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Os Ensinamentos de Jesus

de Lubélia Travassos

em 23 Mar 2010

  Depois de proferir tudo isso, Jesus levantou-se, e todos o seguiram pelo Monte das Oliveiras abaixo, rumo à cidade. Nenhum dos Apóstolos sabia para onde Ele estava indo, a não ser três deles. Enquanto passavam pelas ruas estreitas sob a escuridão da noite, as multidões apertavam-nos, mas ninguém os reconheceu, nem sabia que o Filho de Deus estava a passar por ali, a caminho do último encontro mortal com os seus embaixadores do Reino. Nem os Apóstolos sabiam que um deles já tinha entrado numa conspiração para atraiçoar o Mestre, entregando-o nas mãos dos seus inimigos. Ao entrarem o portão da cidade, João Marcos, que os tinha acompanhado todo o caminho até à cidade, apressou-se por outra viela, para esperá-los na casa do pai e lhes dar as boas vindas quando chegassem, para darem início e acompanharem o Mestre na sua última Ceia…


Aos Apóstolos Antes da Última Ceia

O Livro de Urântia, uma obra excepcional, com mais de duas mil páginas, constituída por quatro partes ou livros, revela-nos os mistérios de Deus, do Universo, de Jesus e também de nós mesmos. Nos anais de Urântia descobrimos excertos dos arquivos de Jerusalém, que dizem respeito aos antecedentes e à história inicial do nosso planeta, que nos tempos primórdios se denominava Urântia. A IV parte do livro é exclusivamente dedicada à “Vida e Ensinamentos de Jesus”, descrevendo inclusive acontecimentos que precederam ao seu nascimento. Este artigo reporta-se a um pequeno resumo dos Seus ensinamentos, dados nos últimos momentos passados com os doze Apóstolos, os discípulos escolhidos e com os seguidores de confiança, tanto judeus como gentios, em reunião social, assim como do discurso proferido no último dia de acampamento.
Na noite da quarta-feira que antecedeu à crucificação, o Mestre esteve em reunião social no acampamento, empenhado em alegrar os seus Apóstolos que se encontravam abatidos, ainda que isso fosse quase impossível. Eles tinham começado a compreender os terríveis acontecimentos que estavam na eminência de sobrevir, e nem mesmo as recordações dos anos de associação afectuosa e de muitos eventos citados por Jesus conseguiram demovê-los da sua tristeza.

Durante a reunião, o Mestre advertiu os seus seguidores para que tomassem cuidado com o apoio das multidões. Recordou-lhes as experiências tidas na Galileia, quando muitas vezes grandes multidões de pessoas os tinham seguido com grande entusiasmo e de repente se voltaram ardentemente contra eles, retornando depois aos seus antigos caminhos de crença de vida. Jesus disse-lhes que não ficassem decepcionados com as pessoas que os ouviram no Templo e que pareciam acreditar nos seus ensinamentos, porque essas multidões, embora oiçam a verdade, acreditam nela mentalmente de um modo superficial, e só uns poucos permitem que a palavra da verdade lhes toque o coração de uma forma viva. Isto é, aqueles que conhecem o evangelho apenas pela mente, e não o experimentarem no seu coração, não poderão ser de confiança para dar qualquer apoio quando aparecerem os verdadeiros problemas.

Fez-lhes ver, além disso, que quando os dirigentes Judeus entrassem definitivamente em acordo para destruir o Filho do Homem, observariam a multidão fugir desanimada ou ficar atónita em silêncio, enquanto os dirigentes na sua loucura e cegueira conduzissem à morte os instrutores da verdade do evangelho. E mais, quando a adversidade e a perseguição descessem sobre eles discípulos, existiriam outros ainda, que eles pensavam ser amantes da verdade que se dispersariam, sendo que alguns não só renunciariam ao evangelho como também iriam desertar. Inclusive muitos do que tinham estado perto deles já tinham decidido fazê-lo. Pediu-lhes que descansassem nesse dia a fim de se prepararem para os tempos que viriam breve. Sugeriu-lhes ainda que vigiassem e orassem, para que no dia seguinte pudessem sentir-se fortalecidos para os dias que teriam de enfrentar.

Era notório que a atmosfera do acampamento se encontrava carregada de uma tensão inexplicável. Mensageiros em silêncio iam e vinham, comunicando apenas com Davi Zebedeu, e antes de terminar a noite alguns já sabiam que Lázaro tinha fugido de Betânia apressadamente. Após retornar ao acampamento João Marcos permanecia silencioso e sinistro, ainda que tivesse passado o dia todo na companhia do Mestre. Embora se esforçassem para persuadi-lo a falar, notaram de forma clara que Jesus lhe tinha dito para não contar nada. No entanto, o bom humor do Mestre e a sua sociabilidade inusitada amedrontava-os, pois todos sentiam a aproximação certa de um isolamento terrível, que compreendiam iria cair sobre eles com uma rapidez esmagadora e aterrorizante.
  (... continua) 


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