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Mosteiro Budista
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As Miniaturas Mógois

de Harinder Sekhon

em 18 Set 2006

  (...anterior) As composições são minuciosas e consistem em pormenores arquitectónicos, os interiores dos palácios, fortalezas ou pavilhões e representam multidões de empregados, soldados e mulheres em realísticas e vivas acções, que demonstram um extraordinário conhecimento de tratamento e técnica. As cores empregadas são brilhantes - sendo vermelho, azul, amarelo e verde as tonalidades predominantes. A utilização de plantas exóticas com flores coloridas e folhagem é outra característica distinta das pinturas do Humzanama. Estes elementos são, todos da Pérsia e os elementos indianos só começaram a aparecer muito mais tarde quando os artistas indianos se juntaram aos mestres pintores persas.

O profundo interesse que Akbar tinha pela religião e o seu desejo insaciável de perceber a essência de várias religiões induziu-lhe aproximar-se às obras clássicas Hindus. Em 1582 d.C. mandou os seus artistas ilustrar os épicos Hindus. Esta encomenda resultou na criação de uma edição do Mahābhārata ilustrada e escrita em persa, conhecida como o Razmnama, que actualmente se encontra no Museu do Palácio em Jaipur. A obra contém 169 ilustrações da dimensão da página inteira e foi acabada em 1589 d.C. O artista principal foi o pintor Daswanath.
Abl Fazl, o cronista de Akbar, enumerou uma lista dos manuscritos importantes que incluía livros sobre história, biografias, obras clássicas persas, poesia, teologia etc., que foram compostos durante o reinado de Akbar pelos mais conhecidos calígrafos e foram ilustrados pelos pintores do atelier imperial.

Alguns dos manuscritos ilustrados da época de Akbar são: o Gulistan de Sadi (1567 d.C.) actualmente guardado no British Museum em Londres; Deval Rani (1568 d.C.); o Anwar-i-Suhayli (um livro de fábulas) de 1570 d.C., que actualmente se encontra no School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres. Outro exemplar do Gulistan de Sadi encontra-se no Royal Asiatic Society Library, um exemplar do Diwan pelo poeta Amir Shahi encontra-se na Bibliotheque Nationale de Paris; Diwan-i-Hafiz, o Tutinama, o Tarikh-i-Alfi (uma história do mundo) de cerca de 1590 d.C., o Jami-al-Tawarikh de 1596 d.C. no Gulistan Library em Teerão, alguns exemplares manuscritos do Baburnama realizados na última década do século XVI; o Twarikhe-Khandan-e- Taimuria no Khuda Baksh Library em Patna; um exmplar do Akbarnama de cerca de 1600 d.C. que se encontra no Victoria & Albert Museum em Londres, e o Yog Vashisht de 1602 no Chester Library em Dublin. As obras da literatura clássica persa - o Khamsa por Nizami, o poema romântico de Laila e Majnu, as colecções de contos morais por Sadi e Jami- também foram ilustradas.

Akbar interessou-se pessoalmente pelas obras dos seus artistas, examinava a sua produção semanal, avaliava os seus méritos e conforme isso, premiava-os. Os artistas tinham acesso a caras matérias de pintura e o imperador forneceu cada facilidade possível para lhes oferecer as melhores condições de trabalho. Deste modo, o atelier de Akbar criou um distinto estilo mogol de pintura. As pinturas Mogóis (§) possuem um efeito tridimensional enquanto a arte persa era bidimensional. Estas pinturas são realísticas e autênticas - os retratos são naturais, tal como a minuciosidade dos pormenores arquitectónicos e as representações da flora, fauna e paisagens. As pinturas também revelam uma mistura soberba dos elementos artísticos heterogéneos da Pérsia, do Decão e da Europa tal como elementos indígenas e da arte islâmica pré-Mogol que resultou num estilo tão característico da época de Akbar, onde as artes alcançaram grandes proezas.

Jahangir (1603-1627), o filho e sucessor de Akbar, manifestou um igual interesse pela arte de pintura, tal como o seu pai. Durante o seu reinado, as pinturas Mogóis adquiriram um maior encanto, fineza e dignidade. A beleza da linha e a delicadeza das cores aperfeiçoaram-se como nunca. Muitos dos pintores da corte de Akbar como, por exemplo, Abu Hasan, Bishandas, Farrukh Beg, Daulat, Govardhan, Anand, Manohar e outros continuaram a trabalhar para Jahangir.
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