Fundação Maitreya
 
Eterno aprender - 2ª Parte

de Maria

em 04 Mai 2014

  É importante o conhecimento para que a par da sensibilidade espiritual se desenvolva a parte racional, aprendendo a usar e a discernir sobre as suas próprias capacidades mentais. O equilíbrio no caminho espiritual faz-se ao compreender e a conhecer a sua própria mente e, para sermos completos, deve-se usar os dois hemisférios em simultâneo e conscientemente. Segundo estudos, as pessoas com mais instrução parecem estar mais protegidas contra o declínio mental – dizem os investigadores que é criada uma “reserva cognitiva” dedicada à actividade mental à qual o cérebro recorre quando dela necessita.

De facto, a aprendizagem permite usar os dois hemisférios de forma equilibrada (em pessoas saudáveis mentalmente) onde o lado mais propenso à sensibilidade fica modelado com a razão, da qual pode resultar uma estrutura completa entre o lado espiritual e o intelectual. Por isso, todos os sistemas religiosos ou filosóficos da Índia incluem o estudo a par das práticas e da meditação. Encontrar o equilíbrio na vida espiritual e humana, é o que permite chegar à iluminação, que é um estado consciente e inteligente: assimetria hemisférica.

A razão porque nas crianças pode ocorrer lembranças de vidas passadas ou visões sobrenaturais, reside no facto de o cérebro ainda não estar totalmente formado, podendo as áreas do cérebro mais ligada à transcendência (hemisfério direito) sobrepor-se em funções as áreas mais ligadas ao desenvolvimento intelectual, sendo que estas se vão formando até aos vinte anos.
O lado direito provavelmente é o que se desenvolve primeiro visto estar ligado mais à sensibilidade emocional e aos afectos, pela relação com os pais, principalmente a mãe. É como os bebes comunicam com quem cuida deles - pela emoção e pelo afecto, pois são as primeiras manifestações que a criança desenvolve pelo hemisfério direito – razão porque geralmente se fica “agarrado” à mãe. O hemisfério esquerdo, o mais racional vai-se desenvolvendo com a idade, pela aprendizagem da fala e através dos jogos, preparando assim, para a criança assumir gradualmente a sua parte mais intelectual.

Já nos adultos o hemisfério esquerdo, por vezes assume o controlo do cérebro, a tal ponto que os mais cépticos duvidam da sua capacidade mais sensível e transcendente – na idade adulta perde-se a espiritualidade genuína que se traz à nascença para a intelectualidade e racionalidade, contudo também necessária. Só mais tarde, se pode encontrar o equilíbrio nas duas áreas de funções cognitivas do cérebro, o lado esquerdo e o lado direito.

O hemisfério esquerdo está envolvido no processamento do pensamento analítico verbal, abstracto, a lógica e o perceber coisas sequencialmente. O direito é mais holístico e percebe as coisas todas de uma vez ou simultaneamente, é mais sintético e intuitivo. É por isso, tão importante incentivar os jovens ao estudo para que se desenvolvam os dois hemisférios simultaneamente, senão podem ficar demasiado etéricos e correm o risco de se ligarem apenas ao lado místico ou a demasiada sensibilidade que não permite usar o cérebro também de forma racional. O cérebro-mente pode ficar demasiadamente disperso, sem controlo mental ou intelectual e que pode aumentar o aspecto mediúnico.

Esta sensibilidade pode resultar desta falta de desenvolvimento dos dois hemisférios em simultâneo, ficando o indivíduo fixo ou atido mais ao seu lado direito onde de facto, se podem viver estados mais transcendentes, contudo, se não houver boa estrutura mental e espiritual pode ser “apanhado” na rede astral, e este tipo de situação, geralmente, causa receio a quem o vive, principalmente na juventude, se não houver quem o apoie espiritualmente.

De facto, em tudo devemos e podemos encontrar o equilíbrio no viver. “O Caminho do Meio”, ensinado pelo Buddha é tão válido hoje, quanto o foi há 2.600 anos.

Nota
A evolução do cérebro humano envolvendo a plasticidade contraria a teoria darwnista da evolução das espécies de que ela é feita em milhares de anos. Afinal o ser humano foi modelando o seu próprio cérebro e não foi necessário esperar pelas mutações que segundo Dawrin teria evoluído lentamente pelas espécies através dos tempos. A evolução faz-se no cérebro e o próprio homem o modela de acordo com as necessidades. Não foi a estrutura física que mudou, mas foi a capacidade de mudança mental, como enfrentar desafios, que fez evoluir as redes neuronais e por consequência a mentalidade.
   


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