A evolução humana rege-se por leis certas e objectivas de acordo com as necessidades espirituais dos seres humanos. O que pode tornar-se um desvio à natureza são as incompreensões que o homem/mulher tem sobre si mesmo e nas suas mais diversas interpretações, de acordo com o seu estado de consciência. O desconhecimento sobre a necessidade de aperfeiçoamento humano ao longo das vidas e das mutações que se devem operar para melhorar em cada encarnação, diminui conforme o ser vai despertando espiritualmente. Com a evolução espiritual consciente ou realização interna vem, então, a compreensão sobre si próprio e como a sublimação é o aspecto crucial do objectivo humano. Naturalmente que a sublimação de carácter envolve forças físicas, cognitivas ou mentais e, obviamente, a função sexual.
Ao longo dos tempos vem-se observando como uma parte da humanidade tem evoluído espiritualmente ou pelo menos a abarcar tendências mais espirituais, (maior consciência) embora, acompanhadas de muita superficialidade, dispersão e ignorância, optando pelo mais fácil para obter sabedoria pensando que a iluminação é um ganho rápido. Principalmente os jovens que vêm com maior sensibilidade e propensão espiritual são induzidos em erro pelas modalidades oferecidas em prol de ganho monetário, pelo engrandecimento pessoal (prestígio) e infelizmente pelas canalizações. A Consciência ou o Ego é estabelecida quando o Espírito vem à manifestação fazendo o contacto com a matéria; isto é a individualização. Portanto, a Consciência constitui o aspecto intermediário de unificação entre o Espírito e a manifestação.
A questão da vida e da morte, sempre teve uma presença enorme no meu coração. A premência da libertação espiritual sempre contrastou profundamente com a consciência que eu subconscientemente sempre tive de que nós, como humanos, estamos mais mortos que vivos. Como se a vida que vivemos aqui, na sua cadência ordinária e “natural”, fosse mais uma letargia profunda sedada, do que propriamente uma vivência plena, que o humano em si deveria satisfazer. Há algo que falta ou que está errado neste nosso mundo humano.
Contemplar a Natureza é o maior tributo à Arte. A beleza da arte que se encontra num tronco retorcido de árvore, até à delicadeza do recorte de cada folha ou flor são construções naturais em linhas sinuosas e, pelas quais afluem os reflexos da energia criadora. Ao despontarem os primeiros raios do dia, toda a natureza se inclina em reverência ao Sol para mais uma etapa da sobrevivência universal. No descenso, no pôr-do-sol, por vezes, debaixo do céu vermelho de fogo em que são arrastados os últimos raios de luz, surge então, a penumbra equilibradora dissipando lentamente o fim da claridade.
Hoje em dia a palavra, científico, aplica-se apenas ao que é comprovado. No entanto, a comprovação moderna constitui apenas uma parte ou mesmo uma parte infinitesimal de um todo e, mesmo assim, só no que diz respeito ao aspecto mais concreto da matéria, porque o que constitui a essência pela qual a vida se manifesta não é considerada realidade. Só é conceituado como real pela ciência, aquilo que se pode tocar e ver e, portanto, referente apenas os efeitos e não as causas. O mais importante, porém é a origem das coisas e que os investigadores não aprofundam pela falta de conhecimento espiritual, ficando-se aquém da compreensão sobre os estímulos iniciais ou causas vitais da natureza, tanto do cosmos como do homem.