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Mosteiro Budista
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Viagem ao Tibete

de Maria

em 19 Mai 2019

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Comecei por entrar em união com a Divindade, ficando extasiada de Amor. Nessa sintonia, Ela faz-me sentir e realizar o que será o meu futuro nos próximos meses. Se por um lado é-me dada a felicidade, que sinto suprema, do que será esse viver, por outro é-me dado ver o sacrifício que iria fazer e chorava.
Embora tentando que os companheiros de viagem não dessem por tal, chorava pelo estado místico, pela energia da kundalinī quase insuportável, e pela antevisão do futuro, pois naquele momento não me sentia preparada para enfrentar a missão que a Divindade me entregava.
Todo o percurso para o mosteiro foi feita nesta transcendência espiritual, em que num todo me era dado ver, através da comunicação directa com Deus, o que me esperava futuramente. O sentir que não estava preparada ou mentalizada, ainda me deixava mais lavada em lágrimas.
A subida foi feita com lentidão e já a meio da montanha se podia apreciar melhor a imensidão dos planaltos tibetanos. Lentamente ia surgindo o topo do mosteiro. Mas, abruptamente, após uma curva da montanha, deparamos com tendas de soldados chineses que nos aguardavam de metralhadoras nas mãos. Há tibetanos a viverem nas cercanias do mosteiro. Quase tudo foi destruído pelos chineses e é pena pois data este mosteiro do século treze, contudo, conserva ainda grande riqueza, apesar dos escombros visíveis por toda a parte. Interiormente o Mosteiro nada tem que o distinga dos outros, apesar de ser uma comunidade de monges grande em relação a outros já vistos.
Compramos iogurtes aos tibetanos e comemos com os monges. A seguir voltamos a Lhasa e visitámos ainda outro mosteiro; Será.
Depois dos estados espirituais por que passo, fico tão etérica que não chego a apreciar devidamente a forma de viver deste povo, ou a sentir-me fascinada pelo que quer que seja. Toda a minha riqueza interior abafa todo o deslumbramento de uma viagem como esta. Gostaria, por exemplo, em vez de ser obrigada a exteriorizar-me nas visitas, poder estar em recolhimento para reflectir sobre este meu futuro que tão incógnito se me apresenta, e para permanecer nestes estados de bem-aventurança”.

17-8-89
“Ontem saímos de Lhasa, de retorno ao Nepal. A viagem correu normalmente à parte algumas discussões com Mr. Gorky. Visitámos ainda um mosteiro numa pequena aldeia tibetana, esta com condições degradantes. Entrámos num restaurante onde a sujidade e os cães me fizeram sentir mau estar, mas como não havia mais nada, tivemos que comer o que nos apresentaram, embora eu só tenha bebido chá. Tudo é sujo desde a rua aos copos.
Uma parte deste mosteiro está em restauração, facto habitual no Tibete, pois os chineses tentaram destruir a religião lamaísta e a cultura tibetana, especialmente os templos e obras de arte. Viam-se em algumas pinturas as coronhadas bem marcadas das armas dos soldados. A febre maoísta já acalmou e só agora com a abertura às divisas ocidentais é que têm autorizado os pobres tibetanos a repararem os seus templos.

18-8-89
“Ontem a viagem foi maçadora e fiquei com os rins desfeitos. Pernoitamos em Tingrim no forte militar; as condições eram péssimas, mas dormi bem apesar da febre e do mau estar do coração manifestados no princípio da noite.
Saímos às sete e trinta e, assim que entrei no autocarro, voltei a entrar em sintonia com a Divindade, ficando em estado contemplativo toda a viagem. Recebi determinadas compreensões e senti o trabalho espiritual, ou responsabilidade, como ainda não havia sentido nesta viagem. A fusão com Deus deixou-me serena quanto ao futuro porque tudo virá de Cima. Sinto que realizei muita obra espiritual no meu interior, estou feliz, arrasada, mas mais uma vez realizada.
Continuo a receber de Maitreya a minha responsabilidade quanto à vinda dessa criança de Vénus”.
17horas.

“Regresso e fim da viagem ao Tibete.
E chegamos à fronteira do Tibete com o Nepal. Ficámos num hotel razoável com uma linda vista para a montanha. Chove bastante, como vai sendo costume no Nepal.
  (... continua) 


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