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Mente
de Diogo Castelão Sousa
em 25 Mai 2024
A Vida é a Mente manifestada através do pensamento que temos sobre nós mesmos e o mundo, sobre donde viemos, para onde vamos e onde nos encontramos, sobre as nossas capacidades, propósito, desejos e conhecimento. A Vida é a Mente materializada na forma através do poder criativo do pensamento. As condições externas da nossa vida refletem o nosso interior. As condições exteriores, os fenómenos da nossa vida, apresentam uma correlação direta com aspetos particulares do nosso ser. A dinâmica que reflete a nossa existência é proporcional à nossa identidade, onde aquilo que experienciamos e ‘obtemos’ correlaciona-se diretamente com o nosso tipo de pensamento. A vida é o reflexo do nosso ser. Nesse sentido, é uma realidade que acontece dentro de nós.
A mudança de vida acontece desde dentro e não de fora. Cada ser passa por provas que estão em direta correlação com o seu estado de ser, independentemente de parecerem arbitrárias ou até, por vezes, injustas. Na verdade, cada um avalia as situações a partir de um quadro de sentido interior, resultante da sua experiência de vida, mas pode acontecer que certos eventos estejam ligados não só a eventos ou causas atuais, como a ações passadas, nomeadamente vidas anteriores.
Para compreendê-lo, em primeiro lugar, é necessário reforçar que a Vida, de facto, é pensamento em ação ou movimento. Que ela se apresenta como efeito de uma causa maior, nomeadamente de que as condições externas se encontram intrinsecamente ligadas a planos que antecedem a forma, ou seja, determinadas realidades ou condições interiores.
Destarte, para alterar qualitativamente a Vida, primeiro é necessário compreender conscientemente o Poder da Mente, quer através da percepção profunda do mecanismo do pensamento, quer da sua origem.
Na raiz da Mente está o poder ‘Eu Sou’ simbolizado pelo desejo primordial de vir-a-ser, de expansão, crescimento e realização. Consequentemente, por detrás de cada pensamento encontra-se subjacente esta energia-raiz.
O ‘Eu Sou’ tem sempre um objeto: ‘Eu Sou isto’ ou ‘Eu Sou aquilo’. ‘Eu Sou esta realidade’, ‘Eu Sou esta ideia’ ou ‘Eu Sou aquela crença’. Este ‘Eu Sou’ é o princípio que jaz por detrás de cada plano mental. Consequentemente, alimentar novas formas de ver o mundo e a si mesmo é estimular este princípio a expandir-se e ramificar-se em novas expressões energéticas, que espelharão realidades inéditas no mundo material. O pensamento é ‘vivo’ justamente porque flui desta fonte primária e dela participa constantemente.
Assim, entender este princípio passa por compreender que são infinitas as possibilidades relativas à expansão da própria Mente, da realização do ‘Eu Sou’ primordial.
A Vida baseia-se nesta expansão de pensamento, de inúmeras formas de expressão que esta semente original é capaz de engendrar. Desconhecendo-o, qualquer indivíduo ignora a força que existe dentro de si para transformar os seus hábitos, cultivar objetivos e fomentar padrões de vida de modo a alcançar resultados infinitamente mais vastos e nobres do que os atuais.
Para desenvolver a correta expansão de consciência é necessário, portanto, ter presente que a energia ‘Eu Sou’ é capaz de se expressar confiantemente em inúmeras formas e realidades inovadoras. Como tal, descobrimos que a cura é possível, nomeadamente o renovar por inteiro o nosso Ser. Esta superação procede sempre de uma nova forma de pensar ou sentir, que atrai magneticamente uma escala superior da escada de evolução. Logo, quanto mais evoluída for a consciência do indivíduo, maior percepção terá igualmente do poder que jaz por detrás da sua Mente, e consequentemente do poder da Fé.
A mente fraca não conhece o seu próprio poder interno! Não chega a descobrir o poder da Fé. A mente forte é disciplinada e reconhece o potencial que existe dentro de si, o ouro ‘que brilha’ e transporta. Descobre assim que ‘a fé move montanhas’, dado que o pensamento objetivo e disciplinado se torna a base para cada ação sua.
Viver com a consciência de que a Mente é a origem oculta das nossas condições materiais e de que possuímos a capacidade de as transfigurar desencadeia a liberdade de sermos cada vez mais conscientes e responsáveis perante as nossas ações, dado que afirmamos que somos nós quem constrói o seu futuro conscientemente. Como tal, a constante vigilância é necessária. Cada subtil pensamento ganha vida e adquire formas futuras de expressão quando lhe nutrimos a devida atenção. A partir deste conhecimento, somos mais cuidadosos sobre o seu uso.
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