre da purificação da água pura. Muitos acreditaram e se sentiram maravilhados, e assim ficaram curados. Devido à Sua grande sabedoria e entendimento, Jesus encantou todos os agregados familiares e ajudou muitos a seguirem o modo de Vida Humanista Sagrado. Também ensinou a dieta limpa, para o homem e para os animais, e, ainda ensinou-lhes a Lei Sagrada sobre a Saúde, pelo que todos deviam saber e aprender a verdadeira salvação. Mencionou que Deus tinha dado todos os frutos, e todos os vegetais ao homem, como alimento, e para os animais e aves da Terra, assim como falou sobre os peixes, e disse que todas as casas deviam ouvir as Verdades Sagradas, assim como o modo de Vida Humanista Sagrado. Ele declarou: que o verdadeiro alimento do homem vem da Mãe Terra, porque ela fornece-nos as ofertas perfeitas, perante a humildade do solo. Porém, “vós procurais o que Satanás dá, a angústia, a morte, e o sangue das almas vivas tiradas pela ‘espada’. Não sabem, que aqueles que vivem pela espada, morrerão pela mesma morte? Sigam o vosso próprio caminho e plantem as sementes dos bons frutos da vida, e parem de ferir as criaturas inocentes de Deus. Não deveis depender de coisas desnecessárias para a vossa Alma. Plantem as boas sementes dos frutos, e guardem-nas de uma estação para a outra, porque o solo, tal como o homem, dorme e espera pelo nascer do Sol; pois, a semente foi feita para o alimento do dia seguinte, mas, os animais foram criados para a alegria e o prazer de Deus e do homem”.

Relativamente a algumas passagens do livro “Evangelho Humanista de Jesus para a Salvação do Mundo”, permito-me referir o que Jesus declarava sempre, nos seus ensinamentos: “…o Amor Humanista, é um requisito para se ser Cristão, pois é a realização da Lei Sagrada na Terra, em que o Amor é de Deus, e Deus é todo Amor. Portanto, todo aquele que não amar o seu próximo ou as criaturas de Deus, não conhecerá os Mistérios ocultos de Deus, por que Deus revela o Seu Repouso àqueles que o amem, e às Suas Criaturas. Digo-vos que toda a Terra está sobrecarregada de lugares trevosos e de actos de crueldade, de grande dor e amargura, devido ao egoísmo e à ignorância do Homem…”

Jesus falava, assim, das qualidades humanas de Amor e Compaixão: “Tem de ser dada à Humanidade a visão da consciência e da rebelião, e só então é que o homem se poderá tornar realmente Humanista. O homem é apenas humano por causa do nome, mas ele não é ainda humano, porque aquelas qualidades humanistas, que fizeram um homem humano, estão a faltar e são negligenciadas durante a sua vida. Elas não estão lá, nem a Compaixão para cuidar dos animais, por toda a vida, estão lá, nem estão lá o Amor, a Meditação, a Oração, a Gratidão, a Celebração. Em resumo, Deus não está lá. Qualquer religião que não ensine estas qualidades Divinas de Amor e Compaixão por todas as Criaturas, Animais e Humanos, é uma religião falsa. Só a Compaixão é terapêutica, por isso todas as doenças no homem são originadas pela falta de Amor e Compaixão. Tudo o que está errado no Homem está algures associado à falta de Amor e Compaixão… Tal como o alimento é preciso para o corpo, o Amor e a Compaixão são precisos para a Alma. O corpo não pode sobreviver sem alimento e a Alma não pode sobreviver sem Amor e Compaixão”.

No Evangelho Humanista da autoria dos Essénios, está registado, nas homílias de São Crisóstomo, que Jesus disse aos seus discípulos, que, se eles queriam aprender os mistérios de Deus, tinham de possuir, em primeiro lugar, um carácter humanista, e, também, tomar conhecimento dos mistérios inexprimíveis…que significava, acima de tudo, serem humanistas, e deviam tomar muita atenção a estas coisas: “Nelas, São Crisóstomo deu a entender que, aqueles que estivessem preparados para receber Cristo e a sua Lei Sagrada, tinham de ter em consideração as palavras de Cristo”: “Venham receber as bênçãos do meu Pai, adquiram por hereditariedade o reino que vos foi preparado, antes da fundação do mundo”.

A palavra Humanismo descreve o homem pela sua autêntica e suprema humanidade, de que o homem, não só conhece as leis de Deus, mas também vive para elas diariamente, porque a compassividade é uma virtude que resulta da compreensão dos frutos espirituais do espírito sagrado. Pode-se dizer, que as actuais traduções da Bíblia, que conhecemos, põem muito em dúvida a qualidade Humanista de Jesus, sendo que os seus ensinamentos foram moderados pelos Editores da Bíblia dos séculos, terceiro e quarto da Igreja Católica. Na verdade, só os escritos legados pelos Essénios é que contêm a história completa do mais bondoso e generoso de todos os homens. Um homem, que pela sua força moral de carácter santo, deixa todos os outros homens envergonhados, em especial os religiosos de hoje, que deixam muito a desejar, ao pregarem o seu santo nome. Existem muito poucos homens que possam ser denominados de homens de Deus, que possam até mesmo chegar perto do padrão Humanitário de Cristo, que foi estabelecido para os seus verdadeiros discípulos…