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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 3ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 31 Mar 2011

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Trata-se da inteligência vinculada à desagregação do corpo físico; este existe na sua consistência actual porque o homem ficou sujeito à destruição do fantoma do corpo físico, devido à influência luciférica.
Foi por esta razão que o intelecto humano se tornou tão débil, tão pobre, a ponto de não poder assimilar os grandes processos da evolução cósmica; ele os considera “milagres” ou então afirma ser incapaz de entendê-los.

Se não tivesse ocorrido a influência luciférica, a inteligência humana, graças à função a ela destinada, entenderia o processo edificador do mesmo modo como se entende uma experiência no laboratório.
A existência de forças construtivas no corpo fez com que estas se contrabalançassem com as forças destrutivas. Mas, da forma que ocorreu, a inteligência humana ficou na superfície das coisas, não olhando para as profundezas da realidade.

Concluímos portanto que no início da nossa era terrestre, a actuação de Lúcifer fez com que o corpo físico não viesse a ser o que deveria ser pela vontade das potências que actuaram em Saturno, no Sol e na Lua; nele se incorporou um processo destruidor. Desde então o homem vive num corpo físico sujeito à decomposição, sendo incapaz de opor às forças destruidoras forças construtoras equivalentes.
Sob este ângulo, seria verdade o que parece tão tolo ao homem moderno: existir uma relação secreta entre a actuação luciférica e a morte.
Nós ignoramos o que somos por não nos ser dado um corpo físico completo.
É verdade que costumamos falar da natureza e da essência do eu humano; mas até que ponto o homem conhece o eu? Este é tão duvidoso que o budismo até nega a sua existência enquanto algo que passa de uma encarnação a outra. Ele é tão duvidoso que os gregos foram dominados por uma sensação trágica que se traduzia nas palavras do herói grego: “vale mais ser um mendigo no mundo superior do que ser um rei no reino das sombras.”

Vendo a desagregação da forma do corpo físico, o homem tinha uma sensação de horror diante do pensamento de que o seu eu ficasse embotado

No decorrer da evolução terrestre o homem perdeu a forma do corpo físico, de modo a carecer daquilo que os deuses lhe haviam destinado desde o início. Havia, pois, a necessidade de recuperar isso; o homem tinha de readquiri-lo.

Na época dos acontecimentos da Palestina, o género humano havia atingido o ponto máximo da decomposição do corpo físico; naquele momento havia também o perigo de ser perdida a consciência do eu, a conquista essencial da evolução da Terra.
Se nada de novo se houvesse unido ao que existia até os acontecimentos da Palestina, se o processo tivesse continuado, o elemento destrutivo teria penetrado cada vez mais na corporalidade física do homem; e os homens teriam vivido com uma sensação cada vez mais embotada do seu eu.

Com o Mistério do Gólgota aconteceu que um homem, o portador de Cristo, passou por uma morte tal que desapareceu o elemento perecível do corpo físico e se ergueu do túmulo o corpo que sustenta dinamicamente os componentes físicos e materiais.
O que os regentes de Saturno, do Sol e da Lua haviam destinado ao homem foi o que emergiu do túmulo: o puro fantoma com todas as propriedades.
Os corpos perecíveis descendem do corpo de Adão.
Os corpos espirituais (os fantomas) descendem de Cristo.
Foi possível ao homem receber na sua organização as forças que então ressurgiram, da mesma maneira que ele recebera, devido às forças luciféricas, a organização adámica no seu corpo físico.

Resumindo, o que outrora fora retirado ao homem pela influência luciférica ele pôde receber de volta, pelo facto de isso existir como corpo ressuscitado de Cristo.
O que ressurgiu do túmulo veio a multiplicar-se do mesmo modo como se multiplica o óvulo, elemento primordial do corpo físico. Assim todo o indivíduo pode adquirir, na evolução consecutiva ao acontecimento do Gólgota, algo que está dentro dele e que descende do elemento ressuscitado do túmulo, tal como o corpo comum, sujeito à decomposição descende de Adão.
  (... continua) 


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