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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior)
Trabalham juntos: a sabedoria do Entendimento Correcto e da Intenção Correcta; depois vem a moralidade, que é a Linguagem Correcta, Acção Correcta e Meio de Vida Correcto; depois vem o Esforço Correcto, Atenção Correcta e Concentração Correcta - que são a mente equânime e equilibrada, a serenidade emocional. A serenidade é onde as emoções são equilibradas, apoiando-se umas às outras, não têm altos nem baixos. Existe uma sensação de felicidade, de serenidade; perfeita harmonia entre o intelecto, os instintos e as emoções. Suportam-se e ajudam-se mutuamente. Deixam de estar em conflito ou de nos levar a extremos. Por essa razão, surge uma tremenda paz nas nossas mentes. Há uma sensação intrépida e de à vontade que provém do Caminho Óctuplo - uma sensação de equanimidade de equilíbrio emocional. Sentimos bem-estar em vez daquela sensação de ansiedade, tensão e conflito emocional. Temos clareza, temos felicidade, serenidade, saber. Esta revelação do Caminho Óctuplo deve ser cultivada, isto é bhāvanā. Usamos esta palavra para significar desenvolvimento.

Aspectos da meditação

Esta mente reflectiva ou equilíbrio emocional é desenvolvido com base na prática da meditação e respectivas técnicas de concentração e plena atenção. Por exemplo, durante um retiro podem experimentar passar uma hora a praticar meditação samatha em que apenas concentram a mente num objecto, digamos a sensação da respiração. Continuam a trazê-lo à consciência e mantê-lo de modo a que se adquira uma presença contínua na mente.
Deste modo, estão a mover-se na direcção daquilo que se está a passar no vosso próprio corpo em vez de serem puxados para o exterior, para os objectos dos sentidos. Se não tiverem nenhum refúgio no interior estão constantemente a sair, a serem absorvidos em livros, comida e todo o tipo de distracções. Mas este imparável movimento da mente é muito cansativo. E assim, em vez disso, a prática torna-se na absorção da respiração, que significa terem de remover, ou não seguir a tendência de procurar algo fora. Têm de trazer a atenção para a respiração do próprio corpo e concentrar a mente nessa sensação. À medida que largam a forma grosseira estão, na realidade, a tornar-se nessa sensação, no próprio símbolo. Durante um certo período de tempo tornam-se naquilo que absorvem. Quando realmente se concentram tornam-se nessa mesma condição tranquilizadora. Realizaram a tranquilidade. A meditação samatha é esse processo de transformação.
Mas se investigarem essa tranquilidade percebem que não é satisfatória. Falta-lhe algo, pois está dependente de uma técnica, apegado a algo que tem um princípio e um fim. Aquilo em que se tornam é temporário, pois a mudança, como a própria palavra sugere, é algo que se altera, uma condição impermanente. Não é a derradeira realidade. Não importa o quanto se avance na concentração, será sempre uma condição insatisfatória. A meditação samatha leva a grandes e radiantes experiências na mente, mas todas elas terminam.
Depois, se praticarem meditação vipassanā por mais uma hora, estando totalmente presentes, largando tudo e aceitando a incerteza, o silêncio e a cessação das condições, o resultado é que se tornarão pacíficos em vez de simplesmente tranquilos. E essa é a paz perfeita, completa. Não é como a tranquilidade da meditação samatha que possui, mesmo no seu auge, algo imperfeito e insatisfatório. Quanto à realização da cessação, quando se desenvolve e se compreende melhor, adquire-se verdadeira paz e não apego, Nibbāna.
Assim sendo samatha e vipassanā são as duas divisões na meditação. Desenvolvemos estados de mente concentrados em que a consciência se torna refinada através dessa mesma concentração. Mas ser imensamente refinado, possuir um grande intelecto e gosto pela grandiosa beleza, faz com que tudo aquilo que é grosseiro se torne intolerável, devido ao apego àquilo que é refinado.
  (... continua) 


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