A Arte é e será sempre subjetiva, sem fórmula, livre e sem limitações... poder-se-ia eventualmente aproximar da Ciência, regida pela sua objetividade, métodos e fórmulas asseveradas, contudo, a sua independência mantém-se intemporalmente, apesar de haverem determinados pontos em comum. A única investigação que poderá ser efetuada são, portanto, aproximações em torno do seu significado e não a apresentação de uma resposta cabal e universalmente consentida sobre a sua definição.
Ao observar a natureza, facilmente damos conta do sol e da lua, do dia e da noite, do claro e o do escuro. Estas duas polaridades também se manifestam em nós sob muitas formas, como alegria e tristeza, energia e cansaço, luz e sombra etc. Vivemos portanto num mundo de polaridades, dualidade ou opostos, num movimento que busca equilíbrio. No fundo, sob muitas e variadas formas, é este o trabalho que consciente ou inconscientemente iremos fazer, durante o tempo das nossas vidas.
À medida que se processa a evolução humana e espiritual de forma consciente, pelo qual a meditação é o meio mais avançado e eficaz, a mente desenvolve capacidades que forçam o cérebro a funcionar mais de acordo com o seu ritmo e vibração produzindo substâncias acrescidas ao seu normal funcionamento. Isto leva a maior despertar da vontade para evoluir na aspiração de um propósito que é a Unidade. Este movimento do cérebro limpa escolhos ou formas de pensar inadequadas que, normalmente envolvem as pessoas.
Uma autobiografia, sendo uma história narrada partir da perspectiva pessoal torna-se obviamente, um acto egocêntrico. Mas não pude fugir desta norma, por considerar que tinha algo incomum para partilhar, podendo inspirar ou influenciar outros na coragem e determinação dos desafios que por vezes temos de enfrentar, afrontando a própria sociedade como um dever. Por isso, acabei por considerar importante o meu testemunho para quem traz alguma competência, ou mesmo missão e tem receio das suas intuições.
Será que sabemos o que é ajudar? No que consiste a verdadeira obra de caridade? O que é realmente a filantropia ou a compaixão nas relações pessoais? O que muitas vezes se entende por um gesto ou ato de caridade de pouco serve para ajudar o outro, caso não faça aquilo que há de mais importante: o torne independente, responsável e o coloque além de toda a necessidade de ajuda futura.