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A criatividade representa a face nobre do homem, quer seja de uma forma concreta, material, quer subjectiva, subtil através do seu Pensamento. Qualquer forma criativa é arte, e arte é religar a ponte entre a matéria e o Espírito, entre o homem e Deus, podendo a inspiração levar a horizontes cada vez mais alargados, tocando o Infinito…
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Taj Mahal (Tāj Mahal)
de Anand Jha
em 08 Dez 2007
Na sua busca de criar um monumento de sonho para a sua querida esposa Mumtāj Mahal, o imperador mogol Shāh Jahan convidou arquitectos, não só da Índia mas também de outros países, para prepararem uma planificação daquela estadia quase celestial de mármore.
Romance em Mármore
Ele considerou o desenho do persa Isa Khan o melhor. Consequentemente foi nomeado o arquitecto principal. Outros especialistas no seu grupo vieram de lugares longínquos como a Europa – o francês Austin de Bordeax e o italianos de Veneza – bem como de Baloschistão, Síria, Bokhara, Bogodá e Samarcanda (§). Ali Mardane Khan, um nobre na corte do Imperador, planeou os seus jardins extensos.
Quase 20 mil operários trabalharam duramente por 22 anos para o completar em 1653. Veio a ser “uma oração, uma visão, um poema e um sonho”. Antes de mais nada, “uma maravilha”. Shāh Jahan baptizou “Tāj Mahal (§)”. Prestando homenagem a este edifício magnifico o imperador escreveu:
«O construtor não podia ser deste mundo, porque, é evidente, que quem o desenhou foi-lhe dado pelo Céu».
Tāj Mahal, a elegia de Shāh Jahan em mármore branco para a sua querida esposa falecida, tornou-se na glória consumada da arquitectura mogol. Foi a culminação da síntese de tradições indiana e pérsica que começou de facto, já no século XI romano com o estabelecimento do domínio muçulmano no sub continente. Os governadores muçulmanos trouxeram as suas próprias noções de arquitectura, amalgamaram-nas com os etos indianos e criaram uma mistura única de arquitectura indo-islâmica sem paralelo. Há poucos que saibam o facto de que a Índia tem o maior número de monumentos islâmicos no mundo.
Rigorosamente em termos de arquitectura e planeamento, o percursor directo de Tāj Mahal é o túmulo de Humayun em Nova Dheli. A viúva de Humayun, Hamida Banu Begum, começou a sua construção 14 anos depois da sua morte. Construído de arenito vermelho com um zimbório de mármore, o túmulo de Humayun estabeleceu os parâmetros básicos da arquitectura tumular e os elementos de desenho como, entre outros, a câmara octogonal de túmulo e o uso de mármore.
Também há uma semelhança notável, embora seja sentimental, no ímpeto humano atrás da construção destes dois edifícios – um foi erguido por uma esposa dedicada para eternizar a memória do seu marido e outro foi construído por um marido abalado por tristeza para imortalizar a memória da sua esposa.
Semelhantemente, no túmulo de Akbar em Sikandra perto de Agra, a construção de quatro torrões feitos completamente de mármore fazendo parte do edifício principal deu inicio a uma nova tendência. Os dois túmulos, o do pai (Humayun) e o do filho (Akbar), são ricamente embelezados por obra de embutido em mármore, tornando-os bastante estéticos em comparação com o aspecto monótono de arenito vermelho das épocas anteriores.
Como a experiência dos construtores de trabalhar com mármores cresceu, estruturas muito mais elaboradas foram planeadas. O túmulo de Itmad-ud-Daullah, situado quase 4 km no Norte de Tāj na margem do Leste do rio Yamuna é um exemplo importante. Itmad-ud-Daullah ou Mirza Ghias Beg foi um ministro na corte do imperador Jahāngir. A sua filha Nurjāhan, que mais tarde se casou com o imperador, construiu-o para enterrar os restos mortais do seu pai.
Descrito liricamente como um “guarda-jóias” de mármore, este túmulo marca a transição da arquitectura robusta de arenito vermelho de Akbar para a subtileza sensual dos edifícios de Shān Jahan. Muitos dos seus elementos de desenho pressagiam Tāj Mahal – não só no uso de mármore mas também no uso de obra de embutido de pedra, pietra dura, como o principal elemento decorativo. Estas obras de embutido contêm motivos característicos pérsicos tais como ciprestes, vasos, frutos, vinhos e copos de vinho. Em pietra dura, bocados minuciosos de jóias e pedras semipreciosas, tais como cornalina, lápis-lazúli, turquesa, malaquite, coral e conchas são arranjados em complexos modelos florais e decorativos numa base de mármore, na maioria dos casos em estilizados motivos florais. Pietra dura foi usada extensivamente para transformar formas naturalistas em modelos decorativos.
(... continua)
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