A principal função da meditação é levar o instrumento inferior (corpo físico), a tal condição vibratória que obtenha a receptividade do Eu, e possa este usá-lo para produzir resultados específicos. Isto implica uma descida de força desde os níveis superiores do plano mental, onde mora o Ser ou Consciência, a uma vibração recíproca do Espírito.
Cristo é o princípio redentor que confere vida dentro de nós e contém em si o potencial infinito do Criador, de expressão e manifestação dos mundos cósmicos. A Consciência é definida pelo ‘Eu Sou’, princípio que é Cristo em sua essência ou estado puro e inalterável, de luz e consciência. A cada momento a nossa consciência muda, pois aquilo do qual estamos conscientes está sempre em fluxo. O ‘Eu Sou’ toma assim a forma de ‘Eu Sou isto’ ou ‘Eu Sou aquilo’, simbolizando eternamente um novo estado de consciência. Contudo, a Luz subjacente permanece inalterável. A subida do estado de consciência simboliza uma aproximação a esta luz interna, à Luz do ‘Eu Sou’, ou essência subjacente, no processo do reconhecimento de Si Mesmo ou Poder Intrínseco do Ser.
A razão pela qual as pessoas não conseguem materializar os seus conceitos, deve-se à incapacidade de aplicar de forma ordenada o pensamento, para pôr em movimento substâncias ou energias dos planos espirituais. Até ao plano mental ainda conseguem levar os seus intentos, mas a partir dos planos etéricos mais subtis falham, por desconhecer como empregar certas forças e a energia se esgota.
As leis existem para impor regras, disciplinar certos comportamentos mais radicais condicionando, assim acções violentas e manipuladoras. As leis são feitas pelos homens e pelas mulheres, embora estas ainda sejam poucas a liderar mundialmente. As mulheres são mais conciliadoras, mas não podem mudar consubstancialmente o teor das leis. Não há dúvida que estas condições naturais do género, homem e mulher são desde os primórdios dos tempos, aspectos de aprendizagem humana que se completam com as devidas contribuições da evolução humana e espiritual, porque cada um, transporta dados genéticos únicos, que caracterizam valores para assimilar de acordo com as suas necessidades. Não há volta a dar; um homem por valores intrínsecos à sua condição masculina e a mulher com também com aspectos únicos evolui nas suas condições femininas, sendo então que assim se completam.
O desejo pelo outro é a Vida a querer continuar-se a ela mesma, através dos seres, quais canais, que lhe permitem, pelo meio da reprodução, estender infinitamente o seu período de duração. Pelo contrário, quando não existe a continuação, sobrevém a morte, a estagnação e o ‘cessamento’. A Vida em si mesma representa o desejo primordial de crescimento, de multiplicação, propagação e expansão até ao Infinito. Como tal, no Velho Testamento, encontramos a célebre passagem: “Crescei e multiplicai-vos”. Assim, os seres são simbolizados como os veículos de um Grande Ser que se quer ver continuado através do tempo e do Cosmos.