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Manter o equilíbrio psicossomático é possível através de certos requisitos, e de entre eles, a alimentação. A solução de doenças quando em curso, bem como a sua prevenção, passa por regras de nutrição, que afinal, deveriam já estar incluídas como imprescindíveis, ao bom funcionamento do organismo físico do ser humano.
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Breves noções alimentares
de Maria Ferreira da Silva
em 09 Abr 2006
Naturalmente o uso de cada dieta depende da necessidade orgânica ou condição de saúde de cada um, e de acordo, com os estados de evolução mental e espiritual. Os alimentos devem ser sempre consumidos com qualidade e na quantidade suficiente, ou seja, na justa proporção das necessidades: moderadamente. Um alimento saudável é aquele que se digere bem, a sua influência é rápida e não afecta a saúde física, psíquica e moral, pois há alimentos tão nefastos que causam bloqueios de energias no cérebro, criando apatia ou sentimentos inquietantes. Os alimentos nefastos são os excessivamente picantes, ácidos, fritos ou muito salgados, doces, as gorduras, o álcool, a carne, os alimentos muito cozinhados e de muitos dias.
Os alimentos que comemos condicionam a nossa mente.
Para manter a mente saudável deve-se estar atento à alimentação; o que ingerimos pode provocar tão mal estar no cérebro que influencia por horas a mente e por consequência o comportamento, que pode ser de apatia, desanimo, sofrimento inconsciente, ou de dispersão; incapacidade de concentração e de raciocínio, movimento incontrolado e exagero no falar. Saber alimentar-se é o primeiro passo para o bem-estar físico, psíquico e espiritual.
Para se compreender melhor, como o que se ingere afecta beneficamente ou não, conheçamos a função e a qualidade dos alimentos, classificados segundo a terminologia indiana em: sattva, rājas e tamas.
Obviamente, as carnes vermelhas e o peixe em geral são alimentos tamásicos e rajásicos, embrutecem a mente, não são aconselháveis para um percurso espiritual consciente; são alimentos energéticos densos, tóxicos e animais, que obstruem a mente e causam digestões prolongadas, não deixam grande margem de tempo para a lucidez mental e interferem nas nossas emoções e ânimos. Deve também abster-se do uso de intoxicantes em geral e bebidas alcoólicas em particular.
Os sátvicos, os puros, são os mais convenientes para uma alimentação saudável, equilibrada, e constam de frutas, vegetais, cereais, elaborados de forma simples e ingeridos após cozinhados, para assim se absorver maior quantidade da vitalidade desses alimentos.
Estas qualidades, ou guṇas são o motivo de todos os actos materiais de sentir, querer, pensar e agir e aplicam-se tanto à natureza do homem, como à qualidade dos alimentos.
Assim, Sattva, designa equilíbrio, ritmo, harmonia. Os seres virtuosos têm qualidades de sattva, são os seres nos quais sobressai uma serena lucidez e bondade. Preferem os alimentos que têm vitalidade, substâncias puras sumarentas e saborosas.
Rājas, actividade, emoção, ambição. Nos seres em quem predominam as qualidades de rājas prevalecem o desejo, as actividades violentas. Alimentam-se de coisas amargas, ácidos, salgados, picantes que fazem mal - estar e provocam doenças.
Tamas, instabilidade, resistência, inércia, obscuridade. Prevalecem em tamas aqueles cujos espíritos malignos os levam a viver na obscuridade e inércia. Gostam dos alimentos frios, impuros, fermentados e contagiados
Desta forma, o organismo reage ao que ingerimos de acordo com as nossas tendências. A intoxicação ou as carências do organismo advêm do desequilíbrio alimentar, e podem afectar seriamente o sistema imunológico, no qual vão diminuindo as possibilidades de defesa e de regeneração e sobressaem os transtornos digestivos e nervosos. A imunidade à doença passa não só pela escolha, ou seja, pela qualidade, bem como pela quantidade e pela disciplina nas refeições. O organismo tem a capacidade de auto-regenerar-se e de realizar a sua própria cura se beneficia de um regime alimentar adequado.
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