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Sacrifício

de Maria Ferreira da Silva

em 15 Fev 2024

   Até que o homem não comece a ser controlado pelo Eu (Ego) superior ou Espírito e comece a perceber a sua própria evolução e a controle, será inútil esperar que responda a certos ideais ou aspectos da verdade. O sacrifício ou esforço humano, realiza-se mediante as forças impulsionadoras das circunstâncias e não pelo livre arbítrio ou vontade própria, pois ninguém gosta de sofrer ou de fazer grandes esforços.

O altruísmo já usado mediante a vontade e, portanto, não envolve sofrimento, antes um alento a si mesmo, quando é capaz de auxiliar os demais pelo querer de fazer o bem. O sacrifício ou sofrimento provém da recusa em levar a direcção correcta de vida, da resistência ao karma e dos maus hábitos. Nem nos apercebemos que a dor resulta da rebeldia e que se apresenta de forma natural em meio à evolução, à qual resistimos, mas é pelo sofrimento que infelizmente o ser humano aprende a agir e a pensar positivamente, pela sua própria experiência. É o preço que se paga pela ignorância e não “algo” ou “alguém” que nos castiga. A resistência ao rumo certo cria dor pelas dificuldades, esforços e fracassos, até aprender a focar no essencial da vida, que é o seu aperfeiçoamento e emancipação, convertendo-se num Ser independente, livrando-se do sofrimento mental.

É deste sofrimento, o mental que o ensinamento do Buddha nos propõe superar ou acabar de vez com ele, pela compreensão de que somos nós que o produzimos e alentamos. A dor, cria uma ondulação no espaço cerebral que só termina com a tomada de consciência de que ele é fruto da própria mente.

O sofrimento torna-se, então, a nossa própria cruz que se transporta como um sacrifício, até chegar ao ponto de evolução que permita compreender e empreender a anulação da dor psicológica, pois é dela que se trata. A premissa para a dor é o querer e o obter – “queremos ter”. De certo modo é através de uma via mais profunda de pesquisa, principalmente espiritual, que abrimos mão desta apropriação, descartando o sofrimento ou o que até ali foi o sacrifício da vida. Se olharmos este ensinamento do Buddha e que encontramos também nas filosofias da Índia, desde o Vedanta, ao Jainismo todos são unanimes de que se existe sofrimento é devido à ignorância humana. Já a dor física é outro patamar de entendimento, pois é matéria que se vai desgastando com o tempo sobressaindo as doenças, ou a debilidade do corpo, mas também em parte devido aos maus hábitos, principalmente os alimentares.

Não viver em sofrimento, por alguma coisa que nos incomoda, seja no comportamento dos outros seja pelas circunstâncias ou pela leviandade da mente, requer uma mestria de atitude, relegando-o como um castigo da vida. Estar atentos e conscientes do que nos pode levar ao bem-estar, é um caminho a percorrer durante a vida, já que o sacrifício, não tem que existir.
     


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