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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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O Caminho do Buda

de Hugh e Colleen Gantzer

em 13 Mai 2013

  A Rodovia Estadual de Uttar Pradesh arrasta-se através do espaço e tempo, ligando o presente ao passado. O bangalô turístico em Kapilavastu estava num lado da estrada; do outro lado, as ruínas de tijolos espalhados por um deserto pontilhado, onde o gado pastava. Atravessamos pisando com cuidado no terreno irregular. Havia paredes baixas cobertas com terra, provavelmente escondendo antigas ruínas. Tijolos desfeitos estavam espalhados. As vacas levantaram as cabeças, olhando para nós com cautela. Mais abaixo, maiores estruturas escavadas tinham sido cercadas. Fechamos nossos olhos e deixamos a nossa imaginação voar. Estas estruturas cresceram numa cidade cheia, festiva…

A busca pela Alma Divina...recordar

Da sua terra natal para o seu lugar de descanso final, Hugh e Colleen Gantzer seguiram os passos do Buda anotando as transformações ocorridas em cada destino.

Grinaldas enfeitam as varandas, preenchendo o ar limpo do sub-Himalaya com cheiro de agridoce das calêndulas douradas. Pessoas vão para a rua para saudar – um prazer indisfarçável – a aproximação de sua jovem rainha Mahamaya. Cercada pela sua escolta, ela está num palanquim de cortina carregado por corpos fortes. Seus súbditos alegres a observam em suas mentes: bonita, brilhante e o ventre na espera do seu príncipe. Ela tem uma longa viagem pela frente até chegar ao reino do seu pai e por isso todos desejam que ela viaje com segurança. Lentamente, a procissão sai de Kapilavastu, capital do principado de Sakya.

Um sinal azul e branco na estrada indicava Lumbini. Nós passamos por pedaços de cana-de-açúcar, videiras amarradas em postes e cordas e grandes bosques de mangas cuidadosamente cultivados. Não havia muito movimento na estrada até chegar a Sonauli, que fica a um quilómetro da fronteira com o Nepal. Montanhas apareceram na neblina. Nossas identidades foram verificadas pelos polícias do Nepal e após uma breve pausa prosseguimos viagem. A procissão real da princesa Mahamaya deve ter passado por este caminho, mas nunca alcançou o seu destino final.

A jovem rainha sente as dores do parto que se aproxima. Os seus assistentes montam acampamento apressadamente. A rainha dá à luz o seu filho, tendo o apoio de duas árvores.
Isto aconteceu num bosque em Lumbini. Há um painel em Lumbini mostrando o nascimento.

As estradas largas de Lumbini passam por avenidas de árvores floridas, bambus e lagoas. O ambiente de uma floresta exuberante ao pé do Himalaya tinha sido conservado. Templos surgiram nas redondezas, capturando a arquitectura das muitas terras em que as pessoas reverenciam este santo lugar: Índia, Mianmar, Butão, Nepal, China… A Floresta Sagrada é o lugar mais venerado de Lumbini. De acordo com a tradição, este é o lugar onde o Príncipe nasceu. Foi no pequeno lago Puskarni que Mahamaya banhou o seu filho. Este lugar ficava perto de fronteiras tibetanas. Em vez de ter ficado fraca com a longa jornada e o nascimento do seu filho numa floresta, a jovem Mãe (§) insiste em voltar para Kapilavastu. Mas o calvário é demais para ela. Ela morre em Kalilavastu uma semana mais tarde após deixar o seu bebé nas mãos da sua irmã Gautami. O príncipe infantil é chamado de Gautama pela sua madrasta. Quando um sábio prevê que ele vai abdicar o seu reino para “desaparecer na escuridão da ilusão”, ele é chamado de Sidharta. E ele realmente cumpriu este propósito. Ele se casa, tem um filho e aos 29 anos de idade vai para longe do palácio para descobrir porque é que a humanidade tem de sofrer, envelhecer e morrer.

Ninguém sabe por onde Sidharta Gautama andou até aos seus 36 anos, por isso não poderíamos seguir a sua atormentada busca pela verdade. Mas sabemos que em algum momento ele se sentou sob uma figueira e descobriu e aguçou a sua percepção na Lei da Causa – os desejos humanos causam males a eles mesmos. O local da sua iluminação é agora chamado Bodh Gaya. Aqui, o antigo príncipe Sidharta Gautama tornou-se o Iluminado: o Buddha (§). Bodh Gaya, a cidade de templos resplandecentes, tem uma profunda atmosfera de santidade. Os sons de cânticos, orações e os sinos dos templos enchem o ar. Como em todas as cidades de peregrinos do mundo, há lugares que comercializam a religião, mas a estatura imponente do Templo Mahabodhi, as suas lâmpadas de manteiga, correntes de oração, devotos falando diversos idiomas e o magnetismo da árvore Bodhi, sufocam até mesmos as actividades comerciais com uma aura gentil. É um caleidoscópio religioso fervoroso que precisa ser vivenciado para se acreditar. Mas era apenas uma floresta quando Buddha caminhou sobre a Terra.
  (... continua) 
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