ACADEMIA DAS CIÊNCIAS VAI REVER ACORDO ORTOGRÁFICO
O OBJECTIVO É PÔR FIM À “INSTABILIDADE ORTOGRÁFICA”.
A Academia das Ciências de Lisboa vai rever o novo Acordo Ortográfico, firmado em 1990. O organismo público vai apresentar em Janeiro um estudo que visa aperfeiçoar o novo Acordo e estabelecer novos critérios orientadores mais uniformes, de acordo com uma nota de imprensa.
O Acordo Ortográfico de 1990 “é um problema científico e não político”, afirma o Presidente da Academia de Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, que gostaria de ver esta questão, definitivamente, resolvida. Ana Salgado, coordenadora do novo Dicionário da Academia, por sua vez, salienta a importância de um aperfeiçoamento para fixar a nomenclatura do Dicionário e do Vocabulário da Academia e reitera: “O Acordo Ortográfico, assinado em 1990, não estabelece uma ortografia única e inequívoca, deixando várias possibilidades de interpretação em muitos casos, o que tem provocado alguma instabilidade ortográfica.”.
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi firmado em 1990 para criar uma ortografia unificada para o português, comum a todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Entrou em vigor em 2009 apenas em três desses territórios: Brasil e Cabo Verde, além de Portugal.
A Academia das Ciências de Lisboa (ACL) vai contar com a ajuda do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa (ILLLP) no aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico de 1990. O objectivo, refere Ana Salgado, é pôr fim à “instabilidade ortográfica”.
Mário Rui André