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Os Evangelhos Comentados

de Firmamento Editora

em 30 Nov 2006

  (...anterior) Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse:
«Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: «Tudo está consumado». E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação e para que os corpos não ficassem na cruz (§) durante o sábado,– era um grande dia aquele sábado –os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
Pilatos permitiu-lho.
José veio então tirar o corpo de Jesus. Veio também Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus. Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes, como é costume sepultar entre os Judeus.
No local em que Jesus tinha sido crucificado, havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ainda ninguém fora sepultado.
Foi aí que, por causa da Preparação dos Judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram Jesus.

João 18, 1-19,42

Abdoolkarim Vakil

“Jesus disse: “Tudo está consumado.” E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” Nestas palavras tem-se procurado ver a marca distintiva do Cristo e da cristologia do Quarto Evangelho - o seu núcleo e mensagem.
Do ponto de vista fisiológico (questão que já reúne alguns consensos), inclinando a cabeça, Jesus crucificado poderá ter causado a sua própria morte por asfixiamento, marcando o seu momento de encontro com o Pai. A escolha das palavras “entregou o espírito”, enfatiza o voluntarismo daquele seu último acto e, também, de como Jesus assumiu a sua missão e se entregou a uma morte a que sempre aludiu e várias vezes iludiu - até que chegou a Hora por ele nomeada. Recordemos que Jesus dissera: “Dou a minha vida para voltar a tomá-la. Ninguém Me tira a vida; Eu dou-a livremente”.
Este voluntarismo transparece logo na abertura do trecho que estamos a ler, na frontalidade tranquila, mas literalmente subjugadora, com que Jesus - com um “Eu Sou!” prenhe de significação – se apresenta aos soldados romanos que o procuraram no horto – o local onde ele sabia que Judas os levaria para o prenderem. Mais tarde, no momento mais crítico deste episódio, é essa mesma atitude segura e desconcertantemente ousada que o vemos assumir perante Pilatos – quando, sendo réu no processo, mais parece ser o seu instrutor.
Respondendo a perguntas e servindo-se das palavras dos seus acusadores, vai provocando o extremar das posições que contra si se erguem, até que, pela boca dos acusadores, se revelem, inadvertidamente, os sentidos subjacentes ao processo em causa. Assim, julgado, Jesus coloca o mundo em julgamento.
Através deste voluntarismo desafiador provoca a morte que anuncia. Dar e tomar de novo a vida, declara Jesus, está ao seu alcance, por mandamento que recebeu do Pai. Esta mesma declaração, provocara já divisão e hostilidade entre as autoridades religiosas judias.
A primeira alusão que Jesus fez à sua própria morte fora então entendida como um desafio às autoridades, reforçando o desacato que causou ao expulsar, à chicotada, os vendilhões e cambistas do Templo.
  (... continua) 
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