Fundação Maitreya
 
A Benesse dum Retiro de Meditação

de Maria

em 06 Jun 2011

  Num retiro, enquanto nos mantemos unidos num propósito de meditação contribuímos para elevar as nossas próprias formas mentais de pensamento e criar tanto em nós como no grupo uma atmosfera mais pura, mais limpa, contrariando toda a bruma astral ou carga pesada (negativa) que nos possa envolver. Ao irradiar estas energias estamos também, a melhorar o ambiente mental da humanidade.


Meditar é uma exigência da Alma, a Alma precisa desse silêncio mental.

Durante estas horas temos a possibilidade de sublimar desejos e emoções pelo poder da vontade nesse propósito, e de impulsionar os factores ou valores superiores que transformados em energias e forças irão regenerar-nos interiormente. Podemos realizar, alguma etapa importante na nossa vida espiritual que só se efectiva de facto, pelo poder do silêncio e da meditação, ou seja, criarmos condições que permitam acontecimentos ao nível da Alma - Espírito que de outra forma não seríamos tão conscientes dessa realização.
Um retiro desta natureza permite realizar passos da nossa caminhada humana e espiritual com mais consciência e obter mais percepção, tanto da exigência como do objectivo da nossa vida na Terra. No final de algumas horas de silêncio, sairemos mais fortalecidos interiormente pela sublimação e, portanto, mais qualificados para dar as respostas necessárias ao nosso dia a dia, ficando mais despertos. Temos assim, mais possibilidade e de acordo com a Consciência de cada um dar mais um passo na ligação à Fonte.

A influência que o silêncio produz na mente permite desenvolver mecanismos cerebrais espontâneos, naturais deixando a mente mais tranquila e receptiva, que diríamos ser, simbolicamente, o recipiente ou o Graal para acolher as energias vitalizadas que emanam da mente superior, para que, por sua vez se activem novos mecanismos ou ligações. Assim, quando acontecem impulsos mentais de renovação, quer dizer, que foram o resultado de ligações, conexões sinápticas entre os neurónios, onde se produziram aminoácidos que vão ajudar a repor o equilíbrio em todo o organismo – portanto, primeiro houve uma causa física que contribuiu para que a mente alcançasse mais um passo no sentido do despertar espiritual que significa uma abertura para adquirir mais inteligência – consciência: realizamos uma expansão de Consciência natural.

Na realidade, qualquer esforço no sentido da atenção a nós próprios como propósito espiritual contribui para melhorar a nossa capacidade de inteligência como criar um vínculo com a emanação superior ou inteligência Suprema que se torna cada vez mais consciente à medida que se progride no caminho e, desta forma, contribuímos para a nossa própria pureza física, emocional e espiritual.
É real, quando nos propomos sentar a meditar no sentido de uma causa própria espiritual - estamos a estabelecer essa ligação. Assim, vida pura ou sã consiste na atenção mental que nos pode dar a atitude correcta. Também a alimentação vegetariana permite digestões mais leves aliviando a mente, e ajuda a elevar a vibração dos nossos átomos físicos tornando-nos mais resistentes às doenças, bem como contribui para uma maior percepção de nós mesmos, e do mundo tanto visível como invisível. Desenvolvemos uma maior auto-determinação e equilíbrio mental. Por exemplo, a finalidade dum jejum é colocar-se numa disposição espiritual que permita estabelecer uma comunicação interna mais fluida com Deus.

O que atrofia a mente ou a glândula pineal (ponto central de equilíbrio cerebral), bloqueando a clareza mental é a falta de disciplina, tanto no pensamento como na acção e, principalmente, os hábitos alimentares, a carne, o álcool e diversos outros estimulantes, mas também como se conjugam os alimentos.
Portanto, mediante a prática da meditação o cérebro adquire a sua funcionalidade natural e o silêncio, no seu aspecto etérico, produz aberturas que permite fluir sem impedimento a energia pránica vitalizando o corpo físico, renovando-o.

O silêncio no seu aspecto psíquico, mediante a purificação física e astral deixa que ocorrem transformações nas emoções e nos desejos mais primários, capacitando a mente a responder melhor aos níveis mentais superiores e a reajustar-se a novos horizontes de Consciência.
O exercício de observação atenta purifica a Consciência e expande o coração, muitas vezes bloqueado pela própria mente, que de tão preocupada com pensamentos, a maior parte dos quais são superficiais, não se estabelece no silêncio, nem refina as suas percepções subtis na verdadeira comunhão com a Alma.

São estes passos fundamentais num Retiro de Meditação e de silêncio para que se dê a expansão de consciência ou a capacidade de ligação aos níveis superiores mentais ou búdicos onde se vive uma outra dimensão de Consciência – Inteligência, ou seja, a vivência permanente em Espírito ou o EU SOU, onde antes era apenas um reflexo. Quando expandimos a consciência integramo-nos no propósito da Consciência Suprema.
Desde que seja estabelecida a ligação consciente entre a matéria e o Espírito os três centros físicos da cabeça alinham-se através dos chakras, o coronário, a pineal e a pituitária, a mente fica mais desperta podendo ser transmitida a vontade do Espírito.

Portanto, enquanto não há a verdadeira harmonia entre o Espírito e a matéria, não há o despertar espiritual consciente dos três centros físicos do cérebro, vivendo o homem submetido aos centros físicos e etéricos menores do restante organismo. Quando desperta o centro principal da cabeça, a glândula pineal, expande-se o centro do coração em amor, onde tudo se alinha em uníssono e vibra correcta e adequadamente.

Este grupo de forças físicas e espirituais, quando em sintonia produzem a perfeita coordenação de forma a adaptar-se a todas as formas e circunstâncias, no sentido da derradeira libertação.
Contrariamente ao que se poderia deduzir, a plena atenção não prende, mas liberta a mente dos condicionamentos mentais, contribuindo sem esforço para o desapego dos sentidos e emoções mais primárias e, por consequência, cria espaços para a vivência de valores mais elevados e especiais de comunhão com o Universo, no conhecimento do amor incondicional.

Uns buscam na Unidade Suprema ou Deus, através da fé, outros na Natureza, outros na evidência da matéria, enfim, de algum modo, a busca do ser humano é incessante para encontrar e encontrar-se num mundo que por muitas razões e circunstâncias lhe é adverso. Não é a natureza como matéria que nos pode revelar o porquê da existência, como uma árvore, uma folha, o mar ou a montanha, mas dentro de nós, como natureza que somos. Então, a pesquisa deve começar no próprio ser humano; quem sou, porque estou aqui, qual o objectivo da Vida, e esta na sua globalidade e com início em nós próprios é que nos pode dar respostas. Essa busca mais cedo ou mais tarde leva ao encontro da Fonte que despoletou a Existência – seja ele na forma de Inteligência Cósmica, Natureza Infinita, Mente de Deus ou Providência Divina. Muitos já o encontraram e deram seu testemunho, razão que impulsiona cada um a procurar por si mesmo e não a acreditar cegamente na vivência de outrem – vivenciar e realizar de moto próprio eis a busca da Natureza. No caminho espiritual, seja qual for a forma com que se apresente, deve-se largar todos os conceitos e sistemas organizados para que livremente realize a sua própria experiência,

Estas são algumas propostas possíveis de realizar em horas de paz e de silêncio. Haverá sempre para cada um, um ganho irreversível na sua caminhada humana e espiritual para quem beneficia de um Retiro de Meditação e, o nosso de 3 a 5 de Junho confirmou essa benesse. Bem-haja a todos os participantes.
   


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Impresso em 19/4/2024 às 20:10

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