|
pág. 1 de 1
Eu Sou
de Diogo Castelão Sousa
em 09 Jul 2023
Cristo é o princípio redentor que confere vida dentro de nós e contém em si o potencial infinito do Criador, de expressão e manifestação dos mundos cósmicos. A Consciência é definida pelo ‘Eu Sou’, princípio que é Cristo em sua essência ou estado puro e inalterável, de luz e consciência. A cada momento a nossa consciência muda, pois aquilo do qual estamos conscientes está sempre em fluxo. O ‘Eu Sou’ toma assim a forma de ‘Eu Sou isto’ ou ‘Eu Sou aquilo’, simbolizando eternamente um novo estado de consciência. Contudo, a Luz subjacente permanece inalterável. A subida do estado de consciência simboliza uma aproximação a esta luz interna, à Luz do ‘Eu Sou’, ou essência subjacente, no processo do reconhecimento de Si Mesmo ou Poder Intrínseco do Ser.
Cristo é o poder infinito e redentor que vive dentro de nós, no Criador e na Criação, à espera do nosso despertar. Em Cristo, ou seja, em consciência desperta, um único estado ou pensamento elevado é capaz de aproximar magneticamente condições de vida que subtilmente lhe correspondem. De igual modo, um pensamento negativo ou de baixo grau, atrasa a atração de estados particulares de vivência Divina, de frequências que conferem Poder Espiritual a quem as assume ou vivencia. Assim, os mundos e diversos estados de existência são apenas o reflexo de estados mentais que vivem dentro de nós, repercutidos em condições externas. A imagem ou poder do ‘Eu Sou’ estabelece inevitavelmente as condições do mundo onde vivemos.
A meditação é o processo de alinhamento da consciência consigo mesma, através do reconhecimento das concepções e parâmetros mentais que vivem na consciência do ser. Através da concentração, é possível a visualização de forças ou energias, permitindo com gradual intensidade, a manifestação consciente de novos pensamentos, ações e vontades, pela capacidade renovada que a mente tem para expressar a sua Essência.
Cristo, ou o princípio de Poder e Vontade que vive dentro de nós, em Amor, manifestou-se com tal pureza e intensidade, há 2000 anos atrás, na pessoa de Jesus que os seus ensinamentos perduraram ao longo dos séculos. Nas suas várias diretrizes e mandamentos podemos encontrar “Todas as coisas, quanto pedirdes na oração, crede que as recebestes e assim vos acontecerá” (Marcos 11:24). Quer isto dizer que, através do poder do Eu Sou, e da fé, é revelada a capacidade de manifestação de obras, visões e vontades que, sem esse reconhecimento prévio, permaneceriam ocultas nos recessos íntimos do ser.
Tal poder é Cristo que vive dentro de nós, intemporal e infinito, capaz de expressar mundos e conceitos conscientemente, materializados em realidades objetivas, tal um vasto Cosmos, que advém de um Pensamento Inicial ou Conceção Primária. É através deste poder intrínseco que o Pensamento é posto em ação e o movimento da Criação é principiado.
Quem descobre Cristo dentro de si descobre uma fonte inesgotável de felicidade, aquela essência intemporal que desvenda o reconhecimento de Si Mesmo. Cristo é o Poder que afirma ‘Eu Sou’, que é e foi antes de Abraão. O estado puro e original do ser. Ramificando-se em diversos estados mentais, ‘Eu Sou isto’ ou ‘Eu Sou aquilo’, Cristo dá vida a infinitos estados conscienciais na escala de existência. Assumindo formas diferentes, o ‘Eu Sou’ original divide-se e fragmenta-se em planos diversos, mas a qualidade da Luz original permanece sempre inalterável, subjacente ao ser, como Vida infinita e inesgotável. Este poder latente e original é aquele que contém em si o Universo inteiro, manifestado através do Amor, Poder e Vontade.
As infinitas possibilidades que os mundos cósmicos eclipsam devem-se a esta semente original, que é Cristo em sua essência. O ‘Eu Sou’ primário. A história de Jesus poderá ser, pois, considerada, de facto, intemporal, pois espelha e retrata o despertar da Humanidade, o Poder Latente do Criador, dentro de um único fito e conflito eternamente presente na história da Humanidade: a vitória da Luz e Conhecimento Divino sobre a ignorância e a obscuridade humana. Que encontremos, pois, Cristo dentro de nós e sejamos o próprio redentor das nossas vidas.
|
