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Textos Sagrados são os registos que evocam o divino. Neste espaço eles irão testemunhar a reverência espiritual da humanidade, porque asseguraram e continuarão a assegurar, a herança que dirige o rumo da contínua evolução dos seres. A Sabedoria perene e a força espiritual irradiam através dos tempos, sob a égide de Escrituras Sagradas.


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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  A primeira exposição das Quatro Nobres Verdades foi apresentada pelo Buddha, em 528 a.C., no Parque dos Veados em Sarnāth, perto de Varanāsi, através do discurso (sūtra) -Dhammacakkappavattāna Sutta – que literalmente significa “o discurso que coloca em movimento o veículo do ensinamento”. Excertos deste sūtra são citados no início de cada capítulo, descrevendo as Quatro Nobres Verdades. A referência citada corresponde à secção dos livros das escrituras (Pāli Cânon), onde este discurso pode ser encontrado. No entanto, nas escrituras, o tema das Quatro Nobres Verdades repete-se algumas vezes, como por exemplo na citação que aparece no início da Introdução.

Uma mão cheia de folhas

A certa altura, estando O Iluminado a viver em Kosambi numa floresta de Simsapās, pegou numas quantas folhas e perguntou aos monges, «O que é que vocês pensam disto, monges? O que é mais numeroso, as poucas folhas que tenho na mão ou aquelas nas árvores desta floresta?».
«As folhas que O Iluminado tem na mão são poucas, Senhor; as da floresta são bastante mais numerosas».
«Assim também, monges, as coisas que eu aprendi por conhecimento directo são bastante numerosas; as coisas que eu vos ensinei são poucas.
E porque é que eu não ensinei todas? Porque elas não trazem qualquer benefício, nem desenvolvimento na Vida Santa, porque não conduzem ao fim da ilusão, ao despojamento, à cessação, ao acalmar, ao conhecimento directo, à iluminação, à libertação. Por essa razão não as ensinei.
E o que é que eu vos ensinei? Existe o sofrimento; existe a origem do sofrimento; existe o cessar do sofrimento; existe o caminho que conduz à cessação do sofrimento. Isto foi o que vos ensinei. E porque é que eu ensinei isto? Porque traz benefício e desenvolvimento na Vida Santa, porque conduz ao fim da ilusão, ao despojamento, à cessação, ao acalmar, ao conhecimento directo, à iluminação, à libertação. Assim sendo monges, que esta seja a vossa tarefa: Existe o sofrimento; existe a origem do sofrimento; existe o cessar do sofrimento; existe o caminho que leva à cessação do sofrimento».

Samyutta Nikāya, LVI, 31

Prefácio

Este livro foi compilado e editado a partir de palestras proferidas pelo Venerável Ajahn Sumedho sobre o ensinamento essencial do Buddha (§) - que a infelicidade humana pode ser transcendida através do caminho espiritual.
A primeira exposição das Quatro Nobres Verdades foi apresentada pelo Buddha, em 528 a.C., no Parque dos Veados em Sarnath, perto de Varanāsi, através do discurso (sūtra) - Dhammacakkappavattāna Sutta – que literalmente significa “o discurso que coloca em movimento o veículo do ensinamento”. Excertos deste sūtra são citados no início de cada capítulo, descrevendo as Quatro Nobres Verdades. A referência citada corresponde à secção dos livros das escrituras (Pāli Cânon), onde este discurso pode ser encontrado. No entanto, nas escrituras, o tema das Quatro Nobres Verdades repete-se algumas vezes, como por exemplo na citação que aparece no início da Introdução.
Em muitas das suas palestras Ajahn Sumedho usa a expressão budista de “not-self” (anattā) “não eu”. Ajahn Sumedho ensina que a raiz da ignorância é a ilusão da existência de um eu. Desta forma, não está a falar de aniquilação ou da rejeição das qualidades pessoais, mas sim a indicar como o sofrimento (dukkha) surge ao querermos manter esta identificação com o corpo e com a mente, sendo esta identificação errada, naquilo a que a maioria das pessoas chama de “eu”.
Outro termo usado muitas vezes por Ajahn Sumedho nas suas palestras é “deathless”, que surge neste livro com alguma frequência. Por não existir em português uma única palavra que ilustre claramente o seu significado, foi traduzido de diferentes formas, usando-se os termos que melhor se adequavam ao contexto de cada situação. Podemos ainda acrescentar que a palavra se refere, não ao sentido de imortalidade mas sim àquilo que está para além do ciclo de vida e de morte, não em termos metafísicos mas sim no sentido de impermanência - “Tudo o que surge está sujeito a cessar” – não se tratando portanto da derradeira realidade. Nas escrituras existe uma passagem que pode ajudar a clarificar um pouco mais a palavra “deathless”:

«Existe, bhikkhus, o não nascido, o não formado, o não criado, o não originado. Se não existisse o não nascido, o não formado, o não criado, o não originado, não existiria o nascido, o formado, o criado e o originado.
  (... continua) 


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