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Evangelhos Comentados 2005 Comentados

de Firmamento Editora

em 05 Abr 2007

  O Livro EVANGELHOS 2005 COMENTADOS, da Firmamento Editora, publicado em Dezembro de 2004 contém os Evangelhos dominicais do ano de 2005, relidos e comentados por 61 pessoas com experiências de fé e de vida. Cada evangelho é comentado por uma pessoa cuja biografia, experiência interior ou religiosa justifique um encontro entre o texto bíblico e a sua experiência pessoal irrepetível e única. Por amável cedência da Firmamento e a autorização dos respectivos autores, congratulamo-nos por esta possibilidade de editar no Spiritus Site alguns desses comentários, este de Maria Ferreira da Silva.

Cura de um Cego de Nascença

EVANGELHO João 9, 1.41

Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença.
Cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego.
Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado».
Ele foi, lavou-se e começou a ver.
Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que o viam a mendigar:
«Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?» Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu».
Levaram aos fariseus o que tinha sido cego.

Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos.
Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista.
Ele declarou-lhes:
«Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo».
Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?».
E havia desacordo entre eles.

Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta».
Replicaram-lhe então eles:
«Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no.
Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?».
Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor».

João 9, 1-41

Comentário

Jesus não se coibiu de falar em Deus, e se ainda hoje, para uma grande parte da humanidade, Ele continua a ser uma referência, um guia para a vida espiritual é porque na vida dos seres humanos deve haver uma aliança entre a vida material e a consciência da vida espiritual; caso contrário e como refere Jesus, “serão cegos”.
Na verdade, o que não se vê? Segundo Jesus, são as realidades do Espírito. Efectivamente, com os olhos estamos sempre a exteriorizar, mas sem eles somos obrigados a interiorizarmo-nos: Observar, orar, meditar.
Nesta passagem dos evangelhos, um cego é curado por Cristo, com argila nos olhos e lavagem no tanque de Siloé. Era crença dos Judeus que os males provinham dos pecados dos progenitores. Contudo, o cego não nasceu do pecado, nem era cego para pagar os pecados dos pais: Houve outras razões para Jesus. Este milagre da cura serviu para demonstrar as suas próprias obras, pois ele deveria obrar, enquanto fosse dia (mesmo sendo Sábado), para que os homens vissem a sua Luz. Ele próprio diz: “Eu Sou a Luz do mundo.” Essa Luz provinha da sua irradiação natural, exponencialmente expandida, que envolvia de amor todos os que d’Ele se aproximavam.

Considerando que fosse cego por imposição do Destino, ou Karma (a lei de causa e efeito) deduzimos pelas palavras de Jesus que permaneceu em certa pureza, já que a falta de visão obrigou-o a conter-se nos actos e a interiorizar-se, desenvolvendo maior visão interior, qualidade que Jesus refere faltar aos que “vêem mas são cegos”, fortalecendo desta forma a fé e a devoção e suportando com paciência as agruras da sua condição...
Quando um ser vive em sofrimento, devido a uma enfermidade, torna-se mais sensível à luz espiritual. Foi esta pré-disposição interior do cego um campo fértil para Jesus, pois encontrou um ser pronto a que se operasse o milagre da cura. Um cego desenvolve sensibilidades que podem “captar” a presença de outros e até abarcar outras dimensões (planos invisíveis), que para a maior parte dos seres (que “vêem” mas são cegos), são inexistentes.

A cegueira acaba por ser um meio de se desenvolver o saber intuitivo.
  (... continua) 
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