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Versos de Ouro de Pitágoras

de Pedro Teixeira da Mota

em 02 Abr 2006

  (...anterior) Pitágoras, obra de Rafael

Ora ouvem-se fazer entre os homens muitos discursos, uns bons, outros maus;
Por cuja causa, nem te acovardes no exercício da virtude, nem te deixes acaso Apartar do teu modo de viver; mas se porventura for proferida alguma falsa proposição, Arma-te de paciência, usando com todos de brandura.

Cumpre à risca em tudo e por tudo com a máxima que te vou já inculcar: Ninguém te arraste, nem por palavra, nem por obra de modo algum, a fazer, ou dizer o que te não é conveniente.

Consulta e delibera sempre antes de obrar, para que não chegues a pôr em execução algumas acções ineptas e temerárias.

Por quanto é de homem estouvadamente desgraçado não só agir, senão também falar, sem tento nem consideração.

Mas tu efectua sim coisas tais, que ao depois não te sirvam de tormento.
E não te ponhas a fazer coisa alguma das que não sabes; mas aprende tudo quanto cumpre saber, e deste modo passarás uma vida muito alegre e deleitosa.

Não é justo, quanto ao alimento do corpo, haver descuido na conservação da saúde dele; mas importa guardar uma justa mediania, tanto no beber como no comer, e nos exercícios.
Dou pois o nome de mediania a tudo aquilo que te não causar moléstia nem aflição.

Costuma-te por isso a ter um tratamento asseado e decente, mas sem delicadeza nem luxo.
E guarda-te muito de fazer qualquer daquelas acções que trazem consigo a repreensão e vitupério de todos os homens.

Não faças gastos fora de tempo, como quem está muito alheio do decoro; nem tão pouco sejas mesquinho. Por onde o meio termo em todas as coisas é óptimo.

Assim faz só aquelas coisas que te não prejudicarem, e considera-as bem antes de as pores em obra.

Nem dês entrada ao sono em teu lânguidos e cansados olhos,
Senão depois de examinares a consciência, discorrendo por cada uma das acções daquele dia:
Em que matéria transgredi? E que fiz eu? Que obrigação indispensável deixou de ser por mim cumprida?

E, começando desde a primeira, continua com o exame até à última de tuas acções; e depois
No caso que tenhas agido mal, repreende-te; e se bem, regozija-te. Nestas coisas trabalha, nestas medita, nestas convém que empregues o teu amor.

Todas elas te sublimarão a dirigir teus passos pelos sinais da virtude Divina.
Sim, eu to afirmo e juro por Aquele, que deu à nossa alma o conhecimento do Quaternário, Fonte da sucessiva natureza.

Mas põe só mãos a esta grande obra, depois de teres pedido aos Deuses que te ajudem a levar ao fim o que vais empreender. Tendo-te já prevenido e corroborado com estes requisitos,
Conhecerás tanto dos Deuses imortais, como dos homens mortais, a hierarquia, até onde não só cada um dos mencionados Entes se estende, mas ainda até onde se limita.

Conhecerás também, segundo a lei do Deus supremo, ser em tudo análoga a natureza; de maneira que nem tu virás a conceber esperança do que não é para esperar, nem para ti será incógnita coisa alguma deste mundo.

Conhecerás igualmente que os homens padecem os males, a que estão sujeitos, por sua própria escolha,
Desgraçados homens, que não reparam nos bens que têm à mão, nem ouvidos lhes querem dar; e assim poucos chegam a saber livrarem-se de seus males.

Tal é a sorte, que cega os entendimentos dos mortais; que por isso eles à maneira de cilindros rodam de uns para outros vícios, padecendo calamidades sem fim.

Por quanto aquele pernicioso combate, que a todos acompanha, e com todos nasce, é o mesmo que, sem eles por isso atentarem, os traz enfatuados e perdidos; combate que não convém atiçar, mas sim cada um fugir dele, cedendo à razão.

De quantos males por certo livrarias, oh Pai Soberano, a todos os homens, no caso que a todos fizesses conhecer de que entidades inferiores eles se servem!

Tu porém cobra grande ânimo, visto ser divina a prosápia dos mortais, a quem a sagrada Natureza, infundindo-lhas, manifesta cada uma das coisas respectivas ao próprio conhecimento.
  (... continua) 
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