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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) Se vêem alguém desmaiar e cair no chão, uma forma espontânea de Dhamma surge na mente: “Ajuda esta pessoa”, e em seguida dispõem-se a ajudá-la recuperar do desmaio. Se o fizerem com uma mente vazia, sem qualquer interesse pessoal, somente por compaixão e por ser aquilo que é correcto fazer, então, toda essa situação é simplesmente Dhamma, correcto Dhamma. Não é kamma pessoal; não é vosso. Mas se o fizerem por desejo de ganhar mérito e de impressionar os outros ou porque a pessoa é rica e se espera receber uma recompensa pela boa acção, então, ainda que a acção seja honrosa, estão a fazer uma ligação pessoal com a situação e isto reforça a ideia do eu. Quando fazemos bons trabalhos, motivados pela plena atenção e pela sabedoria em vez da ignorância, temos dhammas positivos sem kamma pessoal.
A ordem monástica foi estabelecida pelo Buddha (§) para que homens e mulheres pudessem viver uma vida impecável e completamente irrepreensível. Um monge vive de acordo com um sistema completo de preceitos, chamado de disciplina Pattimokkha. Quando se vive sob esta disciplina, ainda que as acções ou linguagem sejam descuidadas, pelo menos não deixam fortes impressões. Não se pode possuir dinheiro e por isso não se pode ir a lugar algum até que se seja convidado. É-se celibatário. Como se vive da recolha de oferendas, não se mata quaisquer animais. Nem sequer se colhe flores ou folhas ou se faz qualquer tipo de acção que possa de alguma forma perturbar o fluir natural; é-se completamente inofensivo. De facto, na Tailândia tínhamos de trazer sempre connosco filtros de água para assim pudermos filtrar quaisquer seres vivos que estivessem na água, tais como as larvas de mosquito. É totalmente proibido matar intencionalmente seja o que for.
Há já quarenta e um anos que vivo sob esta regra, não tendo por isso, nenhuma pesada acção kámmica. Sob esta disciplina, vivemos de uma forma bastante inofensiva e responsável. Talvez a parte mais difícil seja em relação ao uso da linguagem; os hábitos de linguagem são os mais difíceis de mudar e de abandonar, mas podemos sempre melhorá-los. Com reflexão e contemplação, começamos a ver como é desagradável dizer idiotices ou simplesmente falar por falar.
Para as pessoas leigas, o Meio de Vida Correcto é algo que é desenvolvido à medida que se começa a perceber quais são as intenções do que se faz. Pode-se tentar evitar fazer mal propositadamente a outras criaturas ou ganhar a vida de forma prejudicial. Pode-se também evitar ter um meio de vida que faça com que outras pessoas se tornem dependentes de drogas ou álcool ou algo que possa pôr em risco o equilíbrio ecológico do planeta.
Assim estes três aspectos, Acção Correcta, Linguagem Correcta e Meio de Vida Correcto - surgem na sequência do Entendimento Correcto ou perfeita sabedoria. Começamos a sentir que queremos viver de uma forma que seja uma bênção para este planeta, ou pelo menos, que não o maltrate.
Entendimento Correcto e Aspiração Correcta têm definitivamente influência naquilo que fazemos e dizemos. Assim paññā, ou sabedoria, conduz a sīla: Linguagem Correcta, Acção Correcta e Meio de Vida Correcto. Sīla faz referência às nossas acções e linguagem; com sīla contemos o impulso sexual ou o uso do corpo de forma violenta, não o utilizamos para matar ou para roubar. Desta forma, paññā e sīla trabalham juntas em perfeita harmonia.

Esforço Correcto, Atenção Correcta e Concentração Correcta

Esforço Correcto, Atenção Correcta e Concentração Correcta referem-se ao teu espírito, ao coração. Quando pensamos no espírito, apontamos para o meio do peito, para o coração. Assim temos paññā (a cabeça), sīla (o corpo) e samādhi (o coração). Pode-se usar o próprio corpo como uma espécie de mapa, o símbolo do Caminho Óctuplo. Os três estão integrados, trabalhando juntos para a realização e apoiando-se mutuamente como um tripé. Nenhum domina o outro nem explora ou rejeita o que quer que seja.
  (... continua) 


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