Fundação Maitreya
 
A Lei da Evolução

de Lubélia Travassos

em 16 Mar 2009

  Este artigo tem como objectivo clarificar, numa abordagem Teosófica e esotérica, a Teoria errónea de Charles Darwin sobre a Lei de Evolução e Origem das Espécies, assunto em discussão no Vaticano, onde cientistas e teólogos debatem várias áreas da paleontologia, filosofia, teologia, assim como os mecanismos da evolução. A Teoria de Darwin, no Século XIX, revolucionaria para sempre a forma de pensamento quanto à concepção do mundo natural, ao declarar que os milhões de espécies que habitam a Terra descendem de um antigo Ancestral Universal Comum.

A Lei da Evolução

E origem das espécies numa perspectiva teosófica

Hoje está provado que a sua Teoria materialista estava errada, pois não contemplava que tudo progride e evolui, quer o Universo, as constelações, os sistemas solares, os planetas, os homens ou os anjos, os animais, as plantas e os minerais. A Lei da Evolução assim o exige e a Providência que se manifesta na actividade de legiões de Seres Luminosos, que auxiliam no progresso evolutivo, zela para que cada qual tenha a sua oportunidade não só de evoluir como também de ajudar os outros a evoluírem.
Esta forma de assinalar o bicentenário do nascimento de Darwin e dos 150 anos da publicação da sua obra da “Origem das Espécies” permanecerá estéril, assim como a sua crítica pelos teólogos na reposição da verdade, enquanto os biólogos e outros cientistas continuarem a ver a ciência pela via materialista. A verdadeira ciência só poderá ser explicada pela doutrina da Evolução Teosófica, que é compatível com todas as tradições, onde também se inclui a descrição do Génesis, embora esta seja complexa e satirizada pela cultura inculta predominante. Na certeza porém de que, embora a doutrina teosófica da Evolução possa esclarecer todas as Cosmogonias religiosas ou espirituais, ensinadas pelos Instrutores da Humanidade, que são os cientistas perfeitos, não pode justificar a evolução falsa Darwinista.
O homem civilizado, devido ao seu fanatismo, só conhece infelizmente a versão teológica das trevas, pois não consegue admitir a existência de uma versão de luz, que é clara e luminosa na Teosofia. Só quando o homem conseguir se abrir a todas as tradições religiosas e espirituais e começar a ver que não existem religiões únicas, então poderá compreender as diferentes exposições da mesma Sofia.

A fundação da Sociedade Teosófica teve como um dos seus objectivos opor-se ao materialismo científico, em especial à Teoria de Darwin, ao repor a verdade que não é reconhecida pela metodologia científica densa. Ainda que a Evolução Teosófica seja um tema ignorado pelo homem civilizado, uma grande parte de teósofos também tem um conhecimento muito limitado sobre o tema, que considera ficção, quando é uma grande realidade. Vivemos, afinal, rodeados de seres astrais, de seres luminosos, não irreais ou imaginários, que têm a capacidade de intervir na vida humana, dentro de certos parâmetros, pois toda a vida nasce e cresce por acção desses seres que a regulam e que, como não damos conta disso, dizemos não existirem porque a maioria não consegue vê-los, e tem dúvidas que alguém os veja. Certo é que vivemos num mundo superpovoado de almas em que só uma pequena parte são humanas. Se retrocedermos aos tempos antigos veremos que o mundo dos espíritos dos povos arcaicos é superpovoado, pois nele se acumulam os seres da linha humana e os seres da linha dévica, ou angelical segundo os cristãos, que têm como corpo físico tudo quanto existe animado ou inanimado.

A Ciência moderna arrogante negligenciou o mais importante e cometeu falhas graves ao não estudar os registos da tradição das civilizações antigas e ao rotulá-los de ignorantes e desnecessários. Não considerou a tradição oral dos povos, porque supunha não aprender nada com eles, e isso contribuiu muito para o atraso do progresso científico. Ao contrário, alguns teósofos conseguiram ver por si mesmos e estudaram sempre a tradição antiga e recuperaram os seus símbolos, permitindo-lhes viver e se integrar no conhecimento antigo, não superiorizando algumas tradições em relação a outras, tal como fazem os povos da orgulhosa cultura ocidental.
Sendo que os povos arcaicos que ainda não completaram a sua descida na matéria têm um espectro de consciência que abrange o Plano Astral, visto ser lá que os seres começam a ser gerados, não só nos falam de um mundo de espíritos, como convivem e dependem deles para tudo. Não obstante os que já completaram a descida na matéria perderam quase toda essa perceptibilidade e olham os outros como se fossem alienados de crendices. Após estas conjecturas é lógico admitir que a Evolução se tivesse processado de cima para baixo, isto é, do Astral para o Físico. Por conseguinte, a Evolução descrita pelos Instrutores religiosos não tem nada em comum com a Evolução da Ciência materialista. Os cientistas enquanto estiverem limitados às coisas físicas sem as suas compensações astrais nunca terão a possibilidade de a perceber.

Se alguém quiser saber como é a Evolução das Espécies como paradigmas de forças, energias, campos electromagnéticos, tem de aceitar para estudo a Evolução real de que existem duendes, ondinas, silfos, fadas, espíritos da natureza, anjos e outras coisas do imaginário infantil, mais fiel à tradição dos povos e suportar a troça dos incultos, em nome da verdade e do bem da Humanidade. Contudo, a primeira ideia a provar sobre a Evolução real é a de que o Homem é espiritual e divino e não um animal filho de macacos, visto a verdade transmitida ser coerente com muitos factos conhecidos e inexplicados pelo materialismo científico. A hipótese teosófica não é só a formulada pelos Mestres da Humanidade, mas também é aquela que posta à prova tem dado sempre certa, sendo a certeza maior conforme o avanço da Ciência.

Pois bem, retrocedendo aos primórdios, podemos avançar que a vida começou a evoluir na Terra de um modo planificado há cerca de 318 milhões de anos, no início da Era Primária. Embora os seres vivos tenham passado pelos Reinos anteriores ao seu, eles fizeram-no nas Cadeias Evolutivas precedentes, de paradigma idêntico ao da Cadeia Terra onde nos encontramos. Um animal ou vegetal é assim desde o início da vida na Terra e só mudará para o Reino seguinte na próxima Cadeia, se alcançar os objectivos evolutivos do seu Reino. Desta forma, no início da vida física na Terra, nesta 4.ª Ronda de evolução, em que ela se encontra junto com a sua humanidade mais densa, os Sete Reinos foram simultâneos. Contudo, antes de aparecer a vida física na Terra, nesta 4.ª Ronda houve outras três Rondas, onde a Vida não teve formas físicas densas, num período em que a Terra era uma massa fundida de altas temperaturas. Antes de prosseguir, gostaria de esclarecer que cada Ronda de evolução contém Sete Raças Raiz, e cada uma delas evolui por sua vez em sete sub-raças. Actualmente a nossa Humanidade está a desenvolver-se na 5.ª Sub-raça, denominada Teutónica, da 5.ª Raça Raiz ou Raça Ariana, embora já se encontrem muitos seres na Terra a evoluírem na 6.ª Sub-raça. Das Sete Raças Raiz de evolução da Humanidade, cinco já chegaram à existência, faltando duas Raças, e por conseguinte, a formação e desenvolvimento de dois novos continentes para que se complete a sua evolução, visto que cada Raça corresponde a um Continente.

O Continente onde apareceu a vida pela primeira vez foi o da 1.ª Raça, chamado Continente Polar, ainda que não se saiba bem onde se localizava este pólo na Era Primária, uma vez que os pólos têm movimentos. Sendo a 1.ª Raça Raiz permanente contem os duplos astrais ou etéreos para as Sete Raças e os paradigmas astrais das duas Raças e Sub-Raças que faltam manifestar, e também será a semente da vida física das 3 Rondas que faltam cumprir na Cadeia num futuro de muitos milhões de anos. Uma vez que há Sete Raças, há 7 Rondas, e estamos na 4.ª Ronda. Cada Raça Raiz trará novos elementais, minerais, vegetais, animais e homens, um novo órgão dos sentidos, novos veículos ou corpos, novo modo de reprodução, etc., assim como um novo Continente, ou seja, englobará determinadas características comuns às da nova Vaga de Vida ou Era Geológica.
As primeiras três Raças Raiz foram etéreas, sendo a 1.ª Raça obviamente uma Raça Astral ou Etérea, e só no meio da 3.ª Raça é que a vida se manifestou em formas densificadas. As Raças etéreas foram denominadas Raças de Sombras ou Assombradas. A 1.ª Raça Raiz, a Polar, era unicelular, em que o homem era uma Roda luminosa de 50 metros, de poder imenso que a sua natureza espiritual lhe concedia, mas era todavia sem mental. O 1.º Homem unicelular reproduzia-se por Cissiparidade, isto é, dividia-se ao meio e dava dois homens. Quando perdia a capacidade de se multiplicar, dois seres fundiam-se, como fazem alguns unicelulares, cujo fenómeno se chama “conjugação” em Biologia. O sentido desenvolvido pela 1.ª Raça foi o da Audição, em que os seres reagiam a vibrações. Se bem que todas as raças tenham sentidos idênticos, o seu órgão dos sentidos encontra-se mais desenvolvido.

Na Era Primária não se distinguem os períodos Geológicos, pois sendo a 1.ª Raça perene foi logo sucedida pela 2.ª Raça, que trouxe à manifestação o Continente Hiperbóreo, formando uma ferradura ou círculo à volta do pólo Norte, e englobava as regiões circumpolares da Gronelândia, países Escandinavos, isto é, o norte da Eurásia e da América. O órgão dos sentidos desenvolvido pela 2.ª Raça foi o Táctil. Todos os Seres da segunda metade da Era Primária desenvolveram prolongamentos, e o Homem também. Chamaram-no na Mitologia Grega o Gigante dos mil braços, um gigante de 18 metros, como um chouriço de prolongamentos. Houve uma alteração no processo de reprodução e passaram a reproduzir-se por “gemulação”, tal como um gomo que brotava do corpo e gerava outro ser, depois por esporos, quando todos os seres o fizeram. Naquela época recuada as formas vivas não tinham a consistência que têm hoje, por isso os Seres eram etéreos e muito leves.
No fim da Era Primária, à volta do Período Pérmico começou a formar-se o Continente da Lemúria, da 3.ª Raça Raiz, a Mãe de todos os Continentes físicos densos, Pangeia – toda a Terra, ou Gondwana, da Ciência moderna. A formação da 3.ª Raça aconteceu no início da Era Secundária há mais de 45 milhões de anos. O termo Lemúria não é nome antigo, visto a Ciência Espiritual dos povos terem-no chamado “Lanka”, a mesma palavra de Sri Lanka. O centro cultural da 3.ª Raça encontrava-se no actual Oceano Índico. Na Ilha de Sri Lanka encontramos o Pico de Adão, uma referência ao homem de barro do Cretáceo do fim da Era Secundária. Dizem que foi lá que apareceu o homem da 3.ª Raça, a negra ou azulada. O seu povo sente-se muito orgulhoso de guardar o local onde se densificou o homem físico mais antigo da Terra, embora não tivesse sido o primeiro, sendo que a Eva foi africana ou Atlântica. É a história das progenituras que segundo a Génesis 25, manifesta a confusão dos descendentes de Isaac e da venda de progenitura de Esaú, que era vermelho, a Jacob, por um prato de Lentilhas, por causa do gosto, que é o órgão dos sentidos da 4.ª Raça Raiz, a Atlante.

Podemos verificar que a Bíblia faz dois relatos sobrepostos, do divino-espiritual que começa em Adão e Eva, e Abel e Caim, Seth e Henoch e termina em Noé, o da 5.ª Raça Raiz; o espiritual-temporal, dos patriarcas que começa em Abraão. Na primeira descrição, a 3.ª e 4.ª Raças são representadas por Seth e seu filho Henoch. Na segunda descrição são representadas por Isaac e Jacob, com o seu irmão Esaú, que não é considerado patriarca. Abraão, Isac e Jacob formam a tríade espiritual, que depois de revelado se passou a nomear Israel, o deus da Lua ou personalidade, Is, e do Sol, o espiritual, Ra. As personagens a seguir são Esaú, um filho intermédio, que faz parte do mundo espiritual e temporal, e José, o que vai para o Egipto, que é o símbolo do carpinteiro ou reprodutor de formas, que são considerados filhos de Jacob o terceiro Aspecto. Na Génesis 50:24 José disse: “eu morro, sou a forma perecível, mas Deus, o Eu superior, vos visitará certamente, e vos fará subir desta terra para a terra imperecível, que jurou a Abraão, a Isaac e a Jacob”.
O Continente da 3.ª Raça Raiz, da Lemúria ou Continente “Mu”, da tradição de índios e polinésios, albergou no início as duas Raças: A 3.ª Raça, que levou mais tempo a densificar e se desenvolveu no Oceano Índico para ambos os lados – para o lado da Austrália e Pacífico Sul e para o lado do Atlântico, em direcção a Madagáscar, África. A 4.ª Raça ou Atlante formou-se no Oceano Atlântico, na região tropical, no paralelo da Costa do Marfim, as terras de Henoch, o homem com sexos divididos, na simbologia da Bíblia (Gén. 5:22). Foi assim a Rebeca, o aspecto feminino de Isaac, que tinha dois filhos que lutavam ainda no ventre dela, que eram duas nações ou Raças. O maior ou Lemuriano serviu o menor ou Atlante (Gén.25:22-34). Portanto, a 4.ª e a 3.ª Raças são os filhos da Rebeca do Génesis, o carnívoro e agressivo e o vegetariano. Por conseguinte, se nos quisermos render à evidência para saber a verdade sobre a Evolução e eliminar o erro de Darwin, temos de nos voltar para os Mitos Gregos, ou para a linguagem mais vulgar da tradição Judaico-Cristã.

Lemúria, como é denominado hoje o 3.º Continente, foi o continente gigante que os cientistas chamaram Gondwana, que significa toda a Terra, e a Mãe de todos os continentes físicos densos. O órgão dos sentidos desenvolvido pela 3.ª Raça Raiz foi a Visão, onde apareceram os Ciclopes ou gigantes, inicialmente de um só olho, localizado na actual “moleira”, e depois três olhos. O terceiro olho, o espiritual, situava-se no alto da cabeça e dava-lhes uma espécie de visão que é hoje associada à clarividência, e que permite ver a matéria subtil de outros Planos Cósmicos coexistentes no Plano Físico.
Uma das últimas sub-raças desta 3.ª Raça foi azulada. Este pormenor é explicado pela razão de que quando a Hierarquia da Compaixão chegou à Terra seleccionou estes corpos e diferenciou-os para terem uma existência física permanente entre nós. A Hierarquia está exactamente na Terra desde o ano 18 616 839 A.C., segundo os registos Brahmânicos, depois de feita a conversão em datas ocidentais, o que corresponde ao período do Cretáceo, o período do Barro, da Era Secundária, tendo como seu Chefe Supremo Sanat Kumara, o Pai do Céu. Por conseguinte, a Hierarquia de Compaixão de Sanat Kumara ou Melquisedeque, o Rei dos Justos em hebraico, ao encarnar em corpos densos trouxe à humanidade o mental, isto é, a ligação entre o corpo temporal e a consciência Espiritual Divina. São por isso chamados os nossos Pais Solares, os Senhores do Mental, os Senhores da Chama. Quando se cita na Bíblia Henoch, diz-se que ele andou com Deus, porquanto Deus para si o tomou (Gén.6:24). Significa que a partir daí o homem é um Ser Divino porque comunga da consciência dos seus Pais Divinos, os Kumaras. Krishna, o Cristo dos Hindus, é sempre representado em corpo azul, na sua forma mais arcaica.

Nessa altura ainda não se tinha processado a divisão em sexos separados. Eram seres que já possuíam sexos, mas eram hermafroditas, depois de se terem reproduzido por Ovos. Era a raça dos homens Cisnes (Hansa), um mestre espiritual. Quando houve a divisão sexual, os continentes masculinos e femininos separaram-se e a Ciência fala na Deriva dos Continentes, embora esteja mal contada. Nessa Era toda a vida se separou em polaridades. Não só os homens se dividiram sexualmente, como também apareceram as plantas Fanerogâmicas com sexos divididos e exteriorizados. E as flores que são a revelação dos sexos das plantas continuam a ter um papel de emotividade e afecto, que inclui o sexual. A Deriva dos Continentes está mal contada porque os cientistas misturaram quatro tipos de fenómenos distintos: a deriva dos Continentes, contemporânea com a divisão dos sexos; o fim da Lemúria 700 000 anos antes do Eoceno, destruída pelo fogo das erupções vulcânicas devido à degeneração da sua humanidade; os dilúvios da Atlântida, na Era Quaternária, em parte causados por anomalias da Evolução; e a emergência do 5.º Continente, o Holártico – Eurásia e América do Norte.
Agora chegou a altura de explicar porque a Teoria de Darwin está errada. O Homem não descende do macaco mas sim o contrário. Nas “Estâncias de Dzyan”, um dos capítulos do livro da “Doutrina Secreta”, de Helena Blavatsky, dá uma explicação que dispensa comentários. Nele podemos ver o resultado dos actos vergonhosos dos homens destituídos de mente, na primeira separação dos sexos: «Durante a 3.ª Raça os animais sem ossatura cresceram e transformaram-se, tornando-se animais com esqueleto ósseo e figura sólida. Os animais foram os primeiros a separar-se e começaram a procriar. O homem duplo também se separou, e disse: “Façamos como eles; vamos unir-nos e fazer criaturas”. E assim o fizeram. E aqueles que não tinham luz tomaram para si e uniram-se com enormes fêmeas de animais e com elas geraram raças mudas e eles próprios eram mudos. Mas as suas línguas desataram-se, ainda que as línguas da sua descendência permanecessem mudas, e procriaram monstros. Uma raça de monstros curvados, cobertos de cabelo vermelho e que andavam em quatro patas, porém, uma raça muda para silenciar a sua vergonha. (E um comentário antigo acrescenta: “quando a 3.ª Raça se separou e caiu em pecado, ao procriarem homens-animais, estes (animais) ficaram ferozes e tanto os homens como eles tornaram-se mutuamente destrutivos. Até então não havia qualquer pecado nem vidas roubadas). Ao ver isso os “Lhas” (espíritos da Terra) que não tinham criado homens, lamentaram-se dizendo: “Os Amanasa (os sem mente) mancharam as nossas futuras moradas. Isto é Karma. Vamos habitar noutras e vamos ensiná-los melhor para que não suceda o pior, e assim fizeram”. Então todos os homens foram dotados de “Manas”, e viram o pecado dos sem mente.».

Quanto à semelhança anatómica entre o Homem e o mais desenvolvido dos Macacos, tão frequentemente citada por Darwin e seus seguidores, apontando para um antepassado comum aos dois, a mesma apresenta um problema interessante, cuja solução adequada poderá ser encontrada na explicação esotérica da Génese, sobre as Raças Pitecóides. A explicação na Doutrina Secreta é a seguinte: «os descendentes desses monstros semi-humanos, acima descritos, como provenientes do pecado dos “sem mente”, que através dos séculos diminuíram em tamanho e se tornaram fisicamente mais densos, culminaram numa raça de Símios, por altura do período Mioceno, da qual descendem, por sua vez, os actuais Pitecóides. Com esses Símios do período Mioceno, porém, os Atlantes daquela época repetiram o pecado dos “sem mente” – desta vez com plena responsabilidade, tendo resultado do seu crime as espécies de Macacos hoje conhecidas como Antropóides».
No entanto, tudo leva a crer que no advento da 6.ª Raça Raiz, esses antropóides irão obter uma encarnação humana, é claro, nos corpos das raças mais inferiores que existirem sobre a Terra. Por conseguinte, podemos concluir que segundo a doutrina religiosa e espiritual da Evolução, o homem não é um animal, mas sim Homem desde o início da vida. Desta forma, alguns grandes antropóides, tais como gorilas, chimpanzés e orangotangos, são descendentes do homem cruzado com animais e não os seus ascendentes. É um erro grave do homem! De facto estes animais têm cromossomas semelhantes ao homem e diferentes dos outros macacos, tal como se previa que tinha de ser segundo o ensino dos Mestres.

Voltando às Raças de evolução, todas as Raças nascem e se desenvolvem no Continente paternal e só depois é que migram para o seu próprio Continente quando atingem a maturidade. Se é assim na biologia também é na Raça! A 4.ª Raça Raiz, a Atlante, já tinha atingido o seu pleno desenvolvimento psico-físico quando a Lemúria se afundou, e a Vaga de Vida anterior regrediu para ser substituída pela nova Raça Raiz. Assim como os sexos se separaram, o mesmo aconteceu com os Continentes. A Lemúria, mãe de todos os Continentes, único de todas as Raças, o Continente de cinco Continentes dividiu-se, dando origem ao Continente da 4.ª Raça ou Atlântida, que se desenvolveu em direcção às Américas, ao qual pertence as culturas dos Índios das Américas do Norte, Central e do Sul, como as dos Andes. O órgão dos sentidos desenvolvido pela 4.ª Raça foi o “Gosto”. Os herbívoros têm uma relação com o mundo através da língua. Diz-se que Esaú ou 4.ª Raça teve de migrar, visto a terra não poder sustentá-los por causa do seu gado, herbívoros (Gén.36-7).
A Raça Atlante evoluiu tal como todas as outras Raças, em sete sub-raças. A 3.ª sub-raça Atlante, a Tolteca fundou o Grande Império da Cidade das Portas Douradas, sendo esse o período mais importante da Atlântida, que teve a sua Idade de Ouro. Assim como houve uma ascensão na Atlântida na Idade de Ouro, com uma humanidade evoluída e dinastias divinas, em que os deuses conviviam na Terra com os homens, também se deu o seu declínio com a deterioração das ideias religiosas, e ao culto da magia negra, levando o Continente da Atlântida à destruição pela água.

O homem da nossa Raça Ariana, da 5.ª Raça Raiz apareceu há mais de um milhão de anos, e essa Raça desenvolveu o mental, classificado pela Ciência de “homo sapiens sapiens”, os indo-europeus da História que substituíram as duas Raças anteriores, que se haviam expandido pelo norte de África e Europa. Esta 5.ª Raça tem, como todas as outras, 7 sub-raças de evolução. Entretanto estamos na 5.ª sub-raça, denominada Teutónica, embora já se encontrem seres no mundo a evoluírem na 6.ª sub-raça. Ainda faltam duas sub-raças para completar a evolução da 5.ª Raça Raiz, para que se dê origem à 6.ª Raça Raiz e a um novo Continente. Os homens desta nova Raça serão capazes de utilizar o seu mental superior e corpos causais, e colocarão a sua inteligência ao serviço da humanidade para ajudá-la a evoluir. Será o início de uma nova Idade de Ouro, em que o Manu e os Mestres encarnarão na Terra para guiarem este novo povo. É claro que depois do desenvolvimento das sete sub-raças da 6.ª Raça, terá lugar a 7.ª Raça Raiz, com as suas sete sub-raças.
Tudo isso aqui descrito poderá parecer um absurdo para alguns, mas uma coisa se pode assegurar que, no ciclo de vida do nosso mundo de hoje, muito do que acontece não é tão diferente do que se passou na Atlântida. O homem está a tornar-se cada vez mais materialista e a nossa humanidade está a repetir os mesmos erros do passado, e se isso prosseguir levá-la-á com certeza a catástrofes idênticas à dos antigos continentes. Pior, ainda, o Homem desta Raça poderá correr o risco de se tornar completamente ignorado e dele não haver qualquer memória para contar sobre a Terra. Muitas têm sido as descobertas que indiciam a existência de civilizações muito antigas, que os cientistas preferem ignorar, a terem de rever todas as barbaridades ensinadas. Para eles, essas civilizações com tantos milhões de anos não podiam ter existido porque, segundo dizem, ainda não havia homens. Chegamos, por isso, à conclusão de que os dogmas da Ciência são tão absurdos e fanáticos como os da Religião…

(Descrição mais pormenorizada num livro brevemente a publicar)
   


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Impresso em 29/3/2024 às 15:49

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