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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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A Justiça Divina

de Lubélia Travassos

em 06 Nov 2014

  O Universo é regido pela Lei do “Karma”, pelo que o homem no seu processo de vida, também é regido por esta lei impessoal das causas e efeitos chamada na Filosofia Oriental “Karma”, que significa simplesmente acção. Por conseguinte, todos os seres no Universo estão interligados, ainda que não possam ver o elo que os liga. Sendo que esta unidade de todas as coisas é verdadeira, real ou natural, qualquer pensamento, palavra ou acção, que tenda a criar um sentimento de separação, gera ainda mais karma que, por sua vez, produz falsidade e perpetua a separação. Desta forma, o karma funciona apenas como um processo que serve para desfazer essa falsidade, a fim de se voltar à Verdade. Por exemplo: se nos rirmos de alguém que é feio, coxo, ou que tenha qualquer outro defeito, podemos estar a ligar o nosso alarme kármico para uma determinada altura, visto que podemos tornar-nos assim durante algum tempo ou, então, casar e ter um filho, descendência ou algum familiar que seja igual. Não é um castigo moral, mas acontece porque devemos precisar daquela experiência, para podermos ultrapassar o sentimento de separação referente àquelas características. Essa experiência pode servir para nos ajudar a ver que não existem “Eles”, mas sim “Nós”. O Karma é o que uma pessoa faz, não é o que é feito por ela. As circunstâncias em que nos encontramos agora foram auto-criadas e fornecem-nos sempre a oportunidade de aprendermos através da experiência e das lições que nos são atribuídas nesta vida.

A Justiça Divina e a Lei do Karma e da Reencarnação

O que realmente interessa é a nossa reacção àquelas circunstâncias. A grande dificuldade é percebermos se seremos capazes de aceitar o nosso karma sem ter vergonha, arrependimento ou amargura. Todos nós carregamos uma carga kármica. No entanto, se quisermos podemos reduzir essa carga, ao vivermos em plena harmonia com a Lei Kármica, através de acções que não produzam reacções, tendo completa consciência do bem-estar dos outros. Além disso, cada um de nós tem a inteira responsabilidade de aliviar a carga de todo o planeta. O fim da nossa jornada kármica acontecerá quando já tivermos esgotado todo o nosso karma, ao atingirmos o “esclarecimento”. Então, a partir daí, todo o pensamento, palavra ou acção estará em harmonia com o Todo e não gerará mais nenhum sentido de separação no mundo. Estão incluídos neste caso Cristo, Buda e muitos outros que alcançaram aquele estado. Tornaram-se tão unidos a Deus, ou se preferirmos dizer ao “Tao”, “Darma” ou “Verdade”, que deixaram de criar karma pessoal. Todos nós poderemos, um dia, alcançar essa meta, quando o nosso karma já estiver completamente esgotado. Até lá, teremos de voltar à Terra, ao mundo físico e aprender, à custa das nossas alegrias e sofrimentos, o meio de atingir a harmonia, de acordo com as leis da Natureza e do propósito de vida.
Pelo equilíbrio das desigualdades verificamos que a lei das causas e efeitos equilibra o resultado das nossas acções. E, se lhe juntarmos a continuidade da consciência fornecida pelo conceito de reencarnação, podemos perceber a razão porque existem óbvias desigualdades e injustiças na vida. Durante o período entre vidas, que demora geralmente algumas centenas de anos, a alma extrai e assimila a essência das suas experiências de vidas passadas, para usá-la nas próximas reencarnações.

Para o ser humano, a evolução é o desenvolvimento espiritual, que se dá através de uma cadeia sem fim de experiências, dentro de um ciclo de nascimentos, mortes e renascimentos, que se denomina Reencarnação. A doutrina de renascimentos ou Reencarnação, como processo evolutivo, é uma das chaves mais importantes para a compreensão das bases espirituais da existência e, por isso, tem de ser discutido e avaliado com frequência. A vida do dia-a-dia coloca-nos perante acontecimentos constantes, quer de origem pessoal ou mundial, que nos induzem a interrogar, reflectir e a procurar respostas plausíveis sobre a sua existência, veracidade e a razão porque tal cadeia de experiências acontecem. Ao compreendermos este processo, podemos imaginar a razão porque as qualidades, que o corpo, a mente e a alma possuem agora, são o resultado do nosso uso de oportunidades que tivemos em vidas anteriores, sendo que a utilização que fazemos das oportunidades presentes determinarão o nosso carácter e capacidades futuras. Se, na verdade, acreditamos na existência de um Deus justo, temos de admitir, quase de imediato, na crença da reencarnação, já que ambos os conceitos dependem um do outro. Porém, interrogamo-nos sobre o que poderão dizer os cépticos e os ateus sobre esse assunto. Certo é que hoje esta teoria tem sido testada e, além das espirituais, já existem muitas provas científicas sobre a sua realidade que nos têm sido fornecidas.

Ainda que acreditemos ou não na Lei da Reencarnação, temos de admitir que esta vida é o início e o fim da existência humana. Não seria justo conciliar as desigualdades da vida se não houvesse uma justiça divina. Vejamos, então, as seguintes questões, que nos levam a interrogar, por que razão um homem nasce numa família rica, enquanto outra criança chega a um lar paupérrimo, para depois morrer de fome? Por que razão uma pessoa tem boa saúde para viver cem anos, enquanto outra está sempre doente? Por que os esquimós nascem no norte gélido e outros povos em países temperados, onde a luta pela sobrevivência é muito mais fácil? Qual a razão de algumas crianças nascerem cegas ou mortas? Porquê tudo isso?
  (... continua) 


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