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Liberdade

de Maria

em 03 Nov 2014

   Ainda hoje há quem sinta falta de liberdade, no entanto, esse sentir depende, da forma e da direcção que cada um dá à sua própria liberdade. Uma coisa é a liberdade de expressão verbal e de acção como indivíduo na sociedade e outra são os condicionamentos sentidos em relação à própria liberdade interior. Para ambas as situações e, primeiro que tudo, convém saber o significado da palavra liberdade.


Eis algumas das definições de liberdade (Dicionário):

«Poder ou direito de agir sem coerção ou impedimento (liberdade de execução ou de acção); poder de se determinar a si mesmo em plena consciência e após reflexão, e independentemente das forças interiores de ordem racional (liberdade de decisão); livre arbítrio; tolerância, ousadia, franqueza, etc.»

Temos, portanto, que liberdade não é fazer tudo o que apetece sem limites, sem responsabilidade, pois acabaria em libertinagem (desregramento de costumes). Liberdade comporta; moderação, moral, altruísmo, educação, inteligência e, sobretudo, Consciência. De alguma forma, a liberdade plena depende de certa evolução humana e espiritual pela qual se resolvem os condicionalismos à liberdade interna ou pessoal. No que refere à sociedade humana no geral, o direito de liberdade deve estar sempre aliado o sentido de ética para que a acção e o pensamento sejam empreendidos de maneira mais responsável, mais concertada e harmoniosa.

Liberdade e ética desenvolvem o respeito pelos outros e “delimita territórios”, ou seja, impõe de forma natural e espontânea regras que vão educando e moderando a convivência com os demais. Seja qual for a situação, a ética depende da liberdade interna ou da evolução de Consciência do indivíduo. Ética e liberdade caminham de mãos dadas.

Quando se evolui espiritualmente são imensos os horizontes de liberdade, quer exterior quer interior, constituindo esta condição a base para se responsabilizar mais pelas atitudes e pelas acções no exterior, porque a liberdade encontra-se de dentro para fora, transmutando-se em estado de Ser. A consciência de ser livre começa por um estado interno e só daí pode advir a compreensão para o uso da liberdade. A liberdade por si mesma contém disciplina.

O que quero dizer é que nunca houve tanta liberdade como actualmente, mas será que ela é acompanhada da devida responsabilidade? Pode fazer-se o que se quer, onde e quando, mas hoje, abusa-se do direito de liberdade, tanto nas acções como nas palavras, pondo em risco o convívio em sociedade. No entanto e infelizmente, para conter ou mesmo permitir determinados abusos de liberdade, emprega-se a palavra discriminar. Actualmente, discriminação é uma expressão poderosa, mas ao mesmo tempo perigosa, pois pode acusar uma opinião pessoal de quem ouse criticar socialmente. É por isso que assistimos a opiniões públicas numa só voz, concordando com as ideias, conceitos e identidades, absolutamente absurdas. O medo de ser acusado de fazer discriminação, leva à falta de opinião pessoal, o que neste caso é uma falta de liberdade que leva sem sombra de dúvida à decadência social.

Mas discriminar constitui um poder de escolha e faz parte da liberdade. Discriminar e discernir são expressões que se encontram em muitos textos de sistemas religioso-filosóficos, tanto do Hinduísmo como no Budismo relativo às decisões a tomar para melhorar o seu próprio caminho espiritual. No progresso espiritual aprende-se a escolher as melhores opções, no sentido de assimilar o que é benéfico e rejeitar o que prejudica. Isto refere-se tanto à consciência interior, a doutrinas, ou a influências dos outros, para uma independência e liberdade salutar.

Na verdade, sendo a linguagem o arauto da liberdade, a expressão verbal pode ter tanta força de prejudicar os outros quando pronunciada com sentimentos de ódio, como pode beneficiar quando dirigida com sinceridade e simpatia.

Assim, a verdadeira liberdade depende do grau de consciência de cada um e só uma Consciência elevada sabe usar a liberdade com sinceridade e autoridade para si e para os outros com poder de beneficiar. Conter ou reprimir são opressões à liberdade de exprimir o pensamento e, só quando ainda existe violência interna (raiva, ódio, inveja etc.), acontecem desvios à natureza mais espiritual, incorrendo-se, então, na falta de liberdade e de atropelo à ética.

Talvez eu insiste demasiado na questão e no termo, responsabilidade, nas minhas crónicas, mas esta é uma das muitas qualidades latentes no ser humano quanto Ser individual, que pode ser aprimorada infinitamente. Firmar-se como Ser, Espírito-Consciência passa por integrar cada vez mais a Consciência superior ou Poder Divino, participando, então, da Liberdade, numa responsabilidade mais vasta e universal ou até mesmo Cósmica.
     


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