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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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Budismo Theravada

de Bhikkhu Dhammiko

em 08 Abr 2006

  "A sabedoria do Guerreiro" introduz-nos ao conhecimento histórico sobre a Tradição da Floresta, bem como ao modo de "percorrê-la".
Remontando ao passado, a tradição da meditação da floresta, vai inclusivamente mais longe ainda que o tempo do próprio Buddha. Era costume ver nesses tempos idos, na Índia e na região dos Himālayas, muitos que ao procurarem o caminho da liberação espiritual, deixavam a vida da cidade e da vila em busca de um refúgio na montanha e na floresta virgem.


Floresta - TailândiaA TRADIÇÃO DA FLORESTA
e a ‘A Sabedoria do Guerreiro’

Ao longo dos últimos séculos, na generalidade, todas as religiões e cultos tiveram a sua decadência, por um lado, devido à progressiva indolência e acomodação a melhores e mais requintadas condições materiais, por outro, como reflexo de um desequílibrio em que a necessidade de institucionalizar uma ordem, veio a gerar uma progressiva dicotomia autoridade-livre arbítrio. Esta por sua vez foi se abrindo à medida em que a própria dispersão e distracção interior do ser humano foi acentuando o enfraquecimento da sua atenção espiritual, polarizando assim mais e mais o seu poder interior consciente na submissa e ao mesmo tempo, voluntária dependência ao nível físico das condições sensuais e materiais.
Por outro lado, o poder institucional e os meios de controlo das sociedades, ao inflacionarem-se, foram por sua vez promovendo a exclusividade do poder e sufocando tanto a liberdade como a iniciativa do ser humano, tão imprescindíveis para aceder à única porta que realmente abre o caminho para a verdadeira realização interior, a porta da compreensão e do discernimento.
A história do Budismo, não escapa ao anterior cenário, mas tal como outras diversas religiões e filosofias, é no entanto particular no seu próprio contexto e percurso. A originalidade da resistência e adaptação por parte de certos mestres e grupos, entre linhas e tradições que foram surgindo ao longo dos tempos, demarca, dentro ou fora de movimentos quer institucionais quer não, precisamente a necessidade de encontrar a nobreza do ensinamento, acima de tudo, na realização da prática interior, inspirando nesse sentido a disciplina e a austeridade necessárias para superar a indulgente condição material e resgatar de novo os princípios e valores originais que o Buddha (§) encorajou a seguir.

Ao longo dos tempos, o Budismo tem funcionado como uma força motriz civilizadora. O seu ensinamento sobre o Karma, por exemplo – o princípio de que toda a acção intencional tem consequências – promoveu a moralidade e a compaixão em muitas sociedades. Mas a um nível mais profundo, o Budismo sempre calcorreou a linha entre Civilização e Natureza selvagem. A tradição conta que o Buddha nasceu numa floresta, alcançou a Iluminação numa floresta, viveu e ensinou quase toda a sua vida na floresta e finalmente morreu na floresta. Quando havia possibilidade, a floresta era o seu lar preferido, pois Ele próprio disse: «Tathāgatas enlevam-se em lugares retirados». As qualidades da mente de que Ele precisou para sobreviver desarmado, física e mentalmente, por entre os caminhos da floresta virgem e selvagem, foram cruciais na sua descoberta do Dhamma. Estas qualidades incluiam resistência, resolução e atenção; honestidade interior, circunspecção, firmeza em face da solidão, coragem e desembaraço em situações de perigo, compaixão e respeito por todos os outros habitantes da floresta.

Dentro do Budismo Theravada, actualmente, encontra-se mais específicamente uma linha “A Tradição Kammatthāna (Meditação) da Floresta” que, hoje, mais conhecida como “Tradição Tai da Floresta”, teve como seu marco fundamental o movimento inspirado e fundado por um monge do Nordeste da Tailândia no século XX, Phra Ajahn Mun Bhūridatta Thera (Phra – em pāli, Venerável). O seu impulso veio dar um novo fôlego e revitalizar o ensinamento prático do Buddha, iluminar novamente o caminho esquecido para o Nibbāna (Nirvāna em Sânscrito) e levantar o que nas antigas culturas era conhecido como a “Sabedoria do Guerreiro”.
Vejamos então um pouco desse percurso e de como entre as diversas linhas e tradições Budistas no mundo, surge esta “flor” selvagem, a Tradição da Floresta, símile ao Lótus uppala que se levanta imaculado da lama, tal Buddha a reflorescer.
Remontando ao passado, a tradição da meditação da floresta, vai inclusivamente mais longe ainda que o tempo do próprio Buddha.
  (... continua) 


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