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Os Padres no Tibete

de Estevão Cacela

em 08 Jun 2023

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Tem notícia da bem-aventurança aonde vão os bons e do inferno onde são castigados os maus, no qual dizem haver grandes tormentos de fogo e frio. Bem se vê nestas coisas ter aqui chegado dalgum modo a luz do Santo Evangelho e outras cerimónias e bênçãos de que usam mostram muita semelhança com as coisas da cristandade; «há certos arquétipos que são comuns a todos os povos como os conceitos de bem e de mal, que os Padres têm dificuldade em reconhecer noutras religiões» mas tem também outras muito desbaratadas; dizem que há seiscentos anos não havia neste Potente gente nenhuma, que tudo era água, mas secando se ficou a terra com árvores e só com dois búzios, «mitologia» dos quais dizem descende toda a gente do Potente, e que estes búzios foram depois para o céu; e que logo no princípio destes Reinos ouve um Rei que tinha doze cabeças. E rindo-nos nós a isto e dizendo-lhe que tudo era falsidade e zombaria, nos respondeu muito firme no que tinha dito, que assim o diziam seus livros. «Uma parte considerável da mitologia indiana; lendas, ensinamentos esotéricos e religiosos foram levados, por sucessivos reformadores indianos para o Tibete, tal por exemplo Atisha (§) que era budista e Padma Sambhava (§) que levou o conhecimento sobre o Tantra».

Também fingem uns três paraísos donde os bons passam de um para outro até ficarem espiritualizados de todo, e os que vão ao céu dizem que entram no mesmo Deus e ficando Deuses; e assim adoram os seus mestres «influência da Índia da tradição bramânica» e Reis que tem por Santos como o Deus depois que morrem; donde vem que este Rei toda a sua arte e curiosidade emprega em fazer imagens de seu pai «do Buddha (§)?» e orna-as muito bem, e fazer-lhes festas e esta tem em uma casa, que aqui fez de sua oração na qual só está imagem de vulto em um sepulcro bom e formosos de prata. Em ouvindo-nos dizer que só na Lei de Cristo Senhor nosso há salvação, nos afirmaram que muitos antepassados deste Reino subiram ao céu em corpo e alma à vista de muita gente e que não era isto coisa muito antiga, mas de poucos anos a esta parte e que o pai de Droma Raja era tão santo que onde punha o pé em pedra se imprimiu algumas vezes a pegada, contando juntamente outras coisas de seus antepassados com que o demónio as traz cegos, e enganados. Acerca do Filho de Deus que dizem nasceu afirmam ser o seu Chescamoni «Śākyamuni, nome dado ao Buddha» que é um pagode muito famoso nestas partes, e fica daqui a doze dias de caminho, e dizem que nasceu, há dois mil anos e que andou doze meses no ventre da mãe (§): isto nos disse aquele Lama principal, que é o que governa a casa do Rei, tendo-nos o Rei dito primeiro que Chescamoni «Śākyamuni» não era Deus e que os Lamas letrados não o adoravam, mas só a gente comum e que não sabia; e o Rei ouvindo agora isto ao Lama o não contradisse, ambos estavam como embaraçados e confusos, não sabendo quem era este Deus filho que parece conheciam e não sabem nada dele, de que nós lhe dávamos muito diferentes novas; nem até agora temos alcançado terem noticia alguma dos mistérios da vida do Senhor, nem da Santa Cruz (§) achamos aqui mais sinais, que alguma semelhança no nome; porque o que nós chamamos cruz ele chamam cruca, mas não conhecem este santo sinal por causa sagrada.

«Gautama, o Buddha, foi considerado um filósofo e um ser iluminado, que atingiu a perfeição ao compreender que são os desejos que causam sofrimento. Neste aspecto não tem paralelo com o Cristo, considerado no Cristianismo o Filho de Deus. No Budismo não se fala em Deus, mas todos podem atingir o Nirvāna, estado que sem dúvida é a integração em Deus».
A este Rei e Lama maior estimam todos muito, e dão do que têm para quando morrerem, ele os mandar ao céu; e a cerimónia é que quando estão vizinhos da morte já arrancando é chamado o Rei e assiste à morte com suas rezas e em expirando lhe puxa o Rei pelos cabelos da cabeça, e então lhe faz aquela que eles chamam grande obra de misericórdia de mandar-lhe a alma para o céu.
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