Fundação Maitreya
 
Homenagem ao povo do Nepal

de Maria

em 05 Mai 2015

  Já passaram muitos anos sobre a minha primeira estadia no Nepal. Pela força das circunstâncias estive cerca de um mês, aguardando que a agência de viagens reunisse o número certo de passageiros para uma viagem de autocarro para o Tibete. Por essa razão viajei bastante pelo Nepal, ora para visitar sítios especiais de montanha para apontar os olhos para o nascer do sol no Evereste, ora para ver outras cidades, menores que Katmandu, mas de grande valor histórico e religioso como a de Bakthapur.

Cidade antiguíssima com construções medievais, palácios e templos que se mantiveram intactos ao longo de séculos, não fora agora a terra tremer abalando as suas estruturas desabando grande parte desses edifícios. Ao ver as imagens da devastação que o terramoto causou, não pude deixar de me solidarizar com os nepaleses, que das minhas recordações só tenho as mais belas, pela simpatia que irradiavam no seu dia adia.

Tudo era possível acontecer no Nepal, mas apesar das difíceis condições para viajar de autocarro sempre apinhados de gente para fazer centenas de quilómetros, mantinha-se a boa disposição num ambiente muito peculiar, até exótico, que se estabelecia a cada passo uma relação amistosa com os nativos da terra. Desde as deslumbrantes paisagens himalaicas e das cascatas de água límpida e abrupta pelas escarpas, aos cândidos rostos das crianças, às belas mulheres nepalesas de cabelos sedosos enfeitados de flores, tudo contribuía para minimizar as contrariedades de quem se ia adaptando à cultura local.

O Nepal que eu conheci, não será mais, mas naturalmente que da sua reconstrução sairá um Nepal mais fortalecido, tanto na força interior das pessoas pela gratidão da dádiva da continuação da vida, como do renascer das cinzas brotarão, naturalmente, construções mais fortes, conservando o seu tão característico ambiente religioso que toca o coração de qualquer peregrino. Katmandu, cidade de templos, mosteiros, stupas e locais ou centros espirituais onde se encontra sempre um mestre de meditação, que irão continuar a exercer a sua inspiração a todos, erguendo-se pela força da coragem e da esperança. Aqui deixo a minha gratidão e homenagem ao Nepal e ao seu povo nos mais recônditos lugares.

Imagem da autora com crianças nepalesas.
   


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