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Dhammapada - A Velhice

de Acharya Buddharakkhita

em 15 Set 2014

  O ensinamento do Buddha pode apenas dar-nos uma compreensão inicial do Dhamma, mas não pode fazer com que o Dhamma fique nos nossos corações. E porque não? Porque ainda não praticámos, ainda não ensinámos a nós mesmos. O Dhamma emerge com a prática. Conhecem-no através da prática. Se duvidarem do Dhamma, duvidam da prática. Os ensinamentos dos mestres podem ser verdade, mas somente ouvir o Dhamma não é, por si só, suficiente para sermos capazes de o realizar. O ensinamento apenas indica qual o caminho. Para realizar o Dhamma temos de agarrar no ensinamento e trazê-lo para os nossos corações. A parte que é para o corpo, aplicamos ao corpo, a parte que é para a fala aplicamos à fala e a parte que é para a mente, aplicamos à mente. Isto significa que depois de ouvirmos o ensinamento devemos ensinar a nós mesmos a reconhecer o Dhamma como tal.

146. Estando este mundo sempre a arder, porquê as risadas, porquê este júbilo? Envolto em trevas, consegues ver a luz?

147. Observa este corpo - uma imagem pintada, uma massa de chagas amontoadas, adoentado, cheio de ansiedade - do qual nada é duradouro ou estável!

148. Totalmente desgastado está este corpo, um ninho de doença e frágil. Esta massa putrefacta desintegra-se, porque a morte é o fim da vida.

149. Estes ossos cor de pomba são como cabaças espalhadas no Outono. Tendo-as visto, como pode uma pessoa procurar o deleite?

150. Esta cidade (corpo) é construída de ossos, repleta de carne e sangue; dentro jazem a decadência e a morte, o orgulho e a inveja.

151. Mesmo os belíssimos carros reais acabam por se desgastar, e na verdade, também este corpo se desgasta. Mas o Dhamma (o Bem) não envelhece; assim os Bons dão-no a conhecer aos bons.

152. O homem de pouca educação envelhece como um touro. Cresce apenas no físico, mas, a sua sabedoria não cresce.

153. Em vão vagueei durante muitos nascimentos no saṃsāra, buscando o construtor desta casa (da vida). Repetidos nascimentos são sem dúvida sofrimento!

154. Ó construtor da casa, estás à vista! Não construirás esta casa de novo. Pois as tuas vigas estão quebradas e a cumeeira esmagada. Minha mente atingiu o Incondicionado; alcancei a destruição do desejo(m).

155. Aqueles que na juventude não levaram vida santa, ou falharam na prosperidade, definham como velhas garças na lagoa sem peixe.

156. Os que na juventude não levaram vida santa, ou falharam em adquirir riqueza, vivem suspirando sobre o passado, como setas velhas (disparadas) dum arco.

Attavagga: O Eu


157. Se alguém se estima, devia vigiar-se com diligência. Que o homem sábio mantenha a vigília em qualquer uma das três vigílias da noite.

158. Primeiro uma pessoa deve estabelecer-se no que é próprio; só então deve instruir os outros. Assim, o homem sábio não será repreendido.

159. Uma pessoa deve fazer primeiro aquilo que ensina os outros a fazer; se uma pessoa treina os outros, deve ter ela mesma auto-domínio. Difícil na verdade é o auto-domínio.

160. Uma pessoa é na realidade, o protector de si mesmo; quem mais o poderia ser? Totalmente controlada, a pessoa ganha uma mestria difícil de obter.

161. O mal que o homem ignorante faz a si próprio, mal esse nascido e produzido por si, tritura-o como um diamante tritura uma dura pedra preciosa.

162. Assim como uma trepadeira estrangula a árvore onde cresce, assim também, um homem depravado se prejudica a si mesmo como só um inimigo poderia desejar fazer.

163. Fáceis de fazer ao próprio. são as coisas prejudiciais. Mas, são extremamente difíceis de fazer são as coisas benéficas.

164. Quem por causa de pontos de vista perversos, despreza o ensino dos Aperfeiçoados, dos Nobres e Justos - esse tolo, tal como o bambu(n), só produz frutos para a auto-destruição.

165. O mal é feito a si mesmo; a si mesmo a pessoa se conspurca. A si mesmo deixa de fazer o mal; a si mesmo a pessoa se purifica. Pureza e impureza dependem de si mesmo; ninguém pode purificar outra pessoa.

166. Que ninguém negligencie o seu próprio bem-estar por causa de outra pessoa, seja qual for a sua grandeza. Entendendo claramente o bem para si próprio, que a pessoa se preste ao bem.

Lokavagga: O Mundo



167. Não sigas o caminho fácil; não vivas descuidadamente; não te agarres a opiniões falsas; não te demores na existência mundana.

168. Eleva-te! vigia o descuido! Leva uma vida correcta. O justo vive feliz tanto neste mundo como no próximo.

169. Leva uma vida justa; não leves uma vida decadente. O justo vive feliz tanto neste mundo como no próximo.

170. Aquele que olha o mundo como uma bolha e uma miragem, esse escapa à vista do Rei da Morte.

171. Vem! Observa este mundo que é como uma carruagem real decorada. Aqui os tolos chafurdam, mas o sábio não se apega.

172.
  (... continua) 
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